A GUERREIRA INDOMÁVEL

Bởi AGClark2

16.2K 3K 765

"O que acontece quando uma jovem guerreira se vê entre o amor e sua convicção?" Século IX d.C., a península i... Xem Thêm

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo sem título 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo sem título 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo sem título 52
Capítulo 53
Epílogo
Livro 2 - Prólogo
Livro 2 - Capítulo 1
Livro 2 - Capítulo II
Livro 2 - Capítulo III
Livro 2 - Capítulo IV
Livro 2 - Capítulo V
Livro 2 - Capítulo VI
Livro 2 - Capítulo VII
Livro 2 - Capítulo VIII
Livro 2 - Capítulo IX
Livro II, capítulo X
Livro II, capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
EPÍLOGO

Capítulo XVIII

65 19 2
Bởi AGClark2

Frísia – Primavera, Março de 835 d.C.

Após vencerem os francos e frísios a cidade foi saqueada. Enquanto guerreiros rudes e escudeiras revistaram tudo e espoliavam os mortos, Brunilde procurou sua tia.

Encontrou-a estendida na relva com uma lança enfiada na barriga.

— Tia! – chamou-a apertando seu ombro gentilmente.

Varda abriu os olhos lentamente, um filete de sangue escorria por seus lábios.

— Brunilde, minha sobrinha...

— Tia, não fale, por favor – pediu apalpando o ferimento levemente, a lança se cravara fundo.

— Ao menos rachei a cabeça do homem que me acertou – disse e a jovem observou um soldado franco com a cabeça rachada, seu elmo partido em dois, a machadinha dela cravada fundo.

— Tia... – disse sentindo as lágrimas escorrerem por sua face. Varda era a única parente viva, além do pai, e a amava muito, fora ela quem a treinara e a transformara em uma escudeira de renome.

— Me dê minha machadinha, quando as Valquírias vierem me buscar tenho que estar segurando seu cabo.

Brunilde se levantou e retirou a arma que saiu com dificuldade da cabeça do franco morto, colocando-a no peito de sua tia que a segurou com força.

— Não chore, criança, esse é nosso estilo de vida – murmurou com um esgar de dor ao perceber as lágrimas no rosto da jovem.

Varda demorou duas horas para morrer e durante todo esse tempo a jovem ficou ao seu lado confortando-a e relembrando os momentos que compartilharam juntas.

Brunilde juntamente com sua tripulação e os guerreiros que seguiam Varda a levaram para longe do campo de batalha, descendo o rio. Colocaram-na então em um bote que pegaram na cidade, juntamente com seu escudo e armas, coberta de galhos e relva seca, em seguida a jovem fez uma elegia em memória de sua tia:

Erga-se agora sobre a quilha

A brisa do oceano em seu rosto é fria

Que nesse momento não lhe falte coragem

Aqui termina sua vida selvagem

Para aqueles que sorriem para a morte

Os Deuses reservam a melhor sorte

Com homens na vida você teve prazer

Um dia todos devem morrer

Colocou, então, um archote aceso e ficou observando os galhos começarem a arder. Duas escudeiras empurraram o bote para as águas do rio e a correnteza o levou enquanto as chamas o consumiam e o sol subia no horizonte.

Seus guerreiros voltaram para a cidade enquanto ela ficou sentada na beirada do rio, pensando na vida e morte de sua tia. Dormiu deitada na relva e acordou horas depois.

Voltou perto do entardecer, os vikings ainda comemoravam a vitória, uma escudeira de sua tripulação correu até ela, era uma jovem de vinte e cinco anos que a acompanhara em sua aventura em Al-Andalus.

— Brunilde, você precisa correr...

— O que foi Helga? – perguntou preocupada com a expressão de sua companheira.

— Ibrahim, ele está aqui...

— O quê? Como? Onde? – perguntou apressando o passo em direção a praça do mercado onde todos se aglomeravam.

— Ele trouxe uma proposta de paz, mas Haestin o prendeu, diz ele que irá fazer um blót10 aos deuses e oferecerá o árabe e outros prisioneiros para agradecer pela vitória.

— Maldito – rosnou e passou a correr.

Ao chegar à praça do mercado, observou que a maioria dos guerreiros estavam perambulando pelo local, somente uma pequena força ficou vigiando a torre, que se localizava próxima ao rio, ainda no interior da cidade.

Havia oito machos, de oito espécies de animais diferentes, presos por cordas, assim como nove homens que estavam com as mãos e pernas amarradas dentro de um quintal de uma casa próxima, perfazendo o total de nove vezes nove, um número místico.

Brunilde desviou do local de cativeiro, precisava primeiro falar com Bjorn e Hastein. Os encontrou em uma taberna da cidade, bebendo de barris de hidromel que haviam trazido da Escandinávia.

— Bjorn, preciso falar com você – anunciou ao entrar.

— Junte-se a nós, Brunilde Rompe Tormentas, bebamos em honra aos guerreiros que tombaram e à sua tia Varda – convidou Bjorn.

— Talvez, mais tarde, preciso falar com você – insistiu.

— Está bem – concordou e se levantou ainda com a caneca na mão.

Caminharam para fora da taberna, a noite se aproximava e várias fogueiras foram acesas.

— Bjorn, preciso que você liberte um dos cativos.

— E por que faria isso? Eles foram separados para serem oferecido aos deuses – respondeu indiferente.

— Um deles eu conheço, ele me salvou quando fiquei para trás em Al-Andalus – explicou omitindo quem era Ibrahim.

— Sinto muito Brunilde, eu gostaria de ajudar, mas quem decidiu oferecer o blót foi Haestin, essa é sua primeira excursão de saque e ele jurou, antes de partir, que se tivesse sucesso faria um sacrifício aos deuses – explicou dando de ombros.

Nesse momento Haestin saiu da taberna e se aproximou com andar cambaleante.

— Vocês dois! Deveríamos estar comemorando nossa vitória – gritou e abraçou Bjorn pelos ombros.

— Brunilde quer que você liberte um dos prisioneiros – explicou Bjorn.

— Por quê? São inimigos derrotados, um deles é um covarde que em vez de lutar veio oferecer um resgate para que saíssemos dessa terra que conquistamos com o sangue de nossos irmãos e irmãs – perguntou exaltado pela bebida — Muito me admire Brunilde, sua tia Varda que está agora nos salões de Odin no Valhala tombou por esta terra, você deveria ser uma das primeiras a exigir sacrifícios em honra a ela.

— Eu conheço o homem que veio oferecer o resgate, ele não é um guerreiro, mas é um homem bom e honrado que me ajudou em Al-Andalus – explicou novamente.

— A resposta continua sendo não, o sacerdote já iniciou o rito de purificação das vítimas, assim que a noite chegar à sua hora mais escura eles serão sacrificados – disse encerrando a questão e caminhando de volta.

— Não vou permitir – disse começando a se desesperar e fez menção de ir atrás de Haestin segurando com força o cabo do machado. Se fosse necessário o desafiaria para uma luta, não podia permitir que Ibrahim fosse sacrificado.

— Espere Brunilde, deixe-me falar com ele – pediu Bjorn.

— Está bem, daqui a pouco volto – decidiu e se afastou em busca de suas tripulações.

O que pretendia, caso o filho de Ragnar não conseguisse convencer Haestin, era regatar Ibrahim, mas se fizesse isso incorreria em um grave crime, pois estaria atentando contra os deuses, a punição nesses casos poderia ser a morte, por isso resolveu conversar apenas com as nove escudeiras que a acompanharam em Mérida e os árabes, não queria envolver os demais, pois a lealdade deles ainda não fora testada.

Levou-os para seu drakkar e explicou o que pretendia fazer.

— Vocês conhecem Ibrahim, sabem que ele é um homem honrado e leal, não permitirei que seja sacrificado, se Haestin não o libertar eu pretendo fazê-lo – afirmou.

— Se fizermos isso seremos consideradas proscritas e não poderemos retornar – disse uma das escudeiras.

— Por isso só aceitarei voluntários – respondeu Brunilde.

Os árabes foram unânimes em aceitar o plano, as escudeiras também.

— Ótimo, estamos em dezessete guerreiros, não conseguiremos partir em um barco, seríamos alcançados facilmente, meu plano é fugirmos por terra, podemos oferecer nossos braços como mercenários enquanto viajamos para Al-Andalus – explicou.

Encarou todos os presentes, conhecia as escudeiras, combatera com elas, os árabes se mostraram corajosos e por isso foram escolhidos por elas como companheiros e pareciam felizes com a chance de voltarem para Al-Andalus.

— Se formos por esse caminho não haverá mais volta – afirmou novamente.

Ninguém mudou de ideia.

Uma hora depois Brunilde procurou Bjorn para ver se ele conseguira fazer Haestin mudar de ideia.

— Sinto muito, ele está inflexível – disse o filho de Ragnar.

— E você não pode me ajudar? – perguntou.

— Se eu fizer isso vai acabar ocorrendo uma luta entre os guerreiros deles e os meus, meu pai disse que eu devia manter a amizade de Haestin, o pai dele é aliado de Ragnar, se começarmos uma briga aqui provavelmente ela vai afetar os planos dele – explicou — Sinto muito, Brunilde, há outros guerreiros que dariam um braço para serem escolhidos por você.

— Não entendo...

— Não sou tolo, esse árabe que foi preso, é o homem que você disse amar – afirmou com um misto de tristeza e decepção — Não me leve a mal, sei que sou o culpado de tudo ter dado errado entre nós, eu gosto de você Brunilde, mas não posso te ajudar. Outra coisa, Haestin também desconfia desse árabe, ele ouviu sua história de outras pessoas, não o subestime, ele está interessado em você e se tiver que matar o árabe para retirá-lo do caminho, assim o fará.

— Obrigada por tentar – rosnou e se afastou pisando duro.

Não havia mais nada que pudesse fazer, a noite já avançava e em breve o blót aos deuses começaria. Por isso se reuniu com suas escudeiras e os guerreiros árabes.

