For him ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoy

XXVIII

Léo tinha mudado sua concepção sobre a mulher em pouco tempo de conversa. Ela era perfeita para Cris. Agora ele entende o porquê de terem ficado tanto tempo juntos. A moça cuida do filho dele e dos outros que são dos dois com carinho, é bem aceita pela mãe e parece a respeitar, tem classe, fala bem, gosta de academias, come de forma saudável, é inteligente e, acima de tudo, bonita. Cristiano tem bom gosto. Mas toda aquela perfeição é estranha. Ninguém é 100%. Se sentia com o pé atrás em relação a ela. Novamente, era perfeita. E não existe isso. Messi também poderia mostrar que é melhor que ela. E ele era. Só não sabia como. Afinal, por que se importava tanto? Esse nível de insegurança o amedrontava. Nunca tinha ficado tão preocupado a esee ponto sobre alguém, e olha que isso aconteceu sempre, agora estando pior.

- Vamos pedir algo para comer? -- Léo pergunta, os fazendo olhar para si, quando tinha chegado perto de um restaurante. Não podiam andar muito pelo machucado dele. -- Querem coisas mais saudáveis os três, pelo que sei -- olha para os adultos. -- Mix de frutas?

Questiona o namorado, colocando a mão perto da dele quando escolhem uma mesa. As duas nem se ligaram quanto a isso, e faziam os pedidos ao garçom.

- Sim, você me conhece. -- Ele responde, pegando sua mão de cima da mesa rapidamente, já entrelaçando em seus dedos antes de apoiar sobre sua coxa.

Léo sorri contido e olha para os pequenos, interrompendo a mulher.

- Que tal deixar o Cristianinho comer um hambúrguer? Ele pode? Não faz mal de vez em quando. -- arrisca a comentar e eles se olham.

- Eu quer...-- o filho é interrompido.

- Não, todos preferimos comer realmente sempre coisas boas. Só abrimos exceções para eventos. -- ela diz e pede um macarrão sem glúten e suco para eles. - Cris nunca o permite sair da dieta, não é?

A moça bem que o olha, mas os olhos castanhos escurecidos estavam fixos nos de cor avelã e em suas pretensões com aquilo.

- Nunca é uma palavra bem forte. Vou deixar só por hoje. -- ouve o filho comemorar. -- Agradeça ao Léo.

Antes mesmo que dissesse que não era necessário, Messi sente sua cintura ser envolvida lateralmente por braços finos e pequenos do filho de seu amado. Ele sorri por fim e retribui com um dos braços.

- Obrigado.

- Não há de quê. -- se ajeita na cadeira, deixando a perna mais esticada debaixo da mesa para tentar um melhor conforto, e Cristiano diz o resto do que iriam pedir. -- Sabe, às vezes é bom se libertar do passado. Nem sempre ele deve ficar presente. Então... É bom que comam igual crianças comuns de vez em quando.

E era óbvio que ele não dizia apenas para defender a criança, e sim como forma de mostrar a Cris que não se sentia confortável com a situação. O que pareceu surgir efeito, já que recebeu um carinho com a ponta dos dedos em sua palma.

- Eu só estou olhando o presente como futuro. -- sorri, falando baixinho mais para que somente ele ouvisse.

As comidas depois de um tempo chegam. Eles começam a comer, enquanto a mãe de Cris contava uma história de quando ele era pequeno. O português achava um tanto desnecessário lembrar, era uma história engraçada sobre ele, e pôde perceber Messi segurar a risada. Até que tinha sido uma tarde agradável. O que pensaram que talvez não tivesse sido uma boa ideia, acabou se tornando. Com as mãos cheia de sacola de Georgina, Cristiano olhava para a mesma a vendo comprar mais agora para os filhos. Messi observava a cena de braços cruzados, trazendo consigo apenas umas sacolinhas leves com algumas coisas que comprou para não ficar fazendo nada.

- Ela é sempre assim? -- pergunta.

- Sim, ainda mais com o meu cartão, mas não posso não dar conforto para a mãe dos meus filhos. -- revira os olhos e ri baixo antes de olhar para o mesmo. -- Você comprou as roupas que queria?

- Hum... -- pareceu pensar. -- Não exatamente.

A verdade é que tinha visto algumas peças de roupas bonitas, mas que faziam parte desse "Léo apagado" que tentava eliminar. Não iria dizer isso a ele, claro, mas não era fácil comprar essas coisas, ainda mais não gostando do que via.

- Quer ajuda? Eu entendo algumas coisas. Sei que não irá pedir ajuda mais para ninguém, então posso tentar.

- Agradeço, eu comprei só uma coisa antes de chegar em, mas... -- eles veem as duas mulheres se aproximando.

- Melhor irmos para casa, eles estão cansados.

Cristiano afirma com a cabeça e olha para os mesmos. Também estava, mas valia a pena ficar, já que se sentia bem ao lado de Léo. Este por sua vez torcia os lábios, olhando para o chão.

- Vão, eu vou embora agora. -- o argentino dá alguns passos para trás, disfarçando a expressão de dor ainda pelo tornozelo a cada vez que pisava, se segurando forte nas muletas.

- Por que não fica lá em casa? -- a mãe de Cris oferece. -- Você fica sozinho na sua, não é?! Bom que aí nos conhecemos melhor.

- Não, eu não quero incomodar. -- vê que o português iria abrir a boca para retrucar. -- Vá com sua família, vou ficar bem.

Ele diz contra a própria vontade e avisa os seguranças para levarem-o embora. Cristiano o observa ir, preocupado. Tinham tido um ótimo dia. Por que estava dessa forma? Seria pela mulher? Ou pelo machucado? Talvez os dois? Só sentia que tinha mais o prejudicado que conseguido ajudar. Não tendo muito o que fazer, ele e sua família voltaram para casa. O tempo depois disso pareceu ser mais demorado. Só queria ficar deitado e torcer para que o amanhã chegue e pudesse vê-lo novamente. Mas não iria. Ele deveria ficar de repouso. O camisa 7 era um gênio em entender de futebol e no que diz à respeito de ser tático, mas ele nunca conseguiu resolver esse enigma que se chama Lionel. No começo de tudo, ambos eram tão estranhos e passaram a ser "isso", mas viu que seu pequeno era quem mais mudou. Estava mais afetivo, mais aberto a falar, o jeito que quis se impor para eles no shopping, era algo que o antigo Messi dificilmente faria. Seu garoto estava mudando, não sabia se gostava disso tudo, não queria mudá-lo, só o ajudar da melhor forma. Ele o fazia bem, de certa forma. Mas não sabia se também o faz. Bom, foram algumas mudanças. Ainda o vê andar para trás vez ou outra. Não sabia até quando podia avançar, o que podia fazer, era tudo novo, difícil e incrível. Se perguntava vez ou outra o que Léo queria dizer com "estar à sua altura". Será que é por isso que está agindo dessa forma? Foram nesses pensamentos que o português acaba por fechar os olhos, deitado na imensidão de sua cama após colocar os filhos para dormir e se despedir das duas. Até que um barulho na janela o faz abrir de novo. Aquilo parecia uma pedrinha. E novamente o barulho. Franzindo o cenho, o homem se levanta meio de má vontade e caminha preguiçosamente até a sacada ao lado da janela. Seus olhos imediatamente se fixaram em uma camisa vinho que se destacava apesar da noite escura e um tanto fria. Não sabia o problema que esse garoto tinha em ficar em casa e se tratar, só estava surpreso e feliz por vê-lo antes do esperado.

- Tem lugar para mais um?

Um sorriso forma-se em seu belo rosto ao ouvir a voz do argentino.

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[N/A: Fomos iludidos, Cris voltou pro United, F no chat, não voltarei a sorrir mais. Lado bom é que próximo capítulo terá surpresa. Lado ruim é que a autora está triste agora.]