Capítulo 87

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Sophia chegou em casa, um pouco cansada. Na realidade, sua cabeça estava cheia de pensamentos, refletindo sobre a conversa que teve com Steve, no restaurante.

Alongou o pescoço e retirou as sapatilhas que estava usando, deixando os pés terem contato com o chão frio de madeira do apartamento. O silêncio tomou conta e sua atenção foi direto no relógio digital, na estante da sala.

Clara já havia saído da escola e Micael teria ido buscá-la. Ela estranhou. O relógio marcava sete e dez da noite.

Escutou a campainha tocar.

— Deve ter esquecido a chave. — Disse consigo antes de andar até à porta.

Viu a figura sumida de Arthur, que sorria.

— Soph, tudo bem? — Abraçou a mesma.

— Arthur, que surpresa! — Ficou sem entender. Achou que fosse o marido. — Entra.

— Obrigado. — Pediu licença, baixinho, enquanto entrava no apartamento. — Micael está?

— Eu acabei de chegar e não achei ninguém aqui. O que é estranho! — Fez uma careta. — Mas fique à vontade. Você quer beber alguma coisa? Comer alguma coisa? — Foi receptiva.

— Não, obrigado. Eu tinha combinado de conversar com ele mas parece que os planos mudaram. — Arthur coçou o maxilar barbeado.

— Ah, vocês combinaram? — Outra surpresa à Sophia, mas ela não ligou muito. — Enfim. Eu vou buscar uma cerveja pra você! — Apontou ao amigo e saiu em direção a geladeira.

Arthur ficou um pouco sem graça, não esperava encontrar Sophia sozinha.

— Como está o bebê? — Puxou assunto.

— Extremamente ótimo! Saudável! Forte! — Sorria de orelha à orelha ao falar do caçula, que estava chegando. — Tive consulta hoje e voltei com algumas imagens do ultrassom. — Entregou a cerveja para Arthur.

— Obrigado. — Agradeceu. — E fico extremamente feliz que o bebê está bem e saudável! Meus parabéns novamente, Sophia.

— Obrigada, Arthur! Você também faz parte dessa família. — Os dois sorriram. — Queria brindar com você mas deixa pra próxima. — Ele soltou um riso descontraído.

— Vou cobrar esse brinde! — Brincou.

A porta se abriu novamente, revelando Micael, esbravecido como nos tempos de empresa.

— Olha ele aí! — Arthur havia se soltado. Bebeu um gole da cerveja.

— Arthur, não posso falar com você hoje. — Estava bem sério e rígido. — Vamos combinar outro dia, tudo bem?

— É... Tudo. Perfeito! — Assentiu.

— Ótimo. — Micael foi até à porta, de novo. — Agora pode ir!

— Micael, o que é isso? — Sophia interviu, desacreditada. — Arthur estava esperando por você! Ele é o nosso amigo!

— Ele é meu amigo e o que eu tinha que conversar com ele foi totalmente cancelado. — Foi grosso. — Arthur, nos vemos depois!

— Tudo bem. Eu já estava indo mesmo! — Ele se levantou, ainda com a long neck em suas mãos. — Obrigado pela cerveja, Sophia. — Sorriu leve à ela que fez o mesmo, com vergonha.

Estava com vergonha pela arrogância de Micael.

— Até mais. — Passou pelo o amigo, batendo leve em seu ombro. Micael ficou em silêncio.

Soltou a porta com tudo, que se fechou em um estrondo. Sophia não estava entendendo.

— Posso saber por que você está bravinho assim? — Bateu de frente com o marido.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Där berättelser lever. Upptäck nu