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MARGOT

Entramos no hotel indo diretamente para o elevador e ficamos em completo silêncio enquanto subimos até nosso andar. Hacker se mantém sério e de braços cruzados, assim como eu. Sinto vontade de dar um tapa em sua cara por todo o estresse que me causou, realmente me corroo de ódio por ele voltar a ser o idiota que é depois de até ser legal desde que chegamos aqui, mas tento conter qualquer ação agressiva ou xingamento ou eu poderia acabar como há duas semanas atrás.

Mas eu estou com uma faca presa na lateral de minha calcinha, qualquer coisa eu apenas a puxo e... Tchauzinho!

- Ainda da tempo de trocar de quarto. - Quebro o silêncio fazendo Hacker me olhar.

- Você que deveria fazer isso. E é uma ótima idéia. - Encara a porta que se abre.

- Eu não, você que tá incomodado comigo, então você que deveria cair fora. - Digo saindo do elevador logo atrás dele.

- Ok, nenhum dos dois vão trocar de quarto. Só não me responsalibizo se acabar quebrando sua cara. - Diz indo em direção ao quarto.

- Você não vai encostar um dedo em mim, sabe que agora eu sou capaz de meter uma bala nesse seu cérebro de galinha. - Digo fazendo ele me olhar imediatamente parando em frente a porta do quarto.
Ok, talvez eu não consiga ser paciente....

- Cérebro de galinha? - solta uma risada. - Você é engraçada as vezes, porém se esquece de que se não fosse por mim estaria com o papai do céu agora. Olha só! - da um sorriso sarcástico antes de abrir a porta e adentrar o quarto.

- Na verdade se não fosse por mim você estaria morto agora, pois lembre-se de que você é tão foda que acabou preso e eu que tive que te soltar. E quer saber de um segredinho? Foi muito fofo ver você me pedindo desculpas com aquela cara de cachorrinho, por um segundo quis até rir da sua cara por aquela humilhação, só que agora estou me arrependendo seriamente de não ter te deixado lá preso. - Digo revirando os olhos.

Hacker se vira pra mim levando sua mão até a barra de sua calça por baixo do smoking e puxa uma pistola que eu não havia notado que estava lá, e sem parar de me encarar nem por um segundo, descarrega a arma apenas para recarregar novamente emitindo o barulho metálico da bala se encaixando como se me dissesse "bem vinda a sua morte".

- Deve ter sido tão humilhante quanto você chorando e implorando para eu não atirar na sua cabeça, não é? - Arqueia a sobrancelha abrindo um sorriso sarcástico levantando a arma, como se apenas quisesse mostrar que tem algo em suas mãos que pode acabar com meu joguinho.

- E deve ter sido tão humilhante quanto você ter que transar com Jane mesmo com um tiro na perna só pra aliviar o tesão que eu te causei, não é? - Arqueio a sobrancelha dando um passo a frente colocando a mão por baixo do vestido e puxo a faca do meu quadril a girando em meu dedo fazendo ele me encarar em silêncio por alguns segundos, talvez indignado.

- Mas imagino que não foi tão humilhante quanto você correndo para meu quarto quando estava bêbada e literalmente implorando de joelhos em minha frente pra fazer um boquete em mim. - Abre um sorriso irônico também dando um passo a frente.
Que filho da puta!

- Assim como você praticamente implorando pra mim num cômodo da boate pra sentar em você, dizendo que eu era gostosa... - Abro um sorriso irônico encarando seu rosto que trava a mandíbula.
De alguma forma, adoro quando ele faz isso, acho sua mandíbula atraente.

MISSÃO IMPOSSÍVELOnde as histórias ganham vida. Descobre agora