Capítulo 64

113 6 1
                                    


Micael tinha o aparelho, que ainda vibrava, em suas mãos. Sophia engoliu seco, sem saber o que fazer. Tentou pegar o iPhone novamente mas sem sucesso.

— Alô? — Micael atendeu, depois de muita insistência. — É o marido dela que está falando! — Ficou irritado, encarando a esposa. — Sophia está dormindo, não pode falar com você à essa hora. — Foi irônico.

Estava morrendo de ciúmes mas queria saber o por quê de Steve procurar sua mulher, aquela hora da noite. Não era tão tarde mas ele não esperava aquilo dela, depois de tudo.

— A-aconteceu alguma coisa? — Pareceu sério. Sua feição foi relaxando aos poucos. — Eu não vi, não estava por perto. Ela está lá? — Se preocupou.

Sophia franziu as sobrancelhas.

— Tudo bem, eu vou avisa-la. — Pausou. — Sheron precisa de reforços? Está tudo bem mesmo? — Criou uma parede branca na frente de Steve.

Apenas naquele momento.

— Certo. Obrigado por avisar! Até mais. — Desligou a ligação.

— O que aconteceu?

— A empresa pegou fogo. — Sophia ficou boquiaberta. — Uma parte da sala pegou fogo...

— Ah não! — Seu trabalho foi-se por água abaixo. — O sala pegou fogo?

— Eu sinto muito, meu amor. — Micael sentiu dó da esposa. Todo o seu trabalho em vão.

— Como pegou fogo? O Steve não disse nada? — Abriu as mãos, estudando como aquilo foi possível.

— Ele só disse o básico. Os bombeiros estão averiguando algum tipo de problema por lá, não sabem bem o que aconteceu, de fato. — Contou. — Mas Sheron está avoada!

— Eu não acredito nisso. — Colocou as mãos na cabeça, pensando. — Meu glorioso trabalho se despediu de uma vez por todas!

— Talvez tenha sido só um pouco. — Alisou as costas da esposa, sondando.

— E se não foi?

— Vamos ver amanhã.

— Eu vou ver amanhã! É o meu trabalho! — Se irritou. — E antes de você surtar, eu devo atender o meu telefone! — Buscou o iPhone das mãos do marido, brutalmente.

— Eu queria saber porquê ele estava ligando pra você, nesse horário. — Justificou. — Você gostaria que fosse a Sheron?

— Não. — Esbraveceu. — Parece que você não confia em mim.

— Eu confio em você e tenho cabeça, que dói, inclusive quando entramos nesse assunto que me deixa extremamente fodido de raiva. — Micael afofou o travesseiro. — Eu vou dormir porque estou com sono. Você vem?

— Tchau. — Sophia deitou-se, emburrada. Respirou fundo antes de deixar algumas lágrimas caírem de seu rosto.

Grávidas...

Dormiu extremamente bem a noite inteira. Acordou quando os raios fracos de sol invadiram a persiana do quarto, indicando que já estava amanhecendo. Virou-se de um lado para o outro, remexendo as pernas enquanto sentia o clima gostoso e confortável do colchão e seu edredom.

Os hormônios lhe matando aquela hora da manhã! Sentiu falta do marido e nem parecia que haviam discutido antes de dormirem. Beijou o rosto de Micael, que ainda dormia, tranquilo. Desceu os lábios delicados até o pescoço, mordiscou o maxilar e por último adentrou sua mão na calça abrigo preta, alisando o membro do marido, endurecido automaticamente.

Micael deu um sorriso leve, parecendo que estava sonhando. Custou um pouco para que abrisse os olhos e visse Sophia, suplicando ao marido que estava com fome.

— Bom dia. — Beijou os lábios da esposa. — Você não cansa um segundo, não é mesmo? — Mordiscou os lábios inferiores, sorrindo.

— Não. — Sussurrou. Um sorriso de malícia, em ambos.

— O que você quer, hein? — Segurou no rosto da esposa.

— Você sabe. — O beijou, com gana.

Micael sorriu mais ainda. Não estava aguentando Sophia naquele estado! Grávidas eram terríveis mas Sophia conseguia se superar.

— Humm. — Virou o corpo rapidamente ao criado mudo. Olhou o visor do relógio. — Eu sou seu durante uma hora, até que Clara acorde.

— Eu não vou fazer barulho, eu prometo. — Disse em sussurro, mordiscando o lóbulo de sua orelha.

Micael soltou um riso leve.

— Não sei se confio em você. — Fez uma careta, lhe encarando.

— Pode confiar. — Foi ao ataque, ficando em cima do marido, que ria descontraído da esposa.

Havia lhe acordado às seis e quinze da manhã para um sexo matinal. Santo bebê!

Sophia se sentia em mil sensações para o desejo que estava tendo sob Micael. Era surreal! À vezes engraçado, às vezes curioso e às vezes... Nem ela conseguia explicar muito bem.

A posição não muito confortável à ela, agora, começou a parecer. Estava de quatro, nua, as mãos segurando as laterais do colchão enquanto sentia o marido entrar e sair, gostosamente. Uma mão forte de Micael segurando o seu ombro, e a outra, alisando seu corpo que já começava a ter algumas mudanças. Ele era louco por ela!

Foi difícil segurar os gemidos, já que, prometeu ao marido que ficaria quietinha. Estava relaxada sentindo todo o comprimento entrar e sair, um espasmo perfeito. Não havia muito barulho, o clima estava ótimo e Sophia se sentiu nas nuvens quando os pés lhe avisaram que seu orgasmo chegaria, em plena manhã.

Seu dia seria ótimo hoje!

Estava fora de si que deixou um gemido alto escapar, mas Micael não ligou. Na sua cabeça, o som não ecoaria até o quarto de Clara, pensou.

Estava gozando quando endireitou o corpo, ficando ereta, na altura de Micael. Sentiu as mãos dele alisar seu corpo, descendo até sua intimidade, onde ficou por ali, alguns minutos, dando o alto ápice de prazer.

Micael massageou os seios da esposa antes de vê-la cair em suas mãos, estava mole. Efeitos do orgasmo incrível que teve. Ela não queria sair dali, nunca mais.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Where stories live. Discover now