— O meu pai saiu com essa mulher, sabe lá Deus aonde ele encontrou. — Micael andou de um lado para o outro. — E então as coisas foram ficando mais sérias, e o resto você já sabe.— Então está dizendo que o bebê que estava aqui...
— Sim, é o meu irmão, tecnicamente. — Sorriu amarelo. — Ela quer um teste de DNA mas já sei que o filho é do meu pai.
— Então esse filho não é seu?
— Óbvio que não, Sophia. Os últimos meses que eu passei foi com você, não teria o por quê de te trair assim, desse jeito. — Explicou.
Ela ficou mais tranquila, mas ainda sim, com uma pulga atrás da orelha.
— Você vai contar pra sua mãe?
— NÃO. É óbvio que não! — Passava mal só de pensar. — Minha mãe não pode saber, de jeito nenhum.
— Ela precisa saber, Micael. — Cruzou os braços. — Eu sei que vai doer mas... Ela necessita saber, antes que essa história fique pior.
— Esse é o meu medo. — Bufou.
— Eu acredito que essa mulher não irá ir na imprensa soltar uma bomba dessa, a não ser que ela esteja desesperada por dinheiro.
— Pior que ela está! — Encarou Sophia. — Está pedindo dinheiro pra todo mundo que aparece na frente dela.
— Meu Deus. — Sophia estava perplexa. — A gente precisa fazer alguma coisa, sei lá.
— Pode ficar tranquila que eu vou cuidar dessa história. — Sorriu leve. — Mas obrigado por você ter me escutado, enfim. — Suspirou.
— É bom escutarmos as versões. — Sorriu leve ao mesmo, que assentiu. — Annn... Você quer tomar café? Comer alguma coisa ou algo do tipo? — Esfregou as mãos como se estivesse com vergonha.
— Não precisa, obrigado. — Ele queria ter aceitado mas precisava trabalhar. — Vou indo!
Avisou Sophia que sorria como uma idiota, sem ter o que fazer. Micael despediu-se de Clara mas ele mesmo não queria ir embora, seu coração ficava pequeno só de pensar. Passou por Sophia, lhe observando sem jeito, antes de sair porta à fora.
Quatro anos depois.
— Devagar filha, você pode se machucar. — Micael avisou enquanto Clara corria em sua frente.
Parecia bem com a mãe. Os cabelos dourados com cachinhos nas pontas, o sorriso angelical. Os olhos castanhos como os do pai.
E era terrível!
— Papai, eu quero a minha batata. — A pequena protestou, tinha uma mão na maçaneta da Ferrari.
Estavam no estacionamento do Mc Donald's.
— Mais batata? A sua barriga vai doer! — Micael destravou o veículo.
— Não vai não, papai. — Entrou no banco de trás. O pai lhe prendeu na cadeirinha confortável. — Papai, você pode me dar a minha batata? — Clara balançou os pés, calçados por um All Star preto e branco.
— Já vou te dar, querida. Só um segundo. — Verificou o cinto de segurança.
Micael deixou a caixinha em sua mão, fechando a porta e passando para o lugar do motorista. Colocou a chave no contato, saiu do estacionamento e dirigiu até o apartamento de Sophia.
Estava trabalhando muito ultimamente, mas sem pensamentos para mulheres e um relacionamento estável. Sophia fazia o mesmo, de vez em nunca, Micael fazia algumas visitas e acabava acordando em sua cama.
YOU ARE READING
Aposta de Amor - 2ª Temporada
RomanceDepois do nascimento de Clara, as coisas entre Sophia e Micael irão ficar cada vez mais difícil... Uma visita inusitada pode mudar tudo e o destino de todos. Principalmente o destino dos dois!