LXVI

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Assim que ele conclui sua fala, os dois se arrumam e saem do quarto. Cristiano tentava ligar para a mulher, mas apenas caía na caixa postal e ele olhou para frente, respirando fundo.

- Ela não atende.

Guardou o celular no bolso e eles desceram pelo elevador até o hall do hotel.

- Será que já sabe que nós estamos atrás dela? -- Léo o olha.

- Talvez. Ela sempre me atendia, quando a ligava. Não vejo outro motivo para não o fazer dessa vez, sem ser esse.

- Hum...

O pequeno voltou seu olhar ao chão. Não tinha tempo para ter ciúmes, esse ligar poderia ter sido em qualquer outro momento em que ainda estavam juntos. Somente isso. O português olhou para ele, enquanto o elevador terminava de descer.

- Não fiques assim. Faz muito tempo.

Pisca para o mesmo antes de ouvir as portas se abrirem, e sair primeiro. Eles não sabiam por onde ir, qualquer passo que fossem fazer, seriam vistos, já que tinha os fãs fora do hotel, esperando para vê-los. Somente os restou criar algum tipo de distração para que pudessem sair. Pegando o celular, o homem ligou para que Neymar descesse e os ajudasse em algo, sem falar em específico o quê. O brasileiro demorou um pouco para descer até onde estavam e olhou para eles, com o rosto de sono.

- O que vocês vão aprontar agora? -- bocejou e cruzou os braços. Ele podia ouvir os cânticos dos fãs lá fora. -- Eu estava quase dormindo.

- "Quase" -- Lionel repetiu dando um leve riso. -- Precisamos que você distraia eles para que nós saíamos.

- Ah, não -- se sentou no sofá de espera. -- De novo eu tenho que salvar vocês? Na hora de me ignorar são bons, não é?

- Não é isso, Ney... -- Lionel iria tentar se redimir, mas Cristiano o corta, não tinham tempo para isso.

- Resolvemos isto depois. Só faça o que lhe pedimos, sim?

O brasileiro revira os olhos e se levanta novamente, ajeitando o cabelo.

- Está bem, vou tentar algo.

Assim que diz, o homem vai até uns seguranças e cochicha algo para eles, pedindo escolta dos mesmos. Então foi para fora, ganhando uma explosão de gritos, conseguindo a atenção que tinham pedido. Quando viram, os dois trataram de entrar em um táxi próximo e partir. Não tinham a mínima ideia por onde poderiam ir. Estavam em outro lugar, totalmente novo, não sabiam nem por onde iriam começar. Cristiano novamente pegou o celular e tentou ligar mais umas vezes, ouvindo cair na caixa postal.

- Não adianta. -- ele respirou fundo e olhou para Léo. -- Não temos aonde procurá-la aqui. E tem o jogo amanhã, talvez seja melhor eu voltar para casa e procurar algo no quarto que ela ficou.

- De jeito nenhum! -- se incomodou. -- Não vou deixar você ir e ficar sozinho procurando ela.

O camisa 7 olhou para frente, vendo o taxista prestar atenção nos dois. Dificilmente não fariam isso.

-... Isto... -- Cris sussurrou ao menor. -- ... Não é hora para ciúmes.

- Não é ciúmes! -- rebateu falando um pouco mais alto, e ganhando um leve esbarrão para que abaixasse o volume. -- ... Não é ciúmes... -- se retratou. -- É só arriscado você fazer isso, não posso deixar.

- Não vejo aonde, mas tudo bem. Então o que vamos fazer?

Os dois se olharam indecisos. O táxi estava rodando pelas ruas sem destino, apenas torciam para que tivessem alguma ideia até que ouviram o celular do português tocar e o nome de Georgina aparecer. Novamente, ficaram indecisos. O que era aquilo? Uma brincadeira de mal gosto?

For him  ✪ | CR7 & Messi | BoyxBoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora