XXXVIII

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Cristiano queria poder mandar gravar todos as declarações de Léo, porque eram as coisas mais belas que já ouviu. Aquele "eu o amo", ficou em sua cabeça mais tempo que pensava, já que o encarava com uma expressão bem boba após ouvir o que tinha para falar. A mãe também se mostrava surpresa, não pensava que era para tanto, então virou o rosto para o homem procurando algum traço de verdade, só que tudo que encontrou foi a expressão de desalento de alguém que estava disposto a fazer o que realmente disse. Não, por mais que a doesse, Maria tinha que aceitar essa situação. A felicidade do filho vinha em primeiro. E foi pensamento nisso que a mulher rompeu o silêncio, pegando na mão do maior, olhando para ela.

- Quando você cresceu tão rápido? -- ri sem humor. -- Quando eu perdi você ou deixei que ficasse tão sozinho? Eu sei que deve ter sofrido com o que disse dias atrás... Mas nenhuma mãe espera isso. Ou qualquer pessoa. Não é algo tão natural para eu poder aceitar isso, sabe? E você com a Georgina faziam tanto sentido que eu pensei que tinha se completo em todas as áreas da vida... -- ela dá alguns tapinhas carinhosos na mão dele. --... Mas só faltou alguém igualmente bom para que se completasse.

A mulher coloca a outra mão na de Messi.

- Você me parece ser um bom rapaz, só não esperem que eu vá aceitar assim de imediato. É errado. Porém, cuidado com o que vão fazer. Sejam mais discretos ou ainda descobrem isto e será pior. -- olha para um e para o outro. -- Não posso ficar contra, estaria torcendo para a infelicidade do meu filho. Faz tempo que não o vejo assim, então... tens minha permissão. Só cuidado, sim, filho? Não exagere.

A pergunta era direcionada a Messi que arregalou os olhos, surpreso por ter o chamado assim. Estava feliz, bem feliz, mesmo não deixando transparecer. Então ele concorda balançando a cabeça e sorrindo de leve.

- Agradeço muito pela confiança. -- diz sendo sincero.

- É... -- ela volta a olhar para frente e se levanta, soltando a mão de ambos. -- Vou ir com os meninos, acho que vocês precisam ficar sozinhos.

A mãe se levanta depois de abraçar o filho e caminha até o parquinho, indo ajudar um deles no escorregador. Léo a observava ir e vira o rosto para o moreno que não tardou de o puxar para si, depois de o abraçar pela cintura.

- Diz aquilo de novo? -- o ajeita bem perto dele, vendo-o corar por estarem daquela forma e pudessem serem vistos.

- Aquilo? -- ele o olha.

- O que disse para minha mãe.

Lionel sorri desviando o olhar para o chão. Custava muito com que conseguisse se expressar, estava tentando bastante, mas ainda era complicado.

- Eu... Eu disse que... amo você.

Seu rosto estava bem vermelho, o que fez Cris sorrir largamente além do jeito e do que ele falou. Aproximando os lábios de sua bochecha, o português lhe dá alguns beijos lentos antes que um pigarro lhe fizesse separar abruptamente.

- Vou levar as crianças para dentro. -- a mulher diz bem constrangida e chama os pequenos que correm em disparada para levarem a bagunça para dentro de casa. -- Ao menos se cuidem.

Ela anda em passos rápidos adentrando a casa, fazendo o argentino se encolher de vergonha.

- Sua mãe deve achar que somos muito safados...

- E não somos? -- sorri.

- Não... -- morde o lábio de leve, o olhando de canto.

Cris tinha percebido isso e se escorou para trás, cruzando os braços, fazendo seus músculos se contraírem ainda mais, marcados pela camisa.

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora