Capítulo 38

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Micael chegou apressado na empresa, subiu de elevador e logo foi até a sala de reuniões. A equipe da compra já estava por lá, acompanhados de Sheron.

Ele adentrou o ambiente bem sério, cumprimentando todos com um aperto de mão.

— Boa tarde à todos, desculpem a demora! — Sorriu leve, observando todos que estavam na mesa.

Porém, as facetas e caretas cômicas deixaram Micael sem entender. Arthur segurou o riso, passando a mão no rosto sem contar nada ao chefe.

Sheron cobriu a boca com a mão, segurando sua risada.

— Estão risonhos hoje, hein? Já sei! Hoje é realmente um dia de vitória. — Micael sorriu novamente, ficando de pé na frente de todos. — Sheron será oficialmente dona das empresas Borges.

— Micael... — Ela tentou interromper.

— Eu sei, eu também fiquei estranho e ansioso quando recebi esse lugar pra mim. É confuso mas você vai se sair bem nessa! — Como ele era inocente... — Estão todos prontos? Iremos rever os últimos pontos?

— É... Vamos? — Seu gerente de conta assentiu, não disse nada sobre a maquiagem pesada.

Arthur estava morrendo de rir no canto, porém, não ousou atrapalhar a palestra de Micael.

— Cláusula sete, é a última que vamos rever! — Abriu um documento, lendo sério.

— É impossível ler o contrato com você desse jeito, Micael. Desculpa! — Sheron gargalhou e os demais riram juntos, se acabando.

Micael não entendeu nada do que estava acontecendo. Por que estavam rindo?

— Mas... O que houve? — Tinha um sorriso nos lábios, porém, não sabia o que estava acontecendo.

Arthur apareceu ao seu lado, abriu a câmera do iPhone, mostrando Micael extremamente maquiado.

— PUTA QUE PARIU! — Ele se chocou, vendo sua face maquiada. — Aquela praguinha filha de uma mãe! — Cerrou os dentes.

— Tem lenço umedecido no terceiro banheiro. — Arthur o avisou. — Te esperamos!

— Tudo bem, eu já volto. — Micael saiu apressado, procurando o banheiro que pudesse tirar aquela maquiagem.

Quatro horas depois.

— Oi mãe, sou eu! — Sophia estava subindo de elevador, falava com sua mãe ao telefone. — Está tudo bem por aí? A gente não se falou mais depois do enterro do papai. — Se lembrou. — Está tudo bem mesmo? — Tinha uma sacola de compras na mão esquerda, esperava a porta do elevador se abrir em seu andar. — Por que não vem passar uns dias aqui em casa? A senhora anda muito sozinha! — Saiu do elevador.

Buscou a chave em sua bolsa, equilibrando o celular na orelha e as sacolas, tudo junto.

— Estou acabando de chegar em casa, jaja te ligo de volta, tudo bem? — Deu um sorriso leve. — Se cuida. Te amo! — Desligou a ligação e guardou o iPhone no bolso traseiro da calça jeans.

Destrancou a porta e entrou no apartamento. A bagunça terrível fez Sophia entrar em sinal de alerta rapidamente.

— Micael? — O chamou. — Clara?

— OI MAMÃE! — A pequena apareceu na sala, sorridente. Tinha os cabelos bagunçados e a roupa suja de tinta.

— Onde está o seu pai? — Ficou tensa antes da filha responder, porém, Sophia já sabia da resposta.

Só queria ter certeza de como o mataria.

— Ele foi trabalhar.

— Trabalhar? — Balbuciou.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Where stories live. Discover now