Capítulo 51 - Espião

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Marco da Floresta...

Oitavo mês de 2.999...

A estalagem Pluma e Algodão era bastante decente, uma pena não servirem refeições ali mesmo. O jovem estava deitado na cama, que possuía um colchão confortável e pensava que, agora que seu pai seria avisado sobre seu paradeiro e segurança, poderia partir para o norte. Uma espada a mais poderia fazer diferença. Quanto antes resolvessem a situação com os orcs, melhor. Pois assim, poderiam dar atenção total ao combate contra Urunir.

Tarquin se levantou. Procuraria uma taverna para fazer o desjejum, depois reabasteceria suas provisões e então partiria, ainda que ficasse tentado a seguir Adrik.

Entrou na taverna Porta Vermelha e logo descobriu que ela era conhecida como taverna do Colho. Estava deserta, exceto por três sujeitos que faziam a primeira refeição.

— Com licença? Gostaria do desjejum e vinho diluído. — pediu no balcão.

— Claro! — respondeu o taverneiro relativamente jovem, que usava um tapa olho.

— Há mesas lá em cima? — perguntou, apontando para o mezanino do lado esquerdo.

— Há sim! Lá é um bom lugar para quem prefere um pouco mais de silêncio, ainda que hoje esteja bem silencioso.

— Eu poderia ocupar uma mesa lá? — perguntou Tarquin.

— Claro! Fique à vontade. — disse, indicando as escadas que levavam ao piso superior.

Tarquin escolheu a última mesa, no canto mais afastado. Tinha uma boa visão da taverna e das portas dos quartos. Poderia colocar o capuz e ficar por ali, sem ser notado.

Enquanto pensava se Adrik estaria hospedado ali, uma atendente rechonchuda e sorridente trouxe a refeição que consistia em um prato de mingau de aveia com mel, pão fresco, um pequeno tablete de manteiga, três fatias de bacon levemente tostado e coalhada temperada. Ficou encantado com o banquete que fazia jus à sua fome.

— Qual será o menu do almoço? — perguntou com um sorriso.

— Hoje teremos cordeiro assado, batatas defumadas e torta de legumes. — respondeu a atendente, corando.

— Poderia separar cordeiro e batatas suficientes para duas refeições? Vou partir e gostaria de me alimentar bem o quanto puder! — sorriu olhando a comida em sua frente. — Também gostaria que separasse um pouco de comida para viagem. Frutas secas, queijo, carne seca. O que estiver disponível. O suficiente para uns quatro dias.

— Claro! Passará para pegar mais tarde? — perguntou ela com interesse.

— Sim. Pretendo comprar algumas coisas e depois passo por aqui. Provavelmente até meio do dia.

— Tudo bem! Estará tudo pronto. —afastou-se, sorridente, voltando a seus afazeres e deixando Tarquin pensando no que faria.

O jovem príncipe se fartou e depois saiu da taverna, indo até a Guilda. Lá encontrou Lilly organizando as missões.

— Bom dia, majes... Bom dia! Como passou? — disse, um tanto sem jeito.

— Passei bem, obrigado por perguntar. Estamos apenas os dois aqui? — Tarquin olhava em volta.

— Sim, apenas nós. — Lilly balançou as sobrancelhas algumas vezes e então arregalou os olhos, lembrando quem ele era. — Peço desculpas! Estou acostumada a brincar com o pessoal, é um costume.

Tarquin riu.

— Não se preocupe tanto. — ficou em silêncio enquanto olhava os papéis que a garota organizava. — Estive pensando... haveria alguém com habilidades furtivas, discreto e competente para realizar uma missão para mim?

A Chama de UrunirKde žijí příběhy. Začni objevovat