CXVII

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Assim que chegaram nas terras portuguesas, eles não demoraram a desembarcarem e irem se dirigir à moradia da família de Cristiano. A ida deles não tinha sido divulgada para a imprensa, o que lhes permitiu transitarem com mais privacidade, mas claro, sem exageros em exporem sua imagem. O que não precisavam era de mais foco em cima dos dois.

- Tudo bem? -- o português questionou, novamente, já que tinha feito isso em boa parte da viagem -- Estás mais pálido do que de costume.

Franziu o cenho, observando-o engolir em seco e balançar a cabeça de leve.

- Sim. Sim, estou. É só... -- Léo mordiscou o lábio, tentando achar algo que o expressasse, mas desistiu. -- Bom, você sabe. Só não se preocupe com isso. Vai dar tudo certo.

A última parte, tinha dito isso mais para ele mesmo do que para o noivo. Sabia que não tinha o enganado, porém não o viu insistir mais e se pôs aliviado, porque não tinha como responder mais aquilo. Entretanto, ele não queria ver a dona Maria. Não queria ver, principalmente, Georgina. Daquela mulher, Lionel sabia, podia esperar qualquer coisa, o que o incomodava bastante. Ele observava que Cristiano não ia de tudo contra ela. Ainda tinha um carinho, podia negar, mas como não teria? Simplesmente o deu as coisas mais preciosas que um homem poderia ter: filhos. Ele não podia achar que Gina era uma típica vilã ou algo parecido. Não, ela amava as crianças, e não tinha feito nenhuma besteira, até onde sabiam, com eles. Acolheu Cris Júnior mesmo não sendo a mãe verdadeira, e sempre está presente para eles. Entretanto, mesmo sabendo dessas virtudes, não poderia esquecer o que foi feito. Lá no fundo, o argentino se preparava para revidar o que preciso fosse. Não duvidava do gajo, mas ele poderia relevar coisas, quando se trata dessa mulher. Messi sabia disso, e não gostava nenhum pouco.

- Pa-Paaaaaai! -- ouvem o chamado agudo, assim que saem do carro, vindo de um Mateo que saiu correndo de dentro da casa pela porta aberta, tropeçando em seus próprios pézinhos.

O português sorriu abertamente e se abaixou, abrindo os braços para pegá-lo. Contudo, o pequeno foi mais atrevido, então o garotinho abriu um sorriso fofo e foi rumo ao Léo que arregalou os olhos, sentindo o rosto queimar de vergonha. Mas não teve escolha se não se abaixar e o pegar.

- Como assim, Mateo? -- Cris o olhou, atônito, o filho preferir Léo.

- Papai! -- ele riu de seu próprio atrevimento e olhou para Messi, em seguida.

- Oi, amigo -- o argentino retribuiu o gesto e notou que o gajo tinha ficado pensativo enquanto aquilo. -- Acho que seu pai ficou enciumado. Não faça mais isso, certo?

O tentou educar e se aproximou do camisa 7 para entregá-lo.

- Ah, não. Acho que o Mateo não me amas mais.

Cris fez um beicinho e virou o rosto para o lado, fazendo o tatuado rir e o pequenininho tocar em seu braço para chamar a atenção. Antes que pudessem falar qualquer coisa, alguns passos de saltos são ouvidos e manejaram a face para frente, percebendo Gina aparecer segurando Eva em um braço e a mão de Alana no outro.

- Então é aí que o senhor correu. Fiz mal em deixar a porta aberta achando que estava perto de mim.

Ela diz rindo para Mateo que escondeu o rosto nas pernas do pai, quando foi posto ao chão. Cristiano fez um breve aceno para a mesma e pegou Eva de seus braços ao mesmo tempo em que abaixou para abraçar Alana, e olhou brevemente para Mateo, o analisando antes de abraçá-lo também.

- Meus bebês! Papai sentiu tanta falta -- disse abafado, enquanto dava um suspiro, os apertando mais ainda.

As vozes dos filhos falando com ele eram um momento muito meigo de se ouvir. Messi ficou encarando-os por um longo período, sem piscar, tendo a vista confortável, e seu pensamento um pouco além do que via, que nem notou de primeira até que Gina se pôs um pouco a sua frente.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora