Capítulo 30

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Micael adentrou o apartamento da ex-mulher, consigo mesma, em transe por estar de luto. Os dias ficariam difíceis à Sophia, ele sabia muito bem disso!

Porém, tinha que ajudá-la a seguir em frente, mesmo sendo difícil. Ele tinha!

— Eu vou fazer alguma coisa para você comer, tudo bem? — Colocou as mãos na cintura, observando o apartamento em perfeito estado.

— Tô sem fome. — Ficou descalça.

— Mas você precisa comer. — Protestou.

— Vou tomar um banho e dormir um pouco, pode ser? — Deu de ombros, avisando o ex-marido e sumindo pelo quarto.

Ele deixou, não mexeria com ela agora.

Antes que pudesse seguir o caminho da cozinha, Micael foi pego de surpresa pela campainha suave do apartamento de Sophia. Atendeu no mesmo instante, vendo Joana do outro lado do portal, estava triste pelo luto da patroa.

— Joana, tudo bem? — Micael estranhou de vê-la ali.

— Tudo sim, seu Micael. Eu querida dar os meus pêsames à dona Sophia. — Abaixou a cabeça.

— A Sophia está lá dentro, não está muito bem, enfim. — Fez uma careta. — Eu vou ficar com ela por tempo indeterminado.

— Como assim? — Joana se chocou. Não queria perder o seu emprego.

— Vou cuidar dela até que esteja cem porcento. — Assentiu. — Por enquanto, você pode descansar também!

— Não, seu Micael. O senhor não pode fazer isso comigo não! — Se desesperou.

— Joana, não. Eu não vou despedir você, fique tranquila com isso! — Lhe acalmou. — Só quero ficar um pouco com a Sophia, cuidar dela, até ela melhorar. — Tranquilizou Joana que entendeu.

— E Clarinha?

— Ela vai ficar bem aqui comigo, não se preocupe. — Sorriu leve.

— Se for assim... — Joana achou uma ótima ideia. — Mas qualquer coisa que o senhor precisar é só ligar para mim, entendeu? Pode até ligar no celular da minha filha, a dona Sophia tem o número.

— Pode deixar, Joana. — Micael soltou um riso leve. — Não vamos esquecer você.

— Então eu posso ir mesmo? Tem certeza? Não quer que eu arrume a janta? — Joana estava preocupada com aquele desfecho.

— Está tudo sob controle, Joana. Pode ir descansar! — Micael rolou os olhos.

— Então tudo bem, tô indo! — A mulher acenou para Micael, deu às costas e entrou novamente no elevador.

Fechou a porta novamente e lembrou-se de Clara, que estava com a vizinha da sua mãe.

— Cacete! — Colocou as mãos na cabeça. — Cacete! Cacete! — Procurou o iPhone no bolso da calça social.

Discou o número de sua mãe, preocupado.

— Filho?

— Oi mãe, você está muito ocupada?

— Não estou. Por quê?

— Preciso que traga Clara até aqui. Não posso sair e deixar Sophia sozinha. — Bufou.

— Por que não deixa ela dormindo aqui comigo? Só hoje. Amanhã eu entrego ela pra você.

— Eu sou o pai da Clara, mãe! Ela tem casa e precisa dormir com os pais! — Certificou.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Where stories live. Discover now