A Dimensão Das Estrelas / Vol. 1

Capítulo 59: Quero que seja minha rainha.

Não consegui dizer nada, porque ele estava se aproximando de mim, com aquela expressão determinada e firme. Seus ombros que antes estavam caídos ficaram rígidos e os olhos focaram em mim, como se não existisse mais nada no mundo.

—Você pretendia nunca mais olhar e falar comigo, quando foi embora? —Indagou, me deixando quase sem folego. Meus lábios tremeram quando ele apenas me encarando, esperando uma resposta sincera de mim, como havia pedido antes.

—Não, eu... eu iria falar com você em algum momento. Mas eu precisava de tempo, Harry. Precisava absorver tudo que estava acontecendo. —Afirmei, erguendo o queixo para encará-lo.

—E precisava fazer isso aqui? Precisava ter voltado pra Londres?

—É a minha dimensão. Minha casa. —Rebati, vendo ele fechar os olhos e pressionar os polegares nas têmporas.

—Pensei que tivesse mudado de ideia. Pensei que eu fosse motivo o suficiente para você desejar ficar lá, comigo, ao meu lado. —Afirmou, soltando uma respiração pesada quando abriu os olhos e me encarou de novo.

—Você é motivo suficiente! —Exclamei, com meu coração apertado dentro do peito. Os olhos dele estavam tão apagados. Tão distantes. —Por favor... por favor não pense isso. Você sabe o que eu sinto. Não pense que tudo era uma mentira pra mim, porque não era.

—Então porque voltou? —Indagou, parecendo quase sem folego. —Nós procuramos por você pelo reino todo. Eu fiquei esperando receber uma mensagem das bruxas dizendo que estavam com você. Fiquei tão malditamente preocupado que não dormi as últimas noites!

Respirei fundo, dando um passo para trás. Olhar pra ele estava deixando tudo mais difícil. Minha garganta estava se fechando e meus olhos ardiam enquanto eu piscava sem parar, tentando segurar as lágrimas.

—Eu não podia ficar em um lugar que eu não era bem vinda. Não podia ficar ouvindo sua mãe falar aquelas palavras como se eu não valesse nada. —Fiquei de costas pra ele, respirando lentamente enquanto mantinha meus olhos fechados. —Eu não sou o Noah, Harry. Não cresci na sua dimensão. Nem sabia que elas existiam até algumas semanas atrás. Também não sabia que era uma bruxa. Ele teve tempo para se acostumar com isso, com os olhares de reprovação e os julgamentos. Mas eu não. Tudo está caindo sobre a minha cabeça de uma vez só.

Me virei de volta pra ele, esfregando minhas bochechas, enquanto sentia algumas lagrimas escorrerem por ela sem minha autorização. Harry ainda estava parado no mesmo lugar, me encarando com a expressão mais afetada possível.

—Eu ia voltar em algum momento. Não sei quando. Mas eu sei que ia. Porque tem a Katie. Não posso viver em um mundo sem ela e... e tem você. —Afundei meu rosto entre as mãos, com o rosto quente. —Porque também não quero viver em um mundo sem você, Harry. Me desculpa se fiz você duvidar de que era suficiente pra mim. Se fiz você desacreditar do que vivemos juntos.

Olhei pra ele de novo, limpando minhas lágrimas enquanto suspirava. Harry parecia tenso. Parecia com medo do que eu ia falar em seguida. Mas era eu quem estava apavorada de verdade. Porque amar alguém te deixava a beira de um abismo de sentimentos assustadores.

—Eu amo você. De verdade, eu amo você. Queria ficar com você antes e quero ficar com você agora.  —Afirmei, vendo ele soltar uma respiração entrecortada, parecendo não acreditar no que ouvia. —Você só...

Ele estava na minha frente em segundos, suas mãos ao redor do meu rosto, me puxando de forma brusca antes de colar os lábios nos meus. Não foi o beijo mais romântico de todos. Era necessitado, cheio de saudades, bruto e quente. Eu estava submersa em várias sensações enquanto os lábios dele abriam os meus e sua língua se entrelaçava com a minha, enquanto suas mãos puxavam meu rosto mais e mais, como se fosse nos fundir.

