Capítulo 11: Srta. Johnson.

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—Foi um prazer te conhecer, fulana de tal. —Provocou, e quando olhei para trás para retrucar, ele já havia ido embora. Balancei a cabeça negativamente e parei em frente a porta da sala de Sophia, dando algumas batidas antes e abri-la. Parei, vendo que a sala estava vazia e silenciosa.

—Qual é, meu bem, sabe que eu sou paranoica. —Resmunguei, fechando a porta e indo olhar a agenda dela, tentando saber se ela tinha algum compromisso. Era quase meio dia, o que significava que ela estaria saindo pra almoçar comigo naquele horário, então já deveria estar de volta. Mas a última mensagem dela pra mim havia sido antes de entrar no trabalho, o que já havia horas.

Olhei a agenda dela, vendo que ela tinha uma reunião e depois nada mais. Mordi o lábio inferior, me sentindo frustrada e passei as mãos pelos cabelos. Meu celular começou a tocar dentro da bolsa, me fazendo puxar o mesmo rapidamente. Quase gemi de decepção ao ver o nome de Andrei na tela e não o de Sophia.

Katie —Oi, Andrei.

Andrei — Katie? Que bom que atendeu. Sabe alguma coisa sobre a Sophia? Ela passou mal ou alguma coisa? Ela não apareceu mais e eu estou um pouco preocupado.

Meu sangue gelou e eu senti que iria desmaiar naquele segundo. Não era a coisa que eu estava esperando ouvir.

Katie — Como assim, Andrei? Eu tô aqui na sala dela procurando por ela! Pelo amor de Deus, fala que está brincando comigo.

[...]

As portas do elevador se abriram e eu e Andrei saímos para o estacionamento, vendo que não havia ninguém ali. Caminhamos em direção ao carro dele, enquanto eu olhava ao redor, com meu estômago embrulhado pelo nervosismo.

—Que... —Andrei parou, olhando para o próprio carro com uma careta. Ele caminhou até a porta do motorista e puxou alguma coisa, erguendo a chave pra me mostrar. —Ela deixou a chave na porta.

Olhei ao redor, sentindo meu peito se apertar e minha garganta arder. Isso só podia ser brincadeira.

—Sophia? —Chamei, olhando entre os carros, tentando ter certeza que ela não estava por ali, caída em algum canto. Meu coração começou a acelerar, enquanto Andrei fazia o mesmo. —Sophia?

—Hm... Katie? —Olhei para onde Andrei estava, parado entre dois carros, com uma expressão confusa no rosto. Ele apontou para a lataria de um deles. —Que merda é essa?

Andei até ele, olhando na direção que ele apontava. Meus olhos se arregalaram quando eu vi parte da lataria amaçada e onde deveria ser a traseira do carro, a lataria tinha se tornado pedra.

—Você está vendo o mesmo que eu? —Andrei indagou, parecendo confuso. —Se você não estiver, vou jurar que estou de alguma forma chapado. Porque eu to vendo parte da lataria do carro como... sei la, pedra? Que merda é essa?

Olhei ao redor, voltando a andar, vendo que haviam outros carros da mesma forma. Andrei me seguiu, com a mesma expressão de choque que eu.

—Acha que a Sophia virou pedra? —Andrei indagou, me fazendo parar de andar e me virar para ele.

—Andrei! —Exclamei, exasperada. —Isso não é brincadeira. Precisamos encontrá-la. Isso... isso... —Apontei para os carros estranhos. —Eu nem sei o que é isso!

—Perdão, estou nervoso. —Ele passou as mãos pelos cabelos, com os olhos um pouco arregalados.

Olhei para o elevador quando ele se abriu e Dominic saiu de lá com uma expressão nervosa, ao lado daquele mesmo rapaz irritante que eu havia encontrado no elevador.

—Ei! —Chamei, puxando Andrei em direção a eles. —Senhor Dominic?

—Ah, Srta Johnson. —Ele pareceu ficar ainda mais nervoso quando me viu. —Andrei.

—Você viu a Sophia? Ela sumiu. —Afirmei, respirando de forma afobada. Ele e o rapaz de olhos verdes trocaram olhares.

—E aliás, aconteceu alguma coisa muito estranha nesse estacionamento. —Andrei começou a falar. —Os carros estão com a lataria estranha. Parece que elas viraram pedra. Ou sei lá o que seja aquilo.

—Isso não tem importância agora, Andrei! —Exclamei, sentindo que estava prestes a ter um ataque de nervosismo se não encontrasse Sophia logo.

—Espera. —O rapaz de olhos verdes olhou pra Andrei com as sobrancelhas erguidas. —Os carros viraram pedra?

—Não o carro todo. Mas umas partes sim. —Andrei murmurou, encolhendo os ombros. Dominic se virou para o rapaz e eles pareciam estar se comunicando mentalmente, já que não paravam de se encarar. Revirei os olhos e bufei.

—Será que mais ninguém aqui tá preocupado com o fato da Sophia ter sumido? —Indaguei, com minha voz saindo quase como um rosnado.

—Srta. Johnson, se acalme. —Dominic pediu, e eu revirei os olhos de novo, quase erguendo a mão pra mostrar o dedo pra ele.

—Não. De jeito nenhum eu vou ficar calma. A Sophia sumiu, está bem? Ela sumiu. Ela não responde nossas mensagens e nem atende ligações e, Andrei não a viu a horas. E eu não posso ficar aqui conversando sobre latarias de carros enquanto não sei o que está acontecendo com ela nesse exato momento! Eu preciso encontrá-la e agora. Ela é a única pessoa que eu tenho na minha vida! Então, não! Não me pede pra ficar calma, porque eu só vou ficar quando encontrar com ela! —Soltei uma lufada de ar, com meus olhos ardendo pela vontade de chorar e de raiva pela calma que ele estava agindo.

—Hm... srta Johnson? —Olhei para o rapaz de olhos verdes, cruzando os braços na frente do corpo, pronta para dar um soco na cara perfeita dele se ele ousasse me pedir calma também. —Acho que sei o que aconteceu com sua amiga.

—A é? E o que foi que aconteceu com ela? —Indaguei, vendo ele olhar para Dominic de novo, como se pedisse autorização de alguma coisa. —Então?

—Você não vai acreditar. —Afirmou, me fazendo arquear as sobrancelhas.


Continua...

A Dimensão Das Estrelas / Vol. 1Where stories live. Discover now