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Pov Vinnie

"Por que eu fiz isso?" é a pergunta que martela minha cabeça agora.

Não fode a porra do plano seu idiota!

Não sei oque deu em mim, não sei o porquê senti isso, apenas senti uma vontade enorme de beijá-la, e mesmo que tentei lutar contra isso, não consegui me controlar.

Isso foi estranho, como se eu estivesse necessitado de sentir aquilo. Depois de toda aquela adrenalina, ao invés de eu sentir necessidade de tomar um copo d'água, oque seria o mais normal para outras pessoas, eu senti necessidade de beijar ela, como se aquilo fosse me trazer o ar de volta, mas pelo contrário acabou me faltando.

Talvez foi por conta da adrenalina que percorreu pelo meu corpo e baguncou minha mente, me impulsionando a fazer oque fiz.
Pelo menos é oque eu acho, mas por algum motivo estou sentindo que estava precisando daquilo, de sentir aquilo, mas também estou me castigando mentalmente de todas as formas por ter feito essa merda que eu não estava ciente do que estava fazendo, até alguns segundos atrás, quando desgrudei nossas bocas e afastei nossos corpos olhando em seu rosto vendo suas buchechas coradas e sua respiração ofegante enquanto me encarava tão confusa quanto eu, só aí eu percebi a grande bosta que tinha feito.

Mas tudo aconteceu por conta da adrenalina e porque eu não estava pensando direito, isso não vai mais se repetir.

Não pode.

Pra onde estamos indo? — Escuto a voz de Margot e paro no lugar percebendo que estava andando pela rua voando em meus pensamentos.

— Buscar ajuda. — Digo e vou em direção a um telefone de rua e escuto seus passos atrás de mim, disco o número de Jordan colocando o telefone em meu ouvido e ela se senta na calçada.

Vinnie?

Rastreie esse telefone de rua e venha nos buscar o mais rápido possível. — Digo curto e grosso.

Você não consegue ficar com um carro por mais de uma semana... mas ok. Vocês estão bem?

Estamos ótimos, apenas quase morremos, nada demais. — Digo ironicamente. — Seja rápido. — Desligo e em seguida bufo esfregando minhas têmporas e me escoro na parede cruzando os braços enquanto encaro meus próprios pés em silêncio.

Vejo de relance Margot encostando suas costas na parede e abraçando seus próprios joelhos enquanto encara o asfalto do meio da rua também em silêncio, provavelmente tentando ignorar e fingir que aquilo não aconteceu exatamente como estou tentando fazer.

Continuamos em silêncio por alguns minutos enquanto evitamos nos olhar e me abaixo me sentando na calçada um pouco ao seu lado, mas ainda mantendo uma certa distância enquanto começo desviar meus pensamentos para tudo oque aconteceu na fábrica.

— Não foi ele. — Digo no mesmo momento em que Margot também diz a mesma coisa e nos olhamos por alguns segundos, mas logo desviamos o olhar voltando a encarar o asfalto.

— Não foi ele né? — Pergunta novamente.

— Não. — Respondo encostando minhas costas na parede. — Foi fácil demais e as expressões dele não foram verdadeiras, ele deve estar acobertando alguém ou somente disse para nos distrair, provavelmente sabia que aqueles homens estavam a caminho.

— Você acha que ele sabe quem é o assassino? — Pergunta e fito o chão.

— Talvez, mas talvez esteja acobertando outra pessoa que saiba quem é o assassino ou está envolvido com o assassinato, ou ele mesmo possa estar envolvido, por isso ainda temos que ir atrás dele.

MISSÃO IMPOSSÍVELOnde as histórias ganham vida. Descobre agora