A Dimensão Das Estrelas / Vol. 1

Prólogo.

Nota da autora: Este livro apresenta uma versão totalmente diferente da primeira, com muito mais fantasia junto com o romance. Plots diferentes e acontecimentos novos. Quem não curtir a nova versão, tudo bem. Mas não quero reclamação nos comentários de que o livro está super diferente, porque já estou avisando desde já que a história foi alterada. Grata pela atenção!

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Estávamos dando um espetáculo e tanto para as estrelas está noite. A medida que eu corria mais rápido, a lama saltava nas minhas pernas. A chuva estava caindo com força total na minha cabeça e minha respiração estava muito pesada. A floresta a minha volta estava escura e exibia um ar estranho, sombrio.

—Vossa alteza, não pode correr para sempre. —A voz feminina cantarolou, se aproximando de onde eu estava. Noah agarrou meu braço, me forçando a correr mais rápido. Minhas pernas doeram em reprovação, enquanto minha garganta ardia pelo esforço da respiração forte.

—Mestiço, se nos entregar ele, deixamos você sair ileso. —Outra voz, agora masculina ecoou pela floresta escura. Noah bufou ao meu lado, como se alguém tivesse contado a pior piada do mundo.

—Como se bruxas tivessem muita palavra. —Resmungou, escorregando na lama e quase me levando para o chão junto com ele. —Maldição!

Continuamos correndo, com a chuva ficando cada vez mais forte. As bruxas estavam cada vez mais perto e tivemos certeza disso quando uma magia verde atingiu as arvores ao nosso lado. Abaixei a cabeça, tentando desviar das arvores e dos feitiços lançados em nossa direção.

—Precisa sair daqui! —Noah exclamou, escorregando e indo para o chão. Parei de correr, me voltando para ele e segurando seus braços, para puxa-lo para cima. —Vai, elas não vão fazer nada comigo. Ainda sou um deles.

—Não vou deixar você. —Rebati, puxando ele pra cima e voltando a correr. —Vamos sair daqui juntos.

—Seu imbecil, vai ser pego se não sair daqui. —Ele resmungou, me fazendo rir. Os feitiços se chocaram nas arvores ao nosso redor, cada vez mais próximas de nos acertar. Noah olhou para trás e eu fiz o mesmo, encontrando as bruxas correndo, a metros de nos alcançar.

—Merda! —Agarrei o braço de Noah e tentei correr mais ainda. Uma arvore foi atingida próxima a nós, com uma magia tão grande que ela rachou e desabou a centímetros de nos acertar.

—Você precisa ir! —Gritou, deslizando sobre a lama e quase caindo no chão de novo. —Elas estão atrás de você, não de mim.

—Cale a boca. —Resmunguei, desejando bater em Noah. —Viemos até aqui juntos. Vamos sair daqui juntos.

Noah ficou em silencio, mas eu podia ouvir o som da sua respiração pesada, a medida que corríamos pela floresta. Meu pé fisgou quando pisei em falso e uma onda de dor varreu minha coluna.

—Eu não queria fazer isso. —Noah afirmou, e eu olhei pra ele, confuso. —Vou te buscar quando essa merda terminar.

—O que? —Exclamei. Noah agarrou minha mão, me lançando um olhar culpado, e pressionou uma pedra contra ela. —ESPERA!

Meu corpo foi sugado para o vazio. Tudo ficou em silencio e até mesmo a chuva parou. Meu corpo ficou leve, como se eu estivesse flutuando no ar. Então eu toquei o chão de novo, firme e sem lama, diferente do chão da floresta. Abri meus olhos e olhei ao redor, vendo os prédios altos, o barulho irritante dos carros e as pessoas apressadas que passavam a minha volta.

Muito, muito longe do meu mundo.

Continua...