CVI

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A noite se seguiu um pouco estranha e com os homens tentando se provarem melhores. No momento, Cristiano e Léo tinham parado debaixo de uma árvore, vendo algumas frutinhas nos galhos mais altos. Levando as mãos nas cinturas, eles se olharam, voltaram para cima e, novamente, se fitaram.

- Temos que subir aí -- o gajo admite.

- Ou podemos abandoná-los e voltar para nossa casa quentinha, salva e com comida -- Léo sugeriu em vão. -- Só que como não é possível... Eu subo.

- Quê?! -- franziu o cenho. -- De jeito nenhum, e se cair?

- Hum... -- secou as mãos com suor na roupa. -- Vou tentar não fazer isso.

Ele esticou os braços e Cris se aproximou, o ajudando a subir um pouco para pegar os galhos pertos, a fim de se segurar. Não tinha certeza de que aquilo era uma boa ideia, provavelmente não era. O argentino se segurou forte, olhando de um lado para o outro e passando uma das mãos nos braços, tirando as formigas que se aproveitavam da situação. Se esticando mais um pouco, ele tentou pegar as frutas.

- Tudo bem aí? -- Cristiano ficou olhando para cima, de baixo dele, para caso precisasse.

- Espera um pouco -- tenta ficar mais próximo. -- Não estou vendo nada.

- Ah, a luz está virada para o chão. Calma lá.

Ele se afastou de leve apenas para ajeitar a lanterna. O tempo foi suficiente para que Messi desse mais um esforço, pegar um ramo das frutas, e escorregar com a mão que o segurava, o fazendo cair em cima do português que já ficou no chão. Léo grunhiu de dor, colocando a mão na cervical, se virando para aliviar um pouco a pressão exercida, assim que saiu de cima dele. O gajo tinha batido a cabeça contra o chão, então tinha os braços em torno, sentindo a dor forte.

- Uh.. -- o argentino suspirou, esticando a coluna um pouco na marra. -- Não foi uma boa ideia -- descendo o olhar para o outro, o viu imóvel com os braços ao redor da cabeça. -- Cris? -- voltou a se abaixar, sem importar com a própria dor que sentia. -- Deixa eu ver! -- tentou tirar os braços de perto de sua cabeça.

- Não...

Ele manteve os olhos fechados, sentindo latejar. Messi, mesmo assim, retirou seus braços da frente e observou o avermelhado que se formava na testa.

- Mas você...

- Estou bem, Léo.

Cris sentou-se, passando a mão atrás da cabeça. Léo fez o mesmo, observando-o estremecer um pouco.

- Não está não! Vamos embora.

Messi se levantou com uma certa dificuldade e estendeu a mão, mas o português quis levantar sozinho. Se afastando, ele andou devagar com o pequeno indo logo atrás, em passos tão lentos quanto. Na opinião dos dois que ficaram perto da fogueira, ambos estavam demorando. Paulo pouco respondia as falas de Sérgio que já tinha irritado com isso, e desistido de conversar. Se ele não quisesse que assim seja. Para ser sincero, não o entendia, estavam bem, mas em outra agora conversava sozinho. Farto de esperar os outros dois, ele alimentou mais a fogueira para não correr o risco de apagar, e entrou na barraca. Abrindo a mochila, ele pegou a garrafa de rum que foi usada antes para tratar a ferida do garoto, e ficou bebendo, emquanto mexia no celular. Estava sem sinal, mas conseguia ler algumas mensagens mais antigas.

- Sérgio? -- ouviu aquela voz que já tinha se acostumado. -- Posso entrar? Acho que vamos ter que dividir a barraca.

O espanhol nada diz, apenas assente com a cabeça e volta a beber, mostrando não ligar para sua presença por ali. O pequeno adentrou se borrifando com spray para espantar os mosquitos próximos, por mais que tenham o dado uma folga, o tempo tinha mudado. Estava muito mais frio e podia ouvir os trovões indicando uma possível chuva vindo. Que péssimo dia tinham escolhido para implicarem uns com os outros. Respirando fundo, o pequeno ajeitou uma coberta e lençol, forrando o chão e se deitando. A perna estava bem melhor, só que não tinha destampado para ver.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora