A Dimensão Das Estrelas / Vol. 1

Capítulo 37: Príncipe James.

Talvez eu fosse me arrepender daquilo depois que voltássemos pro castelo. Mas não naquele momento. Não enquanto ele me puxava em direção a floresta, logo após os campos de tulipas e me prensava contra uma árvore, voltando a me beijar, ao mesmo tempo que sorria.

Abracei os ombros dele, sentindo a firmeza da árvore atrás de mim, enquanto ele me apertava contra ela, com nossos lábios se moldando um ao outro, provando cada parte de nós dois. Deslizei minhas mãos pelos cabelos loiros, sentindo os fios macios, como eu sempre imaginei que fossem.

—Harry, talvez nos devêssemos voltar. —Falei, puxando o ar com força quando ele se afastou. Mas ele não pareceu ouvir o que eu disse, já que segurou minhas pernas e as ergueu, até que estivessem ao redor do seu quadril, deixando cada parte dos nossos corpos colados um no outro.

—Tem certeza, linda? Posso ficar a noite toda aqui. —Ele me beijou de novo, antes que eu conseguisse responder aquilo. Mas eu não tinha certeza. Na verdade, poderia ficar a noite toda ali com ele, sentindo suas mãos em mim, seus lábios e seu gosto.

Soltei um gemido quando ele se esfregou contra mim, criando um atrito entre nós, que fez meu corpo estremecer por completo. Arqueei a cabeça pra trás, deixando que ele beijasse a linha da minha mandíbula, indo para o meu pescoço, me deixando completamente arrepiada.

—Você é tão deliciosa. —Gemeu, apertando o quadril contra o meu.

—Tenho certeza que não é adequado um príncipe dizer essas coisas. —Afirmei, com a respiração ofegante, sentindo as mãos dele infiltrarem embaixo da minha camiseta, subindo para a pele das minhas costas de forma lenta. Harry soltou uma risada, trazendo os lábios de volta aos meus, mordendo meu lábio com certa força.

—Temos um sério problema, linda. —As mãos dele deslizaram para frente, tocando as laterais dos meus seios embaixo do sutiã. —Porque tudo que quero fazer com você é inadequado.

Nossos lábios se encontraram de novo, enquanto meu interior vibrava, cada vez mais aceso a cada toque sutil e lento dele, provocando cada parte de mim, assim como seus beijos necessitados.

Respirei fundo quando ele se afastou, escorando a testa na minha, respiração de forma irregular como eu. Acariciei sua nunca, enquanto ele me segurava com cuidado, agora sem me prender com força contra a árvore.

—Não quero que peguem a gente aqui, desse jeito. —Murmurou, deslizando as mãos e apertando minha coxa. E mesmo com a calça, ainda sentia meu corpo responder aquilo. —Quando for acontecer, espero que esteja nua. Porque estou imaginando muito isso, a um bom tempo já.

Meu rosto esquentou ao ouvir aquilo, ao mesmo tempo que meu coração batia mais rápido. Harry sorriu ao perceber o efeito que causou em mim e deixou um beijo calmo nos meus lábios, antes de deslizar minhas pernas e me colocar no chão.

—Tudo bem? —Questionou, ajeitando meus cabelos bagunçados. Balancei a cabeça afirmativamente, sem conseguir desviar os olhos dele. Nossos lábios se encontraram uma última vez, em um selinho demorado, antes de ele se afastar e segurar minha mão, me guiando de volta.

[...]

Peguei a pena e comecei a escrever, feliz ao perceber o quando estava inspirada naquele momento. Ainda estava um pouco constrangida com os amassos que havia acabado de dar em Harry, mas não me arrependia nem um pouco. Mas também, não estava nem um pouco ansiosa para voltar para o reino. Não com a rainha me lançando aqueles olhares terríveis.

Olhei para a porta quando ouvi uma batida. Antes que eu falasse ou me levantasse a porta se abriu e o príncipe James apareceu, com uma expressão neutra e um ar um pouco cansado. Pressionei meus lábios, sentindo meu rosto esquentar ao lembrar de como havia falado com ele.

—A senhorita tem alguns minutos? —Indagou, deixando claro que queria conversar.

Balancei a cabeça afirmativamente e fechei o caderno, enquanto ele entrava no quarto e fechava a porta atrás de si. Continuei sentada na frente da escrivaninha, vendo ele caminhar até a janela do outro lado do cômodo.

—Gostaria de saber mais sobre ela, se possível. Você disse que cresceu com ela no orfanato. —Comentou, trazendo os olhos até mim.

—Eu cheguei ao orfanato com 10 anos. Katie já estava lá e a gente acabou se aproximando e não se afastou mais. Ela cuidou de mim e eu dela. —Afirmei, observando ele prestar muita atenção. —O que eu disse mais cedo, sobre ela estar bem antes de saber sobre vocês... eu fui um pouco rude. Ela estava bem sim. Acho que vocês vão gostar de saber que apesar de crescer em um orfanato, ela teve uma vida boa e é feliz. Mas ela sempre quis saber quem eram seus pais. Ela sempre ficou com dúvidas sobre... sobre ter sido abandonada ou...

—Como ela reagiu quando soube? —Ele juntou as sobrancelhas. —Foi o príncipe Harry que contou a ela?

—Foi eu. Eu vi o desenho da marca de nascença e me lembrei que Katie tinha uma igual. —Dei de ombros. —Liguei os pontos.

—Pelo visto vou ter que fazer uma varredura pelo castelo, não é? —Afirmou, com um ar infeliz.

—Não é como se você não tivesse informantes em Del Mar ou nos outros reinos. —Comentei, vendo ele pressionar os lábios, e me encarar com curiosidade. —O que foi?

—Quero conhecê-la. —Afirmou, me fazendo engolir em seco. —Posso ir pra Del Mar com vocês e...

—Não. —O parei, vendo ele cerrar os olhos, ainda mais infeliz. —Vamos com calma, está bem? Katie disse que não quer conhecer todos vocês às pressas e acabar deixando alguém machucado na história. Vocês ou ela. Então... você pode encontrá-la e conhecê-la no casamento do príncipe de Alfreton. Imagino que você irá. —Ele confirmou com a cabeça. —Katie estará lá. Iremos com a Maisie. Então, se o encontro entre vocês dois der certo, ela pode ir até Velará ou seus pais... eu não sei, irem até Del Mar.

—Tudo bem. —Ele se remexeu, um pouco desconfortável, alisando a camisa que cobria seu peito largo, com um tom preto. —Vamos fazer do jeito dela então.

Continua...