Aposta de Amor - 2ª Temporada

Capítulo 46

Sophia empurrou a porta de vidro do consultório da obstetra June, localizado no centro de Nova Iorque. Ele havia marcado a consulta na noite anterior, certificando que Sophia começasse o seu pré-natal, antes de viajarem.

— Sophia, como vai? — A mulher da mesma altura que a sua sorriu, estava feliz em atende-la.

— Olá, eu estou bem e você? — Foi simpática! Visualizou o consultório que não era igual ao da doutora Kyle.

— Estou ótima! — Colocou as mãos dentro do jaleco. — Você já havia conhecido o nosso espaço? — Andou com ela até a poltrona confortável, na frente da sua mesa.

Sophia se sentou em uma e June na outra, atrás da mesa.

— Ainda não. — Ela observava o local, havia gostado bastante. — Mas eu adorei bastante! É aconchegante e... Incrível! — Sorriram.

— Fico feliz que você tenha gostado. — June sorria enquanto mexia no grande computador em sua frente. — O seu marido me procurou ontem, ele me ligou diversas vezes pra que eu pudesse atender você, hoje de manhã. — E foi isso mesmo que havia acontecido. — Faz muito tempo que você descobriu a gravidez?

— Descobri há dois dias atrás. — Sophia cerrou os dentes. — Mas eu não confio muito nesses testes indicativos, então, eu não faço a mínima ideia de quantas semanas eu estou.

— Você fez no ClearBlue?

— Sim.

— Geralmente ele é o que mais acerta. — June se levantou. — Vem comigo, vamos ver o seu bebê saudável! — Fez Sophia sorrir enquanto se levantava, seguindo a obstetra ao outro lado do consultório.

A familiar cadeira reclinada fez Sophia sentir um gelo na espinha quando se sentou. Levantou a blusa de algodão que estava usando, deixando sua barriga reta à mostra, possibilitando da obstetra fazer todos os procedimentos.

— Você tem uma filha, não é? — June puxou conversa.

— Tenho. O nome dela é Clara! — Sophia se derretia toda ao contar. — Tem quatro anos. — Viu June ligar o monitor e abrir a tampa do gel condutor.

— Quatro? Que legal! — Sorriu. — E você já estava planejando esse segundo bebê?

— Na verdade não. — Contou. — Eu mal sabia que podia estar grávida de novo, digamos que, foi um milagre.

— Você tinha problemas pra engravidar?

— Muitos! Para eu conseguir engravidar da Clara foi um tremendo sufoco. — Lembrou. — Ficamos um bom tempo fazendo tratamento, até conseguirmos.

— Meu Deus, Sophia! Eu realmente não sabia mas foi bom você ter me contado. — Levou o aparelho comprido até a barriga de Sophia, já com o gel espalhado.

O barulho do coração soou o consultório e a imagem do bebê apareceu no monitor. Sophia tinha os olhos marejados, sorrindo.

— Olha só quem está ali, firme e forte! — June verificou bem. — Batimentos ok, nada com que você se preocupe. — Encarou Sophia, que assentiu. — Só vou te passar as recomendações básicas de primeiras semanas, tudo bem?

— Tudo sim! — Sorriu leve.

Estava no meio do dia quando Sophia saiu do consultório, tinha algumas pastas em mãos e andou tranquilamente até a sua MBW.

Antes de dirigir, ligou para Micael.

— Oi. — Sorriu leve enquanto abria a porta do veículo.

— Oi amor. Você já saiu da consulta?

— Sim, eu acabei de sair. — Colocou os exames no banco do passageiro. — O que você está fazendo?

— Arrumando as nossas malas. — Soltou, leve. — E antes que você pergunte, eu estou adorando essa vida de doméstica que eu ando levando. — Sophia soltou um riso.

— Então você está gostando do fato de não ter que se preocupar com uma empresa? — Fechou a porta do carro.

— É. Basicamente isso!

— Entendi. — Apertou o volante com a mão esquerda. — Podíamos almoçar no shopping hoje, o que você acha?

— Eu fiz brócolis refogado com carne seca.

A barriga de Sophia roncou.

— Uau, brócolis com carne seca? — Se impressionou.

— Sim. E de sobremesa tem cheesecake de Oreo!

— Acho melhor você desfazer a compra da empresa com a Sheron, não vou dar conta de você pegando o meu lugar em casa. — Micael riu.

— Amor, que lugar? — Ele ainda ria. — Joana fazia tudo pra você, que fique bem claro.

— É, eu sei. Ela ainda não sabe de N coisas que está acontecendo na nossa vida. — Lembrou-se da companheira. — Enfim, estou indo pra casa. Você quer alguma coisa de algum lugar?

— Não preciso de nada, só preciso de você aqui porque eu estou morrendo de fome. — Sophia achou graça.

— E desde quando você nasceu grudado comigo?

— Desde sempre.

Ela sorriu, totalmente apaixonada. Ela se perguntava se dava para se apaixonar mais de três mil vezes no dia.

— Ok, eu estou indo. — Encarou os comércios em sua frente, diante do pára-brisa do carro.

— Cuidado. Eu te amo!

— Eu também te amo. — Desligou a ligação e soltou o iPhone no câmbio da BMW.

Semicerrou os olhos ao tentar ler a placa luminosa em rosa choque, vindo do outro lado da rua. Saiu do carro novamente, podendo ler melhor.

O letreiro escrito sex shop chamou sua atenção. A mesma trancou o veículo, atravessou a rua até chegar no estabelecimento, que tinha algumas regras na entrada, como menores de dezoito não frequentar aquele lugar.

Sophia entrou na loja bem animada, observou o ambiente exótico que estava prestes à desfrutar.

— Olá, boa tarde! — A atendente veio até ela, ambas sorriram.

— Boa tarde! — Ela ainda olhava as prateleiras em choque. Já tinha entrado em um sex shop antes, mas fazia muito tempo.

— Você está procurando alguma coisa específica? — A mulher deixou que Sophia passeasse entre os corredores, lendo suas identificações e os objetos que ela gostaria de ter.

— Hãm... — Ficou boquiaberta ao ver os tamanhos de próteses, com cores diferentes. — Você pode me dar uma cestinha? — Encarou a mulher com um sorriso de orelha à orelha. Estava em um parque de diversões.

Na versão adulta.