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P.o.v Vinnie

- Não, não, não, não!!! por favor, NÃO!!!!

Acordo num pulo sentindo meu coração disparado como se estivesse em uma situação de adrenalina e minhas mãos e costas molhadas pelo suor.

Olho em volta das paredes escuras do quarto que parecem se fechar em volta de mim me sufocando e vejo que estou sozinho. Coloco as mãos em meu rosto esfregando meus olhos e me jogo no travesseiro tentando regular minha respiração e meu coração acelerado.

É só mais um de todos os dias em que eu revivo tudo de novo, e de novo, e de novo... 

Me levanto indo em direção ao banheiro, abro a torneira e jogo água em meu rosto, pois a sensação da água fria me ajuda a despertar meus sentidos e afastar aquela imagem da minha cabeça...
Apoio minhas mãos na pia e encaro o espelho a poucos centímetros a minha frente sentindo vontade de dar um soco no meu próprio reflexo.

Solto um suspiro e saio do banheiro, vou em direção a grande janela e a abro para entrar e sair ar desse quarto fechado e escuro. Em seguida abro minha gaveta pegando um cigarro, acendo e o coloco em minha boca. Me deito na cama novamente de barriga para cima com a cabeça apoiada em meu braço e fico encarando o teto acima de mim iluminado por uma pequena flecha de luz que sai da janela.

Sei que vou ficar assim pelo resto da noite.

Pois se eu fechar os olhos vou ver tudo de novo...

P.o.v Margot

São 02:00 AM e eu já estou de pé ao lado da minha cama sentindo o chão gelado fazer minha perna arrepiar.

Já faz mais ou menos uma hora em que todos foram dormir e eu esperei para certificar de que ninguém estivesse acordado para ver quando eu saisse.

Visto um body preto com uma calça e uma jaqueta de couro, calço botas pretas e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto.
A noite está meio fria e esse é o tipo de roupa perfeita para se usar nessa temperatura. Sem contar que é confortável e me deixa estilosa, apesar de eu não estar indo para curtir a festa.

Pego uma arma em minha gaveta na qual eu trouxe da Agência, carrego e a coloco por dentro da calça.
Chamo um uber em meu celular pois ainda não tenho meu próprio carro e não posso simplesmente pegar o carro de ninguém sem avisar. Suspiro ansiosa e me sento na cama sentindo um certo nervosismo em minha barriga.

Eu não deveria fazer isso, mas se tem aver com algo que possa me ajudar a finalmente descobrir quem matou meus pais, eu vou arriscar.
Passei anos tentando encontrar uma pequena pista que pudesse me ajudar, qualquer mísera coisa, e nada.

Agora posso estar indo direto para uma emboscada, mas eu faria de tudo para conseguir encotrar o assassino por mais perigoso que sejasse. Então nenhum risco é maior do que minha vontade de encontrá-lo e finalmente encerrar o caso que a polícia não conseguiu mesmo depois de três anos de investigação.

Depois de esperar alguns minutos o uber finalmente chega, saio do meu quarto e desço as escadas tentando não fazer barulho.
Vejo que a casa está em completo silêncio e torço para todos estiverem realmente dormindo.
Passo pela sala e, com maior cuidado, abro a porta e saio de casa. Olho para trás pra ver as janelas mas todas as luzes estão apagadas, oque me conforta.

MISSÃO IMPOSSÍVELOnde as histórias ganham vida. Descobre agora