Capítulo 65 - Cooperação

20 4 0
                                    

No dia seguinte à batalha contra os orcs, Yurgan, Argos, Thomas, Ohtmar e Lia saíram e observaram o local onde Maxine havia caído.

Thomas já estava a procurar por um lugar onde pudesse lançar uma corda, e Ohtmar o ajudava.

— Argos, eu compartilho de sua preocupação e seu afeto por Maxine, mas devemos pensar bem em nossas ações. — disse Lia em tom gentil.

— Buscou em suas visões? — perguntou Argos, esperançoso.

— Procurei, mas não fui capaz de encontrar nada. No entanto, Maxine é uma jovem muito forte. Foi criada por você para vencer os obstáculos. Não há como ela ter perdido para uma queda.

— Acredito em minha garotinha, mas ninguém a viu nos últimos momentos da batalha. Pode ter sido ferida antes de cair, e além disso, há o fato de ela não conhecer a região. Qualquer patrulheiro de Marco da Floresta passa trabalho nessas terras geladas.

— Vamos manter nossas esperanças e apostar no sucesso de Maxine. Certo? — Pegou a mão calejada do colega e a apertou levemente, o confortando.

— Vou descer. — disse Yurgan ao testar a corda.

— Vou com você! — falou Ohtmar.

— Vamos os três então. — Thomas encerrou a conversa e ajudou Yurgan a se posicionar.

Em alguns minutos, os três estavam a cerca de treze metros abaixo. Alcançaram a bainha da espada que seguia presa pelo cinto arrebentado em uma pedra, manchada de sangue seco, e Yurgan a guardou em seu próprio cinto quando desceram por completo.

Thomas começou a procurar por rastros, movia-se de um lado a outro, sem fazer sentido para os outros, a não ser para Argos. Ao revirar a neve em certo ponto, encontrou sangue. Parou por um momento. Observou e se afastou um pouco mais. Ohtmar olhava a parede rochosa à procura de cavernas e logo encontrou uma fenda, ainda que não fosse profunda.

— Há uma fenda aqui. — avisou aos outros.

Thomas se aproximou e entrou no pequeno espaço.

— Ela esteve aqui. Estava ferida, ela e outra pessoa. Há dois rastros distintos. — falou com a voz um tanto abafada.

Saiu da caverna e olhou para baixo. Acompanhou a borda e viu um lugar onde havia um acumulo maior de neve, estava alguns metros abaixo. Yurgan havia se aproximado e olhava na mesma direção.

— Ela caiu? — perguntou o mais jovem.

— Ao que tudo indica, sim. Mas descer mais pode ser perigoso. — respondeu Thomas.

Ohtmar olhava o local onde supostamente Maxine havia caído e a passagem ao redor.

— Se fosse arriscar um palpite, eu diria que Maxine seguiu o paredão. Deve ter caminhado pela encosta tentando encontrar alguma trilha para voltar. No entanto, não há nenhuma trilha de acesso a Balmora por esse caminho. Existem algumas cavernas, talvez ela tenha se arriscado.

— Thomas mencionou que as duas pessoas se moveram. Se o mensageiro tivesse morrido na queda, teríamos encontrado o corpo. O que significa que Maxine está com ele. Não posso ter certeza, mas acho que ela não se arriscaria a adentrar em uma caverna, onde provavelmente precisaria escalar, sem equipamentos ou com outra pessoa sem experiência. Há muita chance de fracasso. — mencionou Yurgan.

— Se ela seguiu pela encosta, deve ter se afastado muito. A montanha pode enganar. Há muitas paisagens semelhantes, muitos paredões de pedra formando trilhas que levam a lugar algum. Será um caminho difícil. — Ohtmar falava olhando para a paisagem branca.

A Chama de UrunirWo Geschichten leben. Entdecke jetzt