—Case comigo, Sophia. —Pediu, com os lábios ainda contra os meus, enquanto me abraçava pela cintura, como se tivesse medo de eu fugir de novo. —Case comigo, linda.

—Harry... —As lágrimas que eu estava segurando explodiram nos meus olhos, fazendo Harry me beijar de novo, me fazendo se desfazer em pedaços nos seus braços.

—Eu amo você. Quero que seja minha esposa. Quero que seja minha rainha. —Proferiu, segurando meu rosto entre as mãos de novo, me encarando com os olhos iluminados como duas estrelas, esperançoso. —Meu amor, case comigo. Volte pra casa comigo e me ajude a evitar essa guerra. Case comigo, Sophia.

Balancei a cabeça afirmativamente, com meus olhos ficando embaçados pelas lágrimas.

—Sim! —Sussurrei, sentindo ele beijar cada lágrima que escorria pelas minhas bochechas. —Sim, sim, sim, sim...

—Ah, Sophia. —Ele puxou meu rosto, beijando meus lábios com força, antes de soltar uma respiração pesada. —Fiquei tão preocupado. Senti tanto a sua falta, linda. —Ele me abraçou, afundando o rosto nos meus cabelos, enquanto eu o abraçava de volta. —Não importa o que minha mãe ou qualquer um deles diga. Você será minha rainha, entendeu? Vou cuidar de você, Sophia. Prometo fazê-la feliz.

Nós dois estávamos nos beijando de novo. E de novo. E de novo. E quantas vezes era possível, enquanto nossas respirações ficavam pesadas e os beijos cada vez mais urgentes. Meu corpo estremeceu quando ele deslizou as mãos pelo meu corpo, conhecendo cada curva. Sem o vestido era muito mais fácil para ele erguer minhas pernas ao redor do seu quadril. E ele fez isso em instantes, enquanto seus lábios ainda devoravam os meus.

Soltei um gemido ao sentir meu corpo pressionado contra o colchão, enquanto o dele estava sobre mim, entre minhas pernas, me mantendo presa a ele enquanto ainda me beijava.

—Eu te amo. —Afirmou, afastando os lábios para beijar minha bochecha, meu pescoço, minha clavícula e toda pele exposta, antes da minha camisa atrapalhar seus planos.

Não consegui dizer nada. Estava submersa demais nas sensações do corpo dele sobre mim.  Nos lábios quentes e macios que provavam minha pele e me deixavam fervendo por dentro. Nas mãos rápidas que abriam os botões da minha camisa. Deixei que ele a tirasse. Lançando-a no chão do quarto e me deixando apenas com um sutiã preto de renda que pouco cobria meus seios pequenos.

Mas ele não parecia preocupado com isso. Estava beijando o vale dos meus seios. Estava beijando minha barriga e então abrindo o botão da minha calça e descendo o zíper. Ergui o quadril quando ele puxou a calça e minha calcinha ao mesmo tempo, deslizando-as pelas minhas pernas até jogar no chão. Então ele ergueu os olhos, absorvendo cada parte do meu corpo com os olhos em chamas, brilhando de desejo e expectativa.

Senti cada parte de mim corar com a intensidade que ele me olhava. Como parecia me desejar. Mas não hesitei em tirar aquela pequena faixa de renda e jogar no chão, ficando completamente nua na cama. Harry soltou uma respiração pesada, fechando os olhos por alguns segundos como se quisesse se controlar. Então começou a abrir os botões da própria camisa, enquanto eu observava tudo, com o coração martelando no peito e o corpo tremendo de ansiedade e desejo.

—Vou te explicar exatamente o que vamos fazer. —Ele abriu os olhos e me encarou, me fazendo ficar ainda mais arrepiada e com as bochechas pegando fogo. Estava olhando pra mim. Estava me devorando com os olhos. —Primeiro vou fazer amor com você. Muito demoradamente, Sophia, porque estou esperando por isso a muito tempo.

Ah. Meu. Deus!

Eu suspirei, completamente ansiosa.

—Depois vou levá-la de volta pra casa. Pra nossa casa. Pro nosso reino. E vou me casar com você. —Ele tirou a camisa e jogou no chão, abrindo o botão da calça, antes de erguer as sobrancelhas. —Então vou fazer amor com você de novo.

Continua...