Capítulo 49

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Dezoito horas depois.

Bora Bora - Polinésia Francesa.

— Minhas pernas estão com cãibras. — Micael queixou enquanto andava engraçado pelo piso do pequeno aeroporto. Tinha Clara nos braços, que dormia.

— Vamos procurar algum guia que leve a gente até o Resort. — Sophia observava todos os lados.

— Aqui, vem! — Chamou a esposa que levava as malas.

Viram o homem usando uma camiseta polo amarela com o logotipo do Resort, tênis branco e uma bermuda azul escura. Tinha uma lousa média nas mãos escrito Borges, sorriu quando viu a família se aproximar.

— Olá, sejam bem vindos!

— Olá e muito obrigada! — Sophia sorriu com a simpatia do rapaz.

— Vamos indo? O carro espera por vocês. — Chamou os dois, que seguiram o homem extremamente simpático.

As malas foram postas no Jeep e todos seguiram ao Resort. Sophia se encantou com a paisagem, que parecia ter sido tirada de alguma pintura, era inacreditável que a água pudesse ser tão cristalina daquele jeito. Já havia ido em Bora Bora com Micael e todas as vezes ela se encantava.

— Vamos fazer um tour ou preferem descansar um pouco? — O homem retirou as malas do carro, teve a ajuda de Micael.

— Vamos descansar um pouco, tudo bem? — Ele assentiu. — Como é o seu nome?

— Silvan, mas pode me chamar de Sil. — Sorriu leve. — Ficarei pelo Resort caso queiram algum serviço meu.

— Obrigado, Sil! Você foi muito atencioso e qualquer dúvida iremos te chamar. — Micael deu um leve sorriso.

— Bom descanso à vocês! — Acenou com a cabeça antes de sair, deixando Micael e Sophia sozinhos.

Ela andou pelo píer de madeira até os quartos localizados sob a água. Sentiu falta daquilo!

— Clara está num sono pesado. — Queixou-se ao ver a filha completamente desmaiada pelo sono.

— Ela estava ansiosa pra chegar e não aguentou. — Micael seguia as duas atrás. — Está repondo as baterias! — Chegaram em frente à porta do quarto.

— Estou com fome. — Sophia torceu o nariz. — Eu sei que a gente comeu bastante coisa no avião mas... É comida de avião! — Fez outra careta.

— O que você quer dizer com comida de avião? — Micael soltou um riso sarcástico, abriu a porta do quarto.

— Eu quero dizer que pagamos caro em um voo pra comer coisa amanhecida e enlatada. — Colocou Clara na enorme cama de casal, arrumou suas pernas e deu um beijo na testa da filha.

— Vou ligar pro serviço de quarto, depois do meu banho. — Micael avisou, tinha as mãos na cintura, pensando.

— Pode tomar seu banho, eu vou ver o que tem no serviço de quarto. — Deu um beijo no ombro do marido, indo até uma cômoda pequena, em cima, um telefone residencial especialmente para os serviços de quarto.

Micael ajeitou sua mala em cima de um pequeno sofá, no canto do quarto. Retirou sua roupa confortável e foi tomar o seu banho relaxante. Sophia leu o cardápio inteiro e quase pediu tudo, se não tivesse uma voz no fundo lhe impedindo de fazer isso.

Deitou-se no lado de Clara e ao invés de sondar a filha, dormiu também. Estava cansada! A viagem havia lhe cansado.

Micael saiu do banho, alguns minutos depois. Recebeu o serviço de quarto que Sophia havia pedido, aproveitou para comer e decidiu não chamar a esposa, que dormia serena, cansada. Assim como a filha, que não teria previsão para acordar.

Três horas depois.

— Hum. — Sophia acordou assustada, fez menção de pegar Clara que não estava mais na cama. Sentou-se para saber aonde a filha estava. — Clara?

— Oi, mamãe. — A menina respondeu, estava deitada no tapete felpudo do quarto. O iPad em sua frente, assistia alguns vídeos infantis.

— Onde está o seu pai?

— Serve eu? — Micael saiu do banheiro, tinha um sorriso leve no rosto.

— Meu Deus, acho que eu dormi demais. — Colocou as mãos no rosto.

— Você precisa comer, isso sim! — Buscou o prato que estava no carrinho.

Micael lhe entregou, alguns camarões e arroz acompanhavam o prato.

— Ainda está quente! — Sophia sorriu com aquilo. — Isso deve estar uma delícia.

— Eu quase comi o seu, de tão gostoso que estava. — Micael brincou. — Já sabe o que vamos fazer amanhã?

— Hum... Não sei. — Sophia comia, com gosto. Estava morrendo de fome! — Visitar as praias?

— Clara quer fazer castelinhos de areia.

— Ela já comeu? — Sophia se lembrou, ficando preocupada.

— Sim senhora! — Achou graça da esposa.

— Então tudo bem. — Ficou tranquila novamente. — Será que no Resort tem alguma babá de plantão?

— Babá de plantão? — Micael franziu o cenho.

— É, pra quando eu e você sairmos juntos! — Deu ênfase na última palavra, Micael riu leve.

— É sério que você está pensando nisso?

— O que? Eu trouxe todos os nossos acessórios! — Disse, conformada com a situação.

— Meu amor, isso é... Você é doida!

— Não sou doida, estamos em Bora Bora. — Foi confiante outra vez. — É impossível estarmos aqui e não aproveitarmos nada.

— Já disse que é você é doida. — Micael ainda ria leve. — Clara está com a gente!

— Eu ainda disse pra gente deixar ela com a sua mãe.

— É uma viagem em família, Sophia. Depois que voltarmos, a gente pode pensar na possibilidade de viajarmos sozinhos. — Começou a pensar mais naquela possibilidade, não era tão ruim.

— Eu posso escolher?

— Se depender de você, vamos viajar para o motel mais próximo e barato da cidade. — Debochou.

— Papai, o que é motel? — Clara havia escutado a pequena conversa entre os pais.

Crianças...

— Eu disse Mattel, amor. Mattel! A marca que faz Barbies. — Micael engoliu seco, contornando a situação.

— Papai, você me dá uma Barbie de natal? — A pequena estava mais interessada em seu vídeo no iPad, a conversa com Micael estava paralela demais.

— Todas que você quiser, amor. — Sorriu à filha que assentiu, dando atenção em seu iPad.

E Sophia riu baixinho da cara do marido, mas teve que parar por uma breve convulsão de vômito. O banheiro nunca pareceu tão longe à ela...

Aposta de Amor - 2ª Temporada Where stories live. Discover now