No dia seguinte à batalha contra os orcs, Yurgan, Argos, Thomas, Ohtmar e Lia saíram e observaram o local onde Maxine havia caído.
Thomas já estava a procurar por um lugar onde pudesse lançar uma corda, e Ohtmar o ajudava.
— Argos, eu compartilho de sua preocupação e seu afeto por Maxine, mas devemos pensar bem em nossas ações. — disse Lia em tom gentil.
— Buscou em suas visões? — perguntou Argos, esperançoso.
— Procurei, mas não fui capaz de encontrar nada. No entanto, Maxine é uma jovem muito forte. Foi criada por você para vencer os obstáculos. Não há como ela ter perdido para uma queda.
— Acredito em minha garotinha, mas ninguém a viu nos últimos momentos da batalha. Pode ter sido ferida antes de cair, e além disso, há o fato de ela não conhecer a região. Qualquer patrulheiro de Marco da Floresta passa trabalho nessas terras geladas.
— Vamos manter nossas esperanças e apostar no sucesso de Maxine. Certo? — Pegou a mão calejada do colega e a apertou levemente, o confortando.
— Vou descer. — disse Yurgan ao testar a corda.
— Vou com você! — falou Ohtmar.
— Vamos os três então. — Thomas encerrou a conversa e ajudou Yurgan a se posicionar.
Em alguns minutos, os três estavam a cerca de treze metros abaixo. Alcançaram a bainha da espada que seguia presa pelo cinto arrebentado em uma pedra, manchada de sangue seco, e Yurgan a guardou em seu próprio cinto quando desceram por completo.
Thomas começou a procurar por rastros, movia-se de um lado a outro, sem fazer sentido para os outros, a não ser para Argos. Ao revirar a neve em certo ponto, encontrou sangue. Parou por um momento. Observou e se afastou um pouco mais. Ohtmar olhava a parede rochosa à procura de cavernas e logo encontrou uma fenda, ainda que não fosse profunda.
— Há uma fenda aqui. — avisou aos outros.
Thomas se aproximou e entrou no pequeno espaço.
— Ela esteve aqui. Estava ferida, ela e outra pessoa. Há dois rastros distintos. — falou com a voz um tanto abafada.
Saiu da caverna e olhou para baixo. Acompanhou a borda e viu um lugar onde havia um acumulo maior de neve, estava alguns metros abaixo. Yurgan havia se aproximado e olhava na mesma direção.
— Ela caiu? — perguntou o mais jovem.
— Ao que tudo indica, sim. Mas descer mais pode ser perigoso. — respondeu Thomas.
Ohtmar olhava o local onde supostamente Maxine havia caído e a passagem ao redor.
— Se fosse arriscar um palpite, eu diria que Maxine seguiu o paredão. Deve ter caminhado pela encosta tentando encontrar alguma trilha para voltar. No entanto, não há nenhuma trilha de acesso a Balmora por esse caminho. Existem algumas cavernas, talvez ela tenha se arriscado.
— Thomas mencionou que as duas pessoas se moveram. Se o mensageiro tivesse morrido na queda, teríamos encontrado o corpo. O que significa que Maxine está com ele. Não posso ter certeza, mas acho que ela não se arriscaria a adentrar em uma caverna, onde provavelmente precisaria escalar, sem equipamentos ou com outra pessoa sem experiência. Há muita chance de fracasso. — mencionou Yurgan.
— Se ela seguiu pela encosta, deve ter se afastado muito. A montanha pode enganar. Há muitas paisagens semelhantes, muitos paredões de pedra formando trilhas que levam a lugar algum. Será um caminho difícil. — Ohtmar falava olhando para a paisagem branca.
DU LIEST GERADE
A Chama de Urunir
FantasyA Guilda de Aventureiros é uma organização respeitada, principalmente no reino de Yogratax, onde foi fundada. Sua fama se estende além das fronteiras, e ser um aventureiro, membro da Guilda, é o objetivo de Maxine. A jovem deseja glória, assim como...