Ele não!

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Pietro Amorim

Estou em Brasília pronto para executar Delegado Fontes. Tenho todas as informações, mas antes quero ver minha lua. Estou pronto para entrar no restaurante, quando Olívia saia. Ela está deslumbrante.

- Quem ele pensa que é? Ele viu. Ela quase caí da escada. Seguro ela em braços.

- Me solta, pervertido. Meu namorado é um policial. Quando me olha.

- Eu não sou pervertido,moça. Não chama polícia para mim.

- Pietro. Meu irmão. Ela me abraça, sinto seu cheiro, meu coração dispara.

Ela se levanta e ficamos frente a frente.

- Aconteceu algo, saiu brava do seu trabalho. Se fizeram alguma coisa contigo.

- Não é nada. Vamos tomar um chocolate quente, tem uma cafeteria aqui perto.

Ela segura minha mão, me lembro que quando eramos crianças, quando sempre me puxava pelas mãos.  Está é minha visão.

  Está é minha visão

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- Anda, Pietro. Vem!

- Estou indo.

Poucos minutos estamos entrando na cafeteria bem elegante. Nós sentamos e fazemos o pedido.

- Você está estressada, você toma chocolate quente quando quer extravasar sua raiva.

- Não e nada. Me conta por está com seu rifle?

- Como você sabe?

- Por acaso, você é arquiteto para andar com esse tubo nas costas?

- Nada te escapa. Vim treinar um pouco.

- Tinha que vir em Brasília, São Paulo é lugar que mais tem lugares para treino. Se não o conhecesse diria que veio matar alguém.

- Por acaso, se eu fosse um assassino, o que faria?

- Te entregaria as autoridades. Nunca seria cúmplice de um assassino.

- A resposta que esperava. E aí, como você está?

- Estou em êxtase, estou namorando.

Ela mostra o dedo da mão direita com aliança prateada.

- Sério , quem ele é?

- Ele se chama Fernando Fontes, espera vou te mostrar uma foto. Ela estava na academia do nosso condomínio. Eu vou apresentá-los pessoalmente.

- Você o ama? Ela não responde.

Ela pega celular e abre a foto na tela, meu maior pesadelo se confirma, e meu alvo.

Ela pega celular e abre a foto na tela, meu maior pesadelo se confirma, e meu alvo

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- Ele é lindo, educado, protetor, forte e o pecado em pessoa.

- Você o ama? Em pouco tempo já estão namorando.

- Amo ele demais. Ele e tudo que eu tenho. Eu me entreguei a ele. Perde minha virgindade.

- Você fez isso justamente com uma pessoa que mal o conhece?

- Só de pensar, fico excitada, Pietro.

- Pelo amor de Deus, Olívia não quero ouvir suas intimidades.

- Engraçado, quando perdeu sua virgindade me contou todos os detalhes.

- Como pode amar um pessoa em pouco tempo assim, e nunca me deu uma chance... Ela me interrompe.

- Não questão de tempo, mas sim, de encontro. Me pai sempre dizia que quando a pessoa certa aparecesse meu coração iria reconhece-lo. Eu o amo. Tem oito anos que sobrevivo, mas tem 7 meses que estou viva novamente.

- O que você faria, se  algo acontecesse com ele, me fala.

- EU MORRERIA!

- Olívia, você morreria por ele?

- Sim. Eu o amo.

- Melhor eu ir embora, não aguento mais isso.

- Pietro, por favor, senta.

- Melhor eu ir.

Saio daquele lugar sem olhar para trás. Compro uma garrafa de uísque,  e vou para nossa antiga casa. A Casa está abandonada, entro me sento no antigo quarto da Olívia.  Fechos os olhos e consigo visualizar como era e como ela morreria por mim, agora ela está disposta a dar a vida por ele. A cada gole, a bebida desse ardendo.

- Eu não posso mata-lo! Ela não iria resistir a essa perda.

Uma garrafa é muito pouco, para me deixar tonto, mas acho que nada vai me fazer esquecer tudo isso. Passo a noite em meio a ratos e baratas, mas meu coração está partido em mil pedaços. Como ele conseguiu conquistá-la em pouco tempo.

Retorno para São Paulo. Diogo já está a me espera.

- Fez o serviço? O delegado está morto.

- Não posso matá-lo.

- Como assim, ele ainda está vivo?

- E vai ficar por um bom tempo. Não ouse tocar nele, pois arranco a sua cabeça, Diogo.

- Que mudança foi essa?

- Ele não pode morrer, não agora. Deixe ele aproveitar bastante a vida.

- Tudo bem. Vou para uma reunião.

Ele sai. Vou ficar de olho, se algo acontecer a Fernando Fontes, automaticamente perco definitivamente Olivia.

- Oh, inferno de vida. Tinha que ser logo esse maldito.

ALGEMADO EM VOCÊWhere stories live. Discover now