O plano era simples, enquanto todos se reuniam para a cerimônia, incendiariam alguns barcos para chamar a atenção dos guerreiros. Para um viking a proteção de seu barco era prioridade absoluta, pois se os perdessem ficariam presos em uma terra estrangeira cercados de inimigos e sem condições de voltarem para o lar.

***

Ibrahim ouvia o canto dos guerreiros ao longe:

Elden den "köllas" av nio slags ved,

O fogo é aceso por nove tipos de madeira,

det är gammal sed.

este é o antigo costume.

Offer till andarna skänkes,

Um sacrifício é oferecido [aos espíritos],

med blodet sig alla bestänkes.

com o sangue todos são borrifados.

Det bästa till andar föräras,

A melhor parte é dada aos espíritos,

det som blir över skall av männen förtäras.

o que resta será consumido pelos homens.

Podia avistar a luz de uma enorme fogueira que ardia próxima ao rio onde havia um bosque, os animais, de nove em nove, foram levados, somente restando ele e mais oito francos assustados, ninguém sabia o que ocorreria, a não ser Ibrahim.

Recordou-se com saudade de Brunilde, em suas longas noites de amor ela explicara os costumes de seu povo, estava ocorrendo um sacrifício aos deuses pagãos e não só os animais, mas também os homens seriam oferecidos.

Será que a escudeira estava naquele local? Antes de ser agredido um nórdico dissera que ele se parecia com os homens que Brunilde levara, seriam os árabes que se envolveram com as escudeiras nórdicas? Se assim fosse, porque não fora libertado ainda? Será que ela estaria entre os mortos do combate?

Tentou acalmar seu coração, era um crente, tinha uma fé inabalável em Alá, maktub, estava escrito, se seu destino era morrer nas mãos de bárbaros infiéis, nada poderia fazer para evitar e devia aceitar com serenidade o que lhe estava reservado.

Mas ainda assim tinha medo, embora disfarçasse, ainda era jovem, tinha muito do mundo para conhecer e queria desesperadamente voltar a encontrar Brunilde, a amava com todas as fibras de seu ser, seu jeito tempestuoso, sua ferocidade na guerra e no amor, sua curiosidade sobre o mundo.

Por isso rezou novamente para Alá, até que dois guerreiros se aproximaram e conversaram com os que montavam guarda. Um sacerdote com o rosto pintado de preto e um cajado também se aproximou, ele entrou no quintal e com um tipo de pincel feito de ossos pintou o rosto e o peito dos prisioneiros, mergulhando em uma cuia que um adolescente carregava.

Com asco, Ibrahim percebeu que era sangue.

O sacerdote murmurava palavras que ele não entendia, com exceção do nome Odin, o deus maior dos escandinavos.

Em seguida foram erguidos e empurrados em fila para fora, caminharam com passos lentos de encontro à grande fogueira dentro do bosque, enquanto dois adolescentes os seguiam batendo em tambores.

Ao se aproximar, percebeu uma grande pedra manchada de vermelho, as carcaças dos animais que foram levados antes estavam penduradas nos galhos, em uma fogueira menor havia pedaços de carne assando em espetos.

Dois outros sacerdotes com os corpos pintados aguardavam, em suas mãos havia punhais com sangue ainda pingando de suas lâminas. Perto deles alguns guerreiros seguravam cordas, enquanto outros, usando roupas de pele e o corpo pintado como a dos sacerdotes tocavam tambores em um ritmo lento.

O destino deles era óbvio, seriam mortos e seus corpos estendidos nas árvores.

Empurraram-no com violência para perto da pedra e os fizeram se ajoelhar enquanto os dois sacerdotes erguiam as lâminas apontando-as para o céu e clamando por Odin e Thor.

Após um momento se voltaram então para os prisioneiros com olhares assassinos. De repente um grito foi ouvido.

— Os barcos! Estão pegando fogo! – gritaram várias vozes.

Todos começaram a correr em direção ao rio, Ibrahim conseguiu olhar naquela direção e percebeu clarões de incêndios.

Teriam os poucos soldados dentro da torre feito uma incursão para queimar as embarcações vikings? Era improvável, pois estavam todos assustados, então quem?

Um enorme guerreiro começou a gritar com os sacerdotes, que ficaram indecisos, ele retirou o punhal de um deles e se aproximou de Ibrahim.

— Ofereço esse sacrifício ao pai de todos, Odin! – gritou erguendo a lâmina enquanto segurava o jovem pelo cabelo.

— Não! – ouviu-se um grito feminino e um escudo redondo se chocou contra o guerreiro que caiu no solo.

— Brunilde! – murmurou espantado Ibrahim.

A escudeira nórdica atacara um guerreiro de seu povo para salvá-lo. 

Đọc tiếp

Bạn Cũng Sẽ Thích

3M 261K 169
Somos aliança, céu e fé.
1.6M 154K 63
Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a...
340K 26K 80
E SE EM UMA NOITE MUITO LOUCA VOCÊ ACABA TRANSANDO COM UM ESTRANHO E SIMPLESMENTE DESCOBRE QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA DELE?!!
52.4K 6.3K 14
A vida de Isabella Miller é um autêntico turbilhão: cursa direito por influência dos pais e divide o apartamento com uma amiga. No entanto, sua rotin...