Who Is the (Real) Villain? | PT 2.

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CAPÍTULO 61
— PARTE 2 —


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Narradora

Berlim - Alemanha
2012

— O que diabos está havendo?!

Adentrando o bunker, o General exigiu de seus soldados uma explicação. Conectados com seus inúmeros computadores e demais dispositivos e sistemas, a cabine se encontrava em agitação.

— Senhor, algo está desestabilizando nossas tropas. Os soldados estão sendo exterminados por armadilhas que não estamos conseguindo identificar. Ainda não é um número prejudicial, mas está nos desestruturando no perímetro de guerra do vilarejo. Os homens estão sendo combatidos por mísseis e explosivos fantasmas.

Guerra.
Era o que acontecia. O Corvo, por fim, decidiu atacar. Por um longo perímetro longe da zona urbana principal, levava um vilarejo inteiro às ruínas, declarando seu primeiro sinal de guerra contra a raça que escondia por todos aqueles anos o que o pertencia:
A Caixa de Pandora.

Dispositivo criado há tantos anos que devia ter sido esquecido. Mas em oposição disto, uma parte do mundo em que sabia sobre sua existência jamais descansaria até que a tivesse em mãos. A Caixa de Pandora, invenção de uma organização cientista que se acabou no século passado, projeto inteligente que fora estudado por anos e anos até que, finalmente, fosse concretizada sua funcionalidade. Capaz de acessar todo e qualquer sistema tecnológico, independente do seu nível de segurança, presente dentro e fora do planeta Terra, a Caixa de Pandora era o coração do mundo. Nada poderia ser mais potente e eficiente que seu sistema invasor, detector, rastreador, controlador, transformador, falsificador e destruidor.

Com uma velocidade que ultrapassava a eficiência de todo sistema satelital, quando ativada, a Caixa de Pandora desencadeia uma série de algoritmos complexos e protocolos de segurança ultrassofisticados. Ela se conecta instantaneamente a redes globais, infiltrando-se em sistemas de comunicação, satélites, servidores governamentais e até mesmo dispositivos pessoais, como smartphones e computadores. Uma vez conectada, ela manipula códigos, dribla firewalls e quebra criptografia com uma precisão cirúrgica.

O dispositivo altamente inteligente era capaz de invadir, comandar e alterar as configurações e fabricações de mísseis, satélites espaciais, carros militares e demais veículos; drones, aeronaves, submergiveis, e qualquer dispositivo telecomunicador e seu funcionamento interno, linhas telefônicas, torres de comunicação, sistemas e arquivos altamente criptografados, dados de extrema confidência, e tudo o que vem de natureza tecnológica existente no atual mundo.

Uma invenção inicialmente de paz sobre um mundo altamente desorganizado, que se tornou a destruição do futuro da humanidade.

Valac Krüger, acima de tudo e qualquer coisa, a teria de volta.
Não importa o que fosse preciso fazer.

E eles, os alemães, sua nação rival, a mantinha escondida. Era certo no que acreditava. Estava convicto de suas centenas de noites de insônias teóricas.
Então, os faria devolvê-la.

Mas alguém estava tentando pará-lo.

Rangendo os dentes, agarrou seu comunicador.

— Kasteel?

Em meio à fumaça, o soldado chamado se infiltrava por entre as casas recentemente demolidas do vilarejo. Escondido entre suas tralhas, observava as tropas agirem no território civil, arrancando famílias de suas casas para abate-los no meio do rua, ou explodindo suas moradias antes que pudessem tentar fugir, o jovem de 17 anos respondeu ao pai:

MISSÃO IMPOSSÍVELOnde as histórias ganham vida. Descobre agora