Capítulo 75

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Os Borges passaram Clara no médico novamente, e o mesmo havia dito a mesma coisa que disseram para Beth: uma gripe forte. Ou então, Clara poderia estar tendo saudades de Sophia.

A pequena não quis comer, muito menos dar risada e ser espoleta como era. Estava mal! Sentia dores no corpo, espirrava de cinco em cinco minutos e o corpo ficava mais quente que o Saara.

Aquilo preocupou Sophia e Micael.

— Trinta e oito. — Sophia tinha um termômetro em mãos. Ficou apreensiva. — O que vamos fazer? — Encarou Micael com cara de choro.

— Vamos fazer o que o médico disse. Coloque ela na banheira e depois dê o analgésico! — Advertiu.

— E se não abaixar?

— Levamos ela ao hospital, Sophia. Não se preocupe! — Deixou a esposa mais tranquila.

Clara estava deitada no sofá. Os olhos lutavam para ficar abertos.

— A mamãe vai dar um banho em você, meu amor. — Teve a pequena em seus braços, levando até o banheiro social. — Prometo que vai passar!

— Mamãe, eu não quero mais ficar doente. — Soltou, um pouco cansada pela gripe.

— Você vai melhorar logo, eu prometo. — Sorriu à filha. — E assim que você melhorar nós vamos no melhor parque aquático do estado. Que tal? — Clara deu um sorriso leve, tossindo em seguida.

Micael ficou na sala, ajuntou o cobertor da pequena e deu uma arrumada na mesinha de centro, que agora, havia virado uma mini-farmácia com tantos remédios abertos e fora da embalagem.

A campainha do apartamento sondou pelo ambiente silencioso. Micael foi até à porta, atendendo.

— Boa tarde, Borges. — A morena com saltos sorriu à ele. Tinha uma bolsa importada entre os braços.

— Como você tem a audácia de vir até a minha casa?

— Tendo toda a audácia do mundo! — Sheron sorriu novamente. — Não vai me convidar para entrar?

— Não.

— Que deselegante, Borges! Não sabia que você era assim. — Foi irônica.

— Não quero você na minha casa! Não quero você na minha vida!

— Mas eu acho melhor a gente conversar algumas coisas. Em particular! — Disse séria.

Micael nunca havia visto Sheron ficar daquele jeito.

— Entra logo. — Abriu mais a porta, um pouco irritado. Sentiu o perfume de Sheron invadir as suas narinas, o que lhe irritou mais ainda.

— Nossa! Você não tem uma empregada ou coisa do tipo? — A morena visualizou o apartamento ao redor. Bastante observadora.

— E por que você quer saber? — Micael havia parado atrás dela.

— Sua casa parece que foi invadida por bandidos. Está toda bagunçada!

— Se você não sabe, minha filha está doente e eu acabei de chegar de viagem. — Cruzou os braços. — O apartamento ficou vazio.

— Que pena. — Debochou.

— Pois é. — Micael suspirou fundo. — Agora anda, me diz o que você tem pra dizer. Meu tempo é curto!

Sheron pausou enquanto olhava o tapete do apartamento. Umedeceu os lábios antes de falar.

— Preciso que Sophia esteja aqui também.

— Ela não vai querer falar com você, Sheron!

— Mas eu preciso. — Foi confiante. — Chame ela, por favor. Nós temos muito o que conversar. — Engoliu seco.

— Ela está cuidando de Clara. — Explicou. — Está ocupada, não pode conversar com a gente no momento.

— Certo. — Sheron retirou sua bolsa enquanto soltava uma arfada egocêntrica. — Acho melhor os dois abrirem os olhos!

— O que? — Micael franziu o cenho.

— A irmã da Sophia me procurou alguns meses atrás, disse que precisava de dinheiro e que precisava acabar com vocês dois. — Contou. — Ela me procurou porque sabe da vida inteira da Sophia, linha por linha. — Estava lembrando da face de Mia. — Ela e Steve estão se juntando pra um plano! Mia quer separar você da Sophia.

Micael ficou sem entender.

— Uau! Isso é realmente chocante. — Micael ficou desconfortável. — Mas por que eu acreditaria em você?

— Porque você precisa acreditar em mim! Eu demiti a Sophia para que você acreditasse em mim. — Estava sendo sincera. — Steve se juntou à ele, aquela menina não vale nada!

— Chega, Sheron! — Micael estava extremamente irritado. — Você demite a minha esposa e depois vem na minha casa falar um monte de absurdo?

— Desde quando você aprendeu a gostar do Steve? — Fez uma careta.

— Desde quando eu aprendi a ter confiança nas pessoas! Você não vai estragar a nossa vida da Sophia, entendeu?

— Micael!

— Sheron, por favor! Retire-se da minha casa ou terei que chamar algum segurança.

Micael andou até à porta novamente, abrindo.

— Não me faça contar até três.

— Tudo bem. — Sheron buscou a sua bolsa. — Você não quer acreditar em mim? Tudo bem! — Rendeu as mãos. — Mas não se lamente quando o seu casamento ir por água abaixo.

— Não vai. — Teve certeza do que estava falando. — Ele só vai se pessoas como você destruírem. — Sorriu maléfico. — Tenha uma boa tarde, Sheron.

A morena grunhiu, fechando os punhos. Saiu do apartamento de Micael, foi forçada à isso.

— Que mulher maluca! — Disse consigo, após se escorar, atrás da porta.

— Falando sozinho? — Sophia apareceu. Tinha apenas o sutiã no corpo e sua calça jeans. Os cabelos estavam úmidos.

— É... Eu estava falando sozinho. — Sorriu leve para a esposa. Não iria contar sobre Sheron. — O que aconteceu com a sua blusa? — Apontou para a mesma.

— Ah, o chuveiro estourou! Eu não sei o que aconteceu. — Contou ao marido. — Pode ver o que é? Eu vou preparar o xarope da Clara. — Andou até o balcão da cozinha.

— Claro, eu vou ver o que aconteceu. — Caminhou até o banheiro social.

Mas Sophia sondou a estranheza do marido. Ela o conhecia muito bem!

Aposta de Amor - 2ª Temporada Où les histoires vivent. Découvrez maintenant