Capítulo 24

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Clara já estava na cama quando Sophia lhe cobriu, acendendo o abajur e dando-lhe um beijo em sua testa.

— Mamãe, conta uma história! — Pediu.

— Pensei que você já tinha passado da fase de contar histórias. — Sorriu leve à filha que se acomodou nas cobertas, viu a mãe buscar um livro na prateleira. — Pode ser esse?

— Pode! — Clara sorriu.

— Vamos lá. — Sophia se sentou ao seu lado, debaixo das cobertas. — Nessa história bastante divertida, vamos conhecer o cachorrinho Pop e sua turma, que juntos, vão conhecer o mundo à fora! — Sophia começou a contar.

E em menos de dez minutos, Clara já havia dormido. Sophia fechou o livro e voltou ao lugar, deu um beijo demorado na testa da filha, saindo de fininho.


Micael acordou cedinho naquela manhã, tomou um café rápido e foi ao encontro no hospital, com o doutor Kendrick, que lhe ajudaria em todo o processo de Renato. Ou pelo menos tentaria.

Foi super bem recepcionado, entrando na sala do médico mais cobiçado de Nova Iorque.

— E então, doutor? — Ajuntou os dedos, aflito.

O doutor Kendrick encarava os exames com cautela e bastante atenção.

— Bom, Micael... Não temos muito o que fazer nesse caso. Já está 97% tomado. — Soltou.

— Não existe alguma injeção, remédio, soro, sei lá? — Pensou. — O senhor precisa fazer alguma coisa!

— Mesmo que deixássemos ele em observação, não daria muito certo. — Encarou Micael. — Não há o que fazer, Micael. Eu lamento!

— Não, não, não. — Ele se levantou. — Eu vou caçar um médico até no inferno pra resolver esse problema!

— O problema é que não dá pra resolver o problema, Micael. É um câncer bastante delicado, em um local delicado e já está praticamente tomado. — Explicou. — Eu não posso deixar ele aqui pra piorar a situação.

— E vai deixar ele morrer? — Estava incrédulo.

— De um jeito ou de outro ele vai morrer, Micael.

— E não existe algum medicamento que faça ele viver sei lá, até uns... Dez anos a mais? Qualquer coisa! — Estava desesperado.

O doutor Kendrick negou com a cabeça, aquilo matou Micael, centenas de vezes.

— Eu sinto muito. — Pausou.

Chegou mais perto de Micael, sentando na ponta da mesa.

— Você gosta muito dele, não é?

— É. Ele praticamente virou o meu pai também. — Soltou, cabisbaixo. — Fora que, a minha ex-mulher vai ficar sem chão.

— Essa doença é terrível, Micael! Eu perdi a minha mulher com um câncer também, faz seis anos. — Contou.

Micael ficou surpreso.

— E-eu não sabia.

— Muita gente não sabe, e eu também prefiro não ficar comentando da minha vida pessoal aqui no hospital. — Cruzou os braços. — A única coisa que eu posso te ajudar no momento é que você fique firme, forte e seja como uma parede de proteção à sua ex-mulher.

Micael ficou pensativo.

— Ela vai precisar muito de você! — Completou.

E ele sabia mesmo, Sophia precisaria muito dele, já que, não iria aceitar muito bem.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang