Capítulo 70

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— Sophia. — Micael chamou sua atenção. Tinha os cabelos úmidos de suor, assim como o resto do corpo.

Ambos estavam suados. Sophia parecia que havia tomado banho.

— Você precisa... Descansar. — As palavras foram terríveis de sair. Estava ótimo ter a esposa em cima de si, cavalgando. Mas Sophia realmente precisava descansar e se hidratar.

Se o hormônio lhe deixasse...

— Shiiiii. — Tampou a boca de Micael, não ligando pro que o marido estava dizendo. Se concentrou no orgasmo que estava por vir, soltando um gemido longo e alto.

Micael estava amando os gemidos altos de Sophia. Não escutaria aquilo quando chegasse em casa novamente, ainda mais com duas crianças.

Os olhos cerrados da esposa até tremeram enquanto ela tinha o quarto orgasmo da tarde. Estavam transando como se não houvesse o amanhã!

— Tudo bem por aí? — Segurou nos quadris de Sophia, logo após, alisando suas costas úmidas pelo o suor.

A esposa assentiu, abaixando o tronco e dando um beijo demorado em Micael.

— Vou considerar como um sim. — Sorriu, colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Sophia.

Ela não tinha forças para falar.

— O gato comeu a sua língua? — Brincou ao ver a esposa sair de cima de si, deitando ao seu lado, ainda cansada.

— Estou cansada. — Se aninhou ao marido. — Estamos suados, isso é nojento! — Fez uma careta.

— É sério que você acha isso nojento? Estávamos transando. — Soltou um riso, após beijar o topo da cabeça de Sophia. — Tem uma hidromassagem lá em baixo. — A encarou. — Você quer ir?

— Você vai me levar?

Micael gargalhou. Sarcástico.

— Você é muito folgada, meu Deus!

— Eu tô cansada, grávida, suada e eu acho que você deveria levar a sua querida esposa até a hidromassagem. — Sorriu. — No colo.

— Tem certeza que você não quer mais nada? — Debochou.

— Um pró-seco seria uma ótima opção também. — Lambeu os lábios, imaginando.

— Você não pode beber, esqueceu?

— É. — Entristeceu. — Mas você ainda pode me levar até a hidromassagem lá em baixo. — Encheu a mente de Micael, de novo.

Como era terrível!


— Você sabe onde estamos? — Sophia perguntou.

Estavam dentro da hidromassagem. No andar debaixo do barco. O céu aberto pôde lhe fazer ter várias perguntas ao marido.

— Eu não faço a mínima ideia. — Ele sabia sim, só estava brincando com a esposa.

— É sério, Micael! — Ficou com medo. — Eu adoraria ficar ilhada com você mas temos responsabilidades.

— Que tipo de responsabilidade? — Segurou o riso.

— Clara.

— Eu sei.

— Então aonde estamos?

— Estamos perto de uma praia particular. Lá tem um hotel, cinco estrelas. — Contou. — Se você quiser, podemos ficar por lá, ou então, mudamos o roteiro.

— Você pensou em tudo. — Sorriu boba. — Quem te ajudou?

— Ninguém? — Franziu o cenho. — Eu sou romântico, você acha que eu não sou romântico?

— Às vezes sim, às vezes não. — Brincou. — Mas você é muito romântico quando quer.

— Quando quer. — Micael revirou os olhos. — Eu sempre fui romântico.

— Às vezes...

— E quando eu te dei aquele buquê de rosas vermelhas em Veneza, hein? Aquilo foi extremamente romântico.

— Sim, foi. — Lembrou-se. — Tínhamos só dois anos de casados. Então foi bem romântico porquê você lembrou! — Estava brincando com a cara do marido. Adorava vê-lo irritado.

— Sophia Borges, não seja... — Lhe fuzilou com o olhar.

— O que? — Riu gostosamente. — Estou dizendo que você é muito romântico, meu amor. Eu também sou bastante romântica!

— Às vezes. — Piscou sarcástico à Sophia, que não gostou muito.

— Entendi. — Aproximou-se do marido, sentando em seu colo. — Isso é um jogo!

— Não estamos jogando. Ou você está jogando?

— Ninguém aqui está jogando. — O beijou. — Ainda. — Disse entre os beijos, sorrindo. — O que é isso aqui, hein? — Ficou surpresa ao sentir o marido endurecer entre suas pernas. — Depois a tarada sou eu. — Gargalhou.

— Desde quando você ficou terrível assim, hein?

— Eu sempre fui assim, pensei que você tinha se acostumado. — Terminou de rir e recebeu um beijo do marido, que também ria. — Para de ficar duro! — Bateu em seu ombro, Micael riu mais ainda.

— Eu não consigo controlar isso. Pare de me bater! — Beijou o seu pescoço.

— Seu tarado! — Ambos riram. — Eu amo você, sabia?

— Eu também me amo.

— Idiota. — O bateu, de novo.

— Da pra parar de me bater? Obrigado! — Roubou um beijo de Sophia, que sorriu.

Fazia tempo que não ficavam assim.

Aposta de Amor - 2ª Temporada Onde as histórias ganham vida. Descobre agora