WOW, tanto tempo sem postar um capítulo! Peço mesmo imensa desculpa, leiam a nota no final se estiverem interessadas, explico tudo. Boa leitura!
- “Como ficaram as coisas com o Louis?” –a minha mãe pergunta-me, quando estamos a lavar a louça do jantar.
- “Bem.”
- “Bem, bem? Ou bem, apenas não discutiram?”
Eu solto uma gargalhada e ela olha para mim, como se não tivesse percebido. Eu passo-lhe um prato e ela põe-no a escorrer.
- “Bem, bem. Nós fizemos as pazes.”
- “Que bom, filha. Fico contente.”
- “Claro que ficas.” –eu reviro os olhos de forma divertida.
- “Eu adoro aquele rapaz.”
- “Jura.” –eu ironizo.
- “Oh vá lá, se eu tivesse a tua idade também namoraria com ele.”
Eu rio-me e passo as mãos por água quando acabo de lavar a loiça. A minha mãe faz o mesmo e sai da cozinha, em direção ao escritório. Abandono também a cozinha e apago a luz, caminhando até às escadas.
- “Estavas a planear contar-me que fizeste as pazes com ele?”
Salto em susto e olho para o lado, vendo Niall sentado no sofá. A sala está às escuras, apenas o candeeiro da entrada está aceso, dando uma certa iluminação. Não consigo ver bem a cara dele, mas aposto que está irritado. Consigo perceber que ele ainda tem o casaco de cabedal preto vestido.
- “Não estavas em casa do Zayn?” –eu pergunto, mudando de assunto.
Caminho até ao interruptor da luz e acendo-a, quando olho, Niall já está levantado a olhar para mim. E ele está irritado, como sempre.
Reparo que as expressões que vejo sempre do Niall são quando ele está irritado ou quando ele está a gozar. Ele nunca expressa sentimentos. Nunca está triste, nunca está feliz, nunca está realmente empenhado em algo, nunca demonstra interesse em alguém. Pergunto-me quando foi a última vez que Niall esteve apaixonado e o meu subconsciente dá-me com uma pedra na cabeça e ri-se. É óbvio que o Niall nunca esteve apaixonado.
- “Eu não ia ficar lá para sempre.” –ele diz como se fosse óbvio, acordando-me dos meus pensamentos.
- “Pronto.” –eu apenas respondo.
Desta vez, nem estou a responder torto porque não estou com paciência. Eu tenho a certeza que se começasse agora uma discussão com o meu irmão, não iria desistir, como normalmente faço. Estou a responder torto porque eu estou feliz, e não quero que Niall estrague isso. Porque a fase do “nada me pode estragar a felicidade” não se enquadra quando se tem o Niall na nossa vida. Ou o Zayn, ou o Harry. Não interessa o quão feliz eu esteja, eles têm sempre algo que pode acabar com isso.
- “Não me vais responder?”
- “Responder ao quê?” –eu pergunto, passando de despercebida.
- “Não te faças de parva, Savannah. Estavas a planear contar-me que fizeste as pazes com o Louis, ou não?”
- “Desde quando é que eu te tenho de contar as coisas entre mim e o Louis?”
- “Desde que eu sou teu irmão mais velho.”
- “A sério Niall, não entres por aí.”
- “Oh porquê? Porque te trato mal? Tu sabes bem porque é que o faço.”
- “Boa, atira-me à cara, mais uma vez, tudo o que aconteceu com o pai. Porque tu não sabes fazer mais que isso nos últimos 7 anos!”
Ele olha para mim e os seus músculos estão tensos, fazendo-me encolher um pouco interiormente. Imagens do Niall a mandar-me contra o móvel da sala passam pela minha mente e apago-as rapidamente.
- “Vais acabar com o Louis.”
- “Vai à merda.” –eu cuspo.
- “Desculpa?”
- “Ouviste bem. E vais parar de me chatear ou tentar destruir a minha relação, estás a perceber? Se não eu juro que ficas sem os teus melhores amigos.”
- “O que estás a querer dizer?”
- “Bom, eu destruí a tua amizade com o Zayn uma vez, e vocês fizeram as pazes porque eu me afastei do Zayn. Não tenho problemas nenhuns em fazê-lo de novo, mas com o Harry desta vez também.”
Arrependo-me rapidamente depois de dizer isto, mas não o demonstro. Não quero desfazer a imagem de durona que estou a passar, apesar de não ser eu. Eu era incapaz de fazer isso ao Niall, pelo menos propositadamente.
- “Sabes que mais?” –ele interrompe os meus pensamentos.- “Tu passas a imagem a toda a gente de menina perfeita e que não faz mal nem a uma mosca, mas não a mim. Tu és uma cabra, e acabaste de o provar agora mesmo.”
A minha mão salta do meu controlo e dou um estalo na cara do meu irmão, com mais força do que queria.
- “Que merda foi esta?”
Só bati uma vez a Niall na minha vida, e foi quando ele disse coisas horríveis ao Louis e me chamou ingénua. Nesse dia eu estava com o mau humor terrível e bati-lhe mesmo em frente à minha mãe. Hoje estou assim porque ele me faltou ao respeito, e se há coisa que eu aprendi com a minha mãe, é que eu não posso deixar que isso aconteça.
- “Eu não aguento mais isto, okay? Eu não sei no que raio tu te tornaste ou porque é que não paras um pouco para pensar na merda que andas a fazer, mas não me tens de tratar mal.”
- “Eu tornei-me no que tu me tornaste.” –ele rosna.
- “Digo-te o mesmo.” –eu respiro fundo.- “Se eu me tornei numa cabra, foi por tua causa.”
Subo as escadas e entro no meu quarto. Ainda estou a assimilar este momento que acabou de acontecer. Eu não quero acreditar que disse mesmo aquilo ao Niall, nem quero acreditar que ele me chamou mesmo de cabra.
Rapidamente dispo a minha roupa, arrumando-a, e visto umas leggins pretas e uma sweat azul-escura larga. Ligo o meu computador e sento-me na minha cadeira da secretária, enquanto ele inicia.
Quando ele já está ligado, decido ir abrir o meu twitter e o meu tumblr.
Acho que tenho a noite feita.
***
- “Tu és sempre a mesma merda.” –Niall resmunga quando eu desço o último degrau, atrasada como sempre.
- “Já cá estou, certo?” –eu respondo rudemente e ele revira os olhos.
Pego numa barra de cereais da dispensa e dou um beijo na bochecha da minha mãe, antes de sair de casa com Niall. Estranho a sua atitude de não pôr os fones nos ouvidos, portanto decido fazê-lo eu. Evitar conversas e contacto com Niall é o melhor que tenho a fazer agora.
Ligo os meus fones ao meu telemóvel, e deixo a melodia dos The Fray invadir os meus ouvidos. Zayn junta-se a nós na esquina habitual e eu agradeço pela minha ideia fantástica de me armar em anti-social com os fones nos ouvidos. Não ouvir o Niall e o Zayn logo de manhã, facilitaria bastante a minha vida. Talvez comece a pôr os fones todos os dias.
Chegamos à paragem e a primeira coisa que faço é sair em fuga em direção a Alex, sentando-me ao seu lado.
- “Bom dia.” –eu digo, arrumando os meus fones no bolso das calças pretas.
- “Olá, Savannah.”
- “Pronto para mais uma semana de aulas?”
- “Não, nada mesmo. E tu?”
- “Ao menos agora não tenho testes, portanto.” –eu encolho os ombros e sento-me como deve ser.
- “Tu tens mais sorte que eu. Vais ter Inglês. Eu vou ter Economia.”
- “Economia não pode ser assim tão secante.” –eu riposto.
- “Não é, mas o meu professor sim. Ele não deixa ninguém falar e é diferente. Eu não sei explicar. Apenas é secante.”
- “Eu acho que tu és complicado.”
- “Eu não sou complicado. Tu és.”
- “Eu?” –pergunto pasmada.
- “Hey, tu és a Savannah. Não há pessoa mais complicada que tu.”
- “Isso é mentira.”
- “Não é. Consigo vê-lo cada vez que discutes com alguém.”
- “Bom dia.” –ouço uma voz e quando reparo, Liam está sentado ao meu lado.- “Do que estão a falar?”
- “A Savannah está a dizer que não é complicada.” –Alex responde e Liam dá uma gargalhada.
- “Tu és.”
- “Acho que não. Quer dizer, eu apenas gosto que as coisas fiquem resolvidas, e prefiro que sejam à minha maneira. Nada de mais.”
- “Tu queres tudo à tua maneira. Já para não falar que és insuportável na maior parte do tempo.”
- “Tu pareces eu a falar com o Harry.” –eu digo, revirando os olhos e eles riem um pouco.
***
- “Tu sabes que chegar atrasado às aulas de Inglês não é uma boa opção.” –eu digo, quando chego ao cacifo de Louis, no primeiro intervalo.
Ele olha para mim de repente e suspira, dando um sorriso.
- “Nem me fales nisso, a Daisy passou super mal a noite e tive de esperar que a Rose chegasse para lhe dizer.”
- “Pensei que a Rose entrasse em trabalho antes de vocês acordarem, para vos preparar o pequeno-almoço e assim.”
- “E entra, mas hoje chegou tarde porque foi não sei onde. E claro que os meus pais não puderam ficar com ela.” –ele revira os olhos.
- “Bom, o que interessa é que não levaste falta.”
- “Sim.” –ele diz, quando acaba de arrumar as coisas e fecha a porta do cacifo.- “Agora sim, bom dia.”
Ele rapidamente conecta os nossos lábios, o que me faz dar um sorriso. Quando nos separamos, ele pisca-me o olho.
- “Bom dia.” –eu respondo e ele dá uma gargalhada.
- “Estás de bom humor hoje.”
- “Estou?”
- “Sim.” –ele encolhe os ombros e nós começamos a caminhar lado a lado pelos corredores.
- “Acho que estou normal.”
- “Não interessa. Onde vais almoçar hoje?”
- “Provavelmente a minha casa.”
- “Podíamos ir a algum lado.” –ele sugere.
- “Tipo onde? Sítios perto só há o McDonald’s ou os cafés onde passamos a vida.”
- “Podíamos ir ao Fields.”
- “Não, tu sabes que eu não gosto, aquilo é caro.”
- “Não é nada de mais, Savannah. Pagas um pouco mais que pagas nos cafés.”
- “Não interessa. Eu não gosto.”
- “Bom, eu retiro o que disse quanto ao teu bom humor.” –ele resmunga e eu dou um sorriso torto.
- “De qualquer das maneiras, tu podes vir almoçar a minha casa.”
- “O Niall vai lá estar?”
- “Não.”
- “Hm…” –ele fica pensativo.
- “Anda lá, vamos improvisar um almoço e ver um filme durante a tarde. Não há melhor programa.”
- “Posso escolher o filme?”
- “Pode não ser o Lord Of The Rings?”
- “Estragas-me os planos.” –ele refila.- “Mas tudo bem.”
- “Okay, podes escolher o filme então.” –eu concordo e ele sorri.
Paramos quando chegamos ao pátio, e sentamo-nos num banco, ao lado um do outro. Ele tira peles das suas unhas e eu abro o facebook no meu telemóvel, vendo a minha página inicial.
- “A Gemma e o Eric estão queridos nessa fotografia.” –ele comenta, quando eu passo por uma foto que Gemma publicou ontem.
- “Sim, eles são o melhor casal de sempre.”
- “Concordo. Mas nós também somos bons. Há nossa maneira.”
- “Sim. Às vezes só gostava que não tivéssemos tantos problemas. Quer dizer, olha para a Danielle e para o Liam, eles nunca se chateiam.”
- “Sim, tens razão.”
- “Tive realmente saudades tuas.” –eu admito e ele sorri.
- “Eu também.”
Sinto um beijo a ser depositado na minha cabeça e um braço a ser rodeado à volta do meu corpo. Estou encostada ao seu peito e aproveito o seu momento de distração, quando ele olha em volta do pátio, para tirar uma série de fotografias. Acho que ele não percebeu e agradeço por isso. O Louis não é do tipo de tirar fotografias, apesar de eu gostar que ele fosse.
Zayn entra no pátio com a rapariga morena com quem ele tem andado ultimamente. Baixo o meu telemóvel para os observar com atenção. Eu não sei quem ela é, mas gostava de saber.
- “Lou?”
- “Hm?” –ele murmura no meu cabelo.
- “Tu sabes quem é aquela rapariga?”
- “Qual delas?” –ele pergunta, quando olha na minha direção.
- “A morena que está com o Zayn.”
- “Não sei, porquê?”
- “Nada. Eles apenas têm andado juntos e estava a pensar quem é ela.”
- “Mas interessa-te?”
- “Sim, na verdade.”
- “Porque raio te interessa com quem o Zayn anda ou deixa de andar?” –ele muda o tom de voz.
Sento-me direita no banco e suspiro.
- “Não é dessa maneira. Só gostava de saber quem é a rapariga com quem o Zayn consegue estar mais que dois dias.”
- “Ele provavelmente conseguiria fazê-lo contigo.”
- “Não sejas parvo.” –eu aviso calmamente.
- “Bom, se te interessa saberes quem é ela, talvez devesses perguntar ao Zayn.”
- “Achas?” –eu pergunto e volto a olhar para eles que estão a sorrir um para o outro na fila do bar.
- “Não!” –ele responde indignado.- “Apenas deixa-o com aquela rapariga.”
- “Mas ela provavelmente vai-se magoar com ele.”
- “É da maneira que ele está sossegado e não nos chateia.”
- “Louis, não sejas assim.”
- “Não estou a ser de maneira nenhuma. Mas porra, podes apenas não falares dessa forma da rapariga?”
- “Eu estou a falar de que forma?”
- “Como se tivesses ciúmes dela.”
Eu reviro os olhos e Louis tira o seu telemóvel do bolso, começando a mexer nele. Suspiro e observo o Zayn e a rapariga a saírem do pátio animados.
Ele não reparou que eu estava aqui?
O toque da campainha soa e eu levanto-me, juntamente com o Louis. Ele guarda o seu telemóvel e saímos do pátio lado a lado.
- “Estás chateado comigo?” –eu pergunto.
- “Não.”
- “Não estás?”
- “Já disse que não.”
- “Ouve, não sei se me percebeste bem há bocado. Eu só estava curiosa.”
- “Eu sei.”
- “Não, tu não sabes. Se soubesses não tinhas falado comigo daquela maneira. Eu apenas não quero que penses que eu senti ciúmes dela, seja de que maneira for.”
Chegamos ao corredor onde se encontra a nossa sala de aula e ficamos parados, para não estarmos muito próximos da turma.
- “Como é que queres que não pense nisso?”
- “Eu nunca trocaria namorar contigo para namorar com qualquer outra pessoa.”
- “Nós acabámos de concordar que a nossa relação não é tão boa como as das outras pessoas.”
- “E isso não quer dizer que eu prefira as relações delas. Bom, talvez em algumas alturas sim, mas eu estou bem contigo. É onde eu quero estar.” –eu garanto-lhe.
- “Apenas não te preocupes mais com ela. Deixa-os. Está bem?”
- “Okay. De qualquer das maneiras, eu aposto que o Zayn não tem paciência para a aturar no FIFA.” –eu digo, com o objetivo de suavizar o ambiente.
- “Então… Eu sou melhor namorado que o Zayn?” –ele pergunta com um sorriso torto nos lábios.
- “Bom, eu nunca namorei com o Zayn para to dizer.” –eu riposto num tom divertido.
- “Então… Eu sou o melhor namorado do mundo?”
- “Deus, não.” –eu respondo a rir.- “Não exageremos. Tu tens de ultrapassar o Orlando Bloom para isso, o que é algo que nunca vai acontecer.”
- “Tu nunca namoraste com o Orlando Bloom para o dizeres.”
- “Hey, é o Orlando Bloom, o que é que interessa se ele for o pior namorado à face da terra?”
Ele dá uma gargalhada alta e eu sorrio com o som. O corredor está a acalmar aos poucos, e a Mrs. Marianne abre a porta da sala, o que faz alguns alunos começarem a entrar.
- “Tu até podias ter o Orlando Bloom na tua vida, que eu iria sempre ser o melhor namorado do mundo.”
- “Duvido.” –eu brinco, enquanto caminho para a porta.
- “Não duvides.” –ele puxa-me de volta para ele.- “Porque nunca ninguém vai gostar tanto de ti, como eu gosto.”
Meninas, em primeiro lugar quero pedir desculpa por não ter atualizado mais cedo.
Como expliquei a todas as leitoras que me mandaram mensagem privada, tenho andado cheia de problemas ultimamente. Morreu-me um familiar bastante próximo e foi uma morte repentina, que eu não estava à espera. Demorei um pouco a recompor-me, aliás, ainda o estou a fazer. E isto aconteceu na fase de testes portanto o meu único tempo foi aplicado na escola para tirar boas notas. Também estou a tentar concentrar-me na escola a sério este ano, não posso falhar, e portanto eu nem sequer tenho vindo ao computador estas últimas semanas.
Bom, os testes acabaram e estamos quase de férias! Portanto espero e quero começar a postar mais regularmente, até mesmo como postava antes. Peço-vos que não deixem de ler a fic, e que me mandem mensagem privada se tiverem alguma crítica ou opinião a fazer. Terei bastante gosto em responder. Como já fiz com algumas leitoras, até posso dar pistas ou falar-vos de como estou a pensar fazer as coisas na fic daqui para a frente.
Eu adoro ver o vosso interesse na minha história e a sério que não há algo que me dê mais alegria do que escrever. Sei que tenho andado ausente e desaparecida, e que até algumas de vocês achem que fui irresponsável ou indelicada, e para as que acham isso, peço desculpa. Adoro também as conversas que tenho com algumas leitoras e gostaria muito que continuassem!
Apenas não desistam da fic, por favor, garanto-vos que uma bomba vai acontecer brevemente! Fiquem para ver!!!
Desculpem mais uma vez, a sério. Comentem, mandem mensagem privada e votem no capítulo. Obrigada meninas!