Capítulo 68

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Sophia não se deu conta mas tirou um cochilo após se masturbar, sozinha. Bocejou e protestou por fome, já que agora, se alimentava por dois.

Levantou-se ainda sonolenta e sentiu um pouco de dificuldade para andar sob o barco, que agora, navegava calmo e praticamente sozinho. Os pés descalços fizeram contato com a madeira fria e antiga. Viu o marido na cozinha americana do barco, mexia em algumas panelas no fogão.

— Acordou, bela adormecida? — Brincou com a esposa.

— Sim. — Coçou os olhos. — Onde estamos? — Chegou mais perto, adentrando o ambiente onde Micael estava. — O que está fazendo? — Apontou para a panela de inox.

— Estamos em alto mar. — Soltou o ar dos pulmões, sorrindo leve. — E eu fiz um peixe ensopado. Tem macarrão com molho branco também! — Encarou Sophia.

— Peixe ensopado. — Ficou em transe, ainda com resquício de sonolência. — O cheiro está ótimo! — Ambos sorriram.

— Eu sei. Fui eu quem fiz! — Se gabou.

Sophia revirou os olhos.

— Você dormiu bastante. — Voltou a mexer na panela. — Pegou no sono logo que eu saí do quarto? — Pegou uma tábua de vidro, começando a cortar uma cebolinha, já lavada.

— Não. Eu me masturbei. — Sophia roubou um cubo de queijo, que estava reservado. — Você não quis transar comigo! — Lançou um olhar desafiador ao marido, que riu baixo enquanto cortava a cebolinha.

— Quem vê você falando pensa que nunca fazemos sexo. — Soltou.

— Qual a parte do: eu estou grávida que você não entendeu? — Roubou um ramo de cebolinha, enfiando na boca.

— Eu super entendi que você está grávida, querida. E pare de comer a cebolinha, obrigado. — Afastou Sophia do balcão.

— Eu gosto de cebolinha. — Mostrou os lábios enquanto soltava uma careta de dó.

Micael riu leve, balançou a cabeça.

— Respondendo a sua pergunta ridícula. — Deu a volta na cozinha, mexendo em todos os utensílios. — Nós fazemos bastante sexo. — Pensou. — Mas eu quero mais sexo, eu não consigo me controlar! — Apoiou o corpo no balcão, observando Micael cortar a cebolinha.

— Isso quer dizer que seu hormônio explodiu no termômetro de grávidas safadas com o hormônio lá em cima. — Disse calmo. — Eu não tô dando conta de você, é sério. — Virou-se para encara-la.

— Isso é um problema? — Torceu o nariz. — Não quero mais ficar grávida. — Se emburrou.

— Eu achava que não seria um problema mas agora está sendo. — Aproximou-se de Sophia, tocou o rosto delicado da esposa. — E eu amo ver você grávida, minha cebolinha! — Selou seus lábios ao dela, que riu leve.

— Eu gosto disso. — Tinha os olhos fechados, sonhando acordada. — Isso é bom! — Aproveitou do beijo que Micael lhe entregava, achando graça.

— O que você está... Fazendo? — Riu entre os beijos, abrindo os olhos para ver a face angelical da esposa.

— Para de cortar o clima, é sério. — Ainda sussurrou, explorando os lábios carnudos do marido.

— Eu não estou cortando, só estou achando... Graça. — Mordiscou o lábio de Sophia. — Precisamos... Comer alguma coisa. Você precisa comer! — Parou o beijo.

Sophia não ficou muito satisfeita.

— Tudo bem. — Suspirou. — Não vamos chegar em nenhum lugar desse jeito! Você parece que está de resguardo. — Reclamou.

— E você parece uma taradona que quer fazer sexo de cinco em cinco minutos. — Apertou o nariz de Sophia, voltando ao balcão e terminando de fazer o almoço. — Você prefere suco de abacaxi ou de morango? Tem polpa no frigobar. — Avisou a esposa.

— Abacaxi. — Saiu da cozinha. — Assim eu posso engolir todo o seu gozo e me deliciar porque vai estar doce. — Piscou para Micael que balbuciou, não acreditando nas palavras obscenas da esposa.

Sophia estava terrível!


— Meu Deus. — Sophia relaxou o corpo na cadeira, após terminar de comer. — Eu comi demais! Agora estou grávida de gêmeos. — Mal conseguia respirar.

— Eu vi que você comeu demais, querida. — Micael soltou, irônico. — Não sobrou nem um peixe pra contar história. — Encarou a panela, vazia.

— Estou grávida. — O argumento que ela mais adorava em dizer.

— Eu sei. — Micael rolou os olhos, achando graça.

Ela fitou o marido, lhe observando. Ficou séria ao reparar nos olhos castanhos, os lábios carnudos e o rosto com graça, querendo rir de algo.

— O que foi agora, hein? — Micael segurou o riso, queria descobrir o por quê da esposa estar lhe olhando.

— Tô te olhando. Não posso olhar o meu marido?

— Pode! Claro que pode. — Também observou a esposa.

— Você está ficando sem graça? — Foi a vez de Sophia segurar o riso, achando engraçado.

— Eu tô ficando com medo de você, sua tarada! — Riu leve. — Fica me olhando como se fosse me comer.

— Se eu tivesse um pênis eu até que te comeria. — Pensou.

— Jesus. — Micael bebeu o suco, incrédulo.

— Podemos testar. O que você acha?

— FICOU MALUCA? — Franziu o cenho.

— Por que não podemos testar? É só um pênis de borracha, ele não vai fazer nada demais.

— Eu vou lavar a louça. — Se levantou.

Retirou o prato sujo de Sophia, assim como os copos.

— Tá bom. — Sophia mexeu os ombros antes de se levantar. — Eu vou descansar.

— Você não vai me ajudar? — Subiu o olhar à esposa, desacreditado.

— Não? — Sorriu falsa.

— Já sei, você vai falar que está grávida. — Debochou. — Eu cuido da cozinha, obrigado por você me ajudar. Eu te amo!

— Eu também te amo! E gostaria de uma sobremesa. — Fez uma careta. — Eu guardei espaço pra sobremesa, acredite. — Alisou a barriga.

Micael não disse nada, apenas buscou a louça suja e levou de volta para à cozinha, iniciando sua lavagem de louça sem a ajuda da esposa.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Onde as histórias ganham vida. Descobre agora