Capítulo 88

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Treze anos antes.

Chovia bastante em Nova Iorque, era tarde, um clima agradável para ficar debaixo do edredom e assistir filmes de romance. Porém, no apartamento dos Borges estava totalmente diferente do clima que aparentava ser.

Sophia não estava viajando à trabalho e Micael decidiu trabalhar em casa, justamente hoje. Estava chovendo bastante e ele queria curtir a esposa até que a próxima viagem à trabalho chegasse.

Estavam recém-casados. Era tudo lindo e maravilhoso.

— Hum. — Sophia tinha um riso gostoso nos lábios quando pousou as mãos no ombro de Micael, que estava de pé em sua frente, no meio de suas pernas.

Seu corpo foi deitado no mármore frio do balcão da cozinha, mas nesse tempo, ela não ligou. Tinha uma meia-calça preta cobrindo suas pernas e uma gravata azul escura no pescoço, do seu marido. Ele riu enquanto puxava o tecido de suas pernas, eufórico.

— Não podemos fazer sexo aqui! — Micael tinha um tom brincalhão na voz. Beijou Sophia que emitiu um gemido gostoso, antes de o abraçar.

— Por que não? — Ainda ria. — É claro que podemos! Nós podemos tudo. — Encarou o marido que desceu os beijos até o seu pescoço, retirando a gravata que ela usava.

— Eu vou lembrar da minha mãe quando fizermos sexo aqui em cima.

Sophia gargalhou e logo tapou a boca quando se deu conta que havia feito muito barulho.

— Por que? — Semicerrou os olhos ao sentir os lábios carnudos do marido em seus mamilos túmidos.

— Ela gosta de tomar café em pé. — Cortou o clima, fazendo Sophia pensar. — O balcão é o lugar preferido dela.

— Hãn, eu não queria falar da sua mãe. — Alisou os músculos do marido. — Não gosto disso!

— De falar da minha mãe?

— Enquanto estamos tendo preliminares? Sim. — Sophia fez uma careta. — Se isso te conforta, podemos fazer sexo em outro lugar da casa. — Sorriu novamente à Micael.

Ele deu de ombros, abaixando o tronco para beijar Sophia, que seguia deitada no mármore do balcão. As mãos fervorosas a e necessidade de ter o marido à todo custo. Estava nua para ele, naquele clima agradável e chuvoso. Lá fora estava frio mas o calor do seu corpo respondia em outra coisa.

Micael tocou a fivela do cinto, prestes a retirar, mas foi interrompido pelo telefone residencial.

— Cacete. — Bufou e deixou Sophia, que entristeceu.

Andou até o telefone residencial que tocava na base, atendendo no terceiro toque.

— Alô? — Estava irritado.

— Borges? Desculpe incomodar! Eu precisava mesmo falar com você.

— Por que não me mandou um e-mail?

— É um pouco urgente. — Micael mudou sua expressão.

— Aconteceu alguma coisa?

— Eu recebi uma carta do conselho que você está participando. Eles querem uma nota de esclarecimento pois você não compareceu na última reunião. — O lembrou.

— E por isso você teve que me ligar? Não consegue fazer isso sozinho? Sua capacidade é terrivelmente burra para que não consiga decidir algo sem mim? — Sentou-se na sua poltrona de papai, bastante irritado.

— Você recebeu uma multa de doze mil dólares, Micael. É por isso que liguei para você!

Micael afastou o telefone da orelha, xingando em silencio.

— Doze mil dólares?

— Sim.

— E não me avisaram antes por que?

— Porque estamos te avisando agora. Pelo o que consta, você também não está vendo os e-mails e correspondências que estão aqui na empresa.

— Está dizendo que eu não trabalho direito? O que é isso? — Esbraveceu mais ainda.

Viu Sophia caminhar até ele, sentando em seu colo. Arreganhou as duas pernas quando se sentou, encarando o marido que estava extremamente irritado.

— Estou dizendo que recebi uma carta do conselho, apenas isso. Não quero que você chegue amanhã falando que está com uma multa de doze mil dólares. Estamos avisando você!

— Yanna abre minhas correspondências. Por que ela não avisou? — Viu a esposa pegar sua mão, delicadamente.

— Também estou atrás dessa resposta.

Sophia chupou o indicador do marido, logo após, o médio e os dois juntos, sexy. O observou com malícia, fazendo isso de novo.

— Mais alguma coisa? Eu preciso desligar. — Estava excitado! É lógico que precisava desligar.

— Quero saber como vou pagar isso para você. Precisar ser ainda hoje. Tem como depositar?

— É... Eu acho que tenho. — Sua mente ficou nublada quando a esposa tocou o cinto, desfazendo-se dele e jogando pelo carpete da sala. — Nos falamos depois. Até mais!

— Borg... — Micael desligou, soltando o telefone que não voltou para a base.

Beijou os lábios de Sophia com voracidade, abrindo os botões da sua calça social e retirando, junto com a boxer. Fez a esposa se encaixar em seu membro duro, descendo e subindo, lentamente.

Ficaram assim por um determinado tempo. Se amando. Ora transando fraco, ora transando forte. Não tinham preocupações com crianças, até porque a conversa não se estendeu mais quando completaram alguns meses de casado.

Não brigavam, não tinham olhos para outras pessoas. Estavam apaixonados, mais do que já eram. Sophia tinha certeza que era de Micael, assim como ele tinha certeza que era apenas de Sophia.

Prometeram que nunca iriam se divorciar, em hipótese alguma. Não importava o que acontecesse! Estavam apaixonados, isso sim era o mais importante de tudo.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz