SALVA PELO CHEFE (COMPLETO)

By rivanialima

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*Ainda não seu sei manterei essa capa, mas gostei, então vou mantê-la por enquanto.* + Vou voltar a postar al... More

AVISOS
PRÓLOGO
SINOPSE 2
A FOTO
FURIOSO
INCOMPETENTE?
O BEIJO
PEQUENO ESCLARECIMENTO
A DESCOBERTA
DAVI
FEVER
SEM CONTROLE
O DIA SEGUINTE
CALLEB?
[CORREÇÃO DE CAP.]QUASE UMA NOVELA E UM BEBÊ
[CORREÇÃO DE CAP.] FAÍSCA
O APAGÃO
CONFISSÃO
UMA 'QUENTE' NOITE DE CHUVA
I'M BACK
UMA SENSAÇÃO RUIM
MENSAGENS
PÉSSIMA MENTIROSA
A REUNIÃO
Correção (n é capitulo)
QUEM É B?
ESTOPIM
SEMI NU E COM TESÃO
DAVI
MARCAS
NÃO HÁ COISA ALGUMA... não pode haver...
FUGINDO
O BAILE parte I: Preparativos
ODEIO VOCÊ
O BAILE: preparativos parte II
DAVI
UMA DANÇA E UM BADBOY
MEU BALSAMO?
SITUAÇÃO DIFÍCIL
UM POUCO DE DIVERSÃO
DANÇA COMIGO AGORA?
O BAILE parte II: Escandalos
SEM PERGUNTAS
NÃO VOU DESISTIR
AT LAST
CONVERSA INTERESSANTE
Água ou Fogo?
AMOR OU MEDO?
[CORREÇÃO] A LIGAÇÃO
[CORREÇÃO] MELHOR REMÉDIO
QUEM ESTÁ FALANDO EM AMOR?
ENCONTRO MARCADO
AGENTE DUPLO?
ADIAMENTO (NÃO É CAPITULO)
B de BENNET
NÃO QUERO QUE VÁ EMBORA
NÃO QUERO SER DE MAIS NINGUÉM
ESCLARECIMENTOS
CONFIDENCIAL
INUTILIDADE
Pequenissímo aviso
Seria covardia de minha parte?
Algumas informações... importantes
UMA CONVERSA COM MARIA
NÃO É CAPITULO
TROCA DE E-MAILS
EU O AMO
EU A QUERO
CÂMERAS DE SEGURANÇA
HAUNT
EXPERIÊNCIA
MAIS ERROS QUE ACERTOS
FOI A TEQUILA
SINTO MUITO: parte I
SINTO MUITO parte II
RESULTADOS DEVASTADORES
Clichês
CONVERSA NO ESCURO
DECISÃO MENOS ERRADA
HEREDITÁRIO
Ele é meu
RECONCILIAÇÃO
TROCA DE INFORMAÇÕES
CORRESPONDÊNCIA
NAMORADA
INSIGHT
BAILARINAS
CONVITE À AMEAÇAS
TRANSAÇÕES
DEDO NO GATILHO
INTERROGATÓRIO
LONDRES
REVELAÇÕES parte I
DOMINGO DECISIVO
FLÓRIDA
PRECISO FAZER SOZINHA
LIBERTAÇÃO
REVELAÇÕES parte II
UM ENCONTRO DE VERDADE
PEDIDO DECENTE
EPÍLOGO
BÔNUS
Bônus 2
LIVRO POSTADO

VAMOS COMPENSAR ISSO, ENTÃO!

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By rivanialima

[HOT][ATENÇÃO: Altas doses de orgulho, babaquice, drama e teimosia nesse capítulo.]

 'Ange'

Eu fechei os olhos e deixando o celular sobre a mesa apoio meus cotovelos sobre ela e enfio meu rosto em minhas mãos sentindo meu coração em sua corrida louca para arrebentar meu peito. Muito bem Angela, vamos organizar esses pensamentos antes que você perca a mente! Vamos priorizar! Seu tio acabou de ir embora e você está inteira. Muito bem! Seu tio, que quase a matou quando tinha dezessete anos e destruiu sua família, pediu que confiasse nele e você lhe deu o beneficio da dúvida... isso não parece bom, nada bom na verdade, mas considerando que Bennet pode mesmo cooperar com os federais temos alguma chance contra o responsável por tudo...

– Mas... – minha voz sai num sussurro quando ergo a cabeça, o cenho totalmente franzido. Por que é que os federais estariam envolvidos nessa investigação... ou melhor, o que é que eles estão investigando? Será que os federais estão à procura da pessoa que está ajudando a meu tio depois de ele dizer a eles o golpe que essa pessoa está aplicando em uma das maiores companhias de bancos do país... ou estão investigando os donos das contas e a relação deles com o banco!? Sinto o sangue fugir de meu rosto e um gelo no estomago que me fez estremecer. Se os italianos sequer desconfiarem... o que me faz lembrar que ainda não entrei em contato com eles para marcar aquela maldita reunião... ótimo só mais um motivo para deixar Davi ainda mais furioso! – Ah não... Davi! – solto em voz alta num gemido desesperado.

– Deseja mais alguma coisa, senhorita? – ouço a voz de um rapaz acima da minha cabeça, é o mesmo garçom que trouxe as bebidas, ele me olha um pouco preocupado e parecia prestes a perguntar mais alguma coisa, mas olhei para meu copo de suco e percebi que ele não me ajudaria a enfrentar a provável fúria de Davi.

– Pode me trazer vinho... o melhor frisante que tiverem! – digo antes que também me perguntasse qual iria querer, ele acena e se vai no instante em que Lance reaparece dos fundos do restaurante com uma cara de poucos amigos e bufo imaginando que deve ter brigado com Chris.

– Onde está Bennet? – pergunta assim que se aproxima o suficiente para ver a cadeira vazia de meu tio, ele parece confuso e irritado me olhando de uma forma acusadora.

– Recebeu uma ligação e precisou ir. – digo calma mesmo que por dentro eu esteja gritando. Eu sei que meu tio não me responderia se perguntasse sobre o que exatamente ele está cooperando com os federais, se sobre o sujeito misterioso e seu golpe, ou sobre a Parker&Collins Banks e as contas dos italianos... ele nem ao menos quis admitir diretamente que estava ajudando-os!

Bom, tudo bem que os italianos nos fizeram acobertar essas contas colocando-as no banco parceiro, mas de forma apenas figurativa, exatamente para esse tipo de situação, mas se os federias investigarem a fundo vão encontrar o envolvimento do banco com os mafiosos. Droga, eu devia ter ao menos perguntado ao meu tio sobre o que eles estavam investigando.

– Angela, está me ouvindo!? – ouço Lance balançar meu ombro e quando ergo meus olhos para ele está se sentando no lugar de meu tio a minha frente me olhando de forma avaliativa e preocupada, eu tomo várias respirações longas e profundas tentando acalmar meus pensamentos. Priorizar, Angela! Você tem de resolver os problemas com Davi agora, o que me lembra que eu preciso ir logo... depois do vinho, é claro. Assim que me viro para saber se o garçom está vindo ele já está colocando a taça a minha frente e me servindo com o vinho que me fez encher a boa de água vendo aquelas pequenas e poucas bolhinhas subindo, Lance me lançou um olhar irritado, mas eu o ignorei quando agradeci ao rapaz e tomei o primeiro gole. – o que aconteceu? – pergunta aparentemente tentando conter a irritação.

– Ele disse que está trabalhando para os federais...

– Ele disse? – Lance ergue as sobrancelhas ao máximo quase gritando, mas se conteve.

– Bom, não exatamente... bem, de qualquer forma ele não poderia vir tão longe sem ter uma ajuda da polícia, segundo ele, agora ele é como um agente duplo ou algo assim... – digo dando de ombros e bebo mais uma grande quantidade de vinho. Eu estou aqui enrolando enquanto penso seriamente em não enfrentar Davi, depois como ele espera que eu entre em seu apartamento? Ok, ele pode ter avisado alguém, mas... eu acho que eu deveria apenas deixá-lo se acalmar sozinho, talvez me ver hoje não seja uma boa ideia e eu também estou com a cabeça tão cheia...

– Ange... o que está pensando? – pergunta Lance me arrancando de minha própria cabeça, ergo meus olhos para ele e solto um suspiro alto.

– Podemos conversar sobre esse encontro estranho amanhã? – pergunto e tomo o restante de meu vinho me preparando para ir. Se eu não for ao apartamento de Davi, ou ele virá até o meu ou amanhã o prédio da Parker&Collins vai virar um campo de guerra, Lance une as sobrancelhas me olhando desconfiado e então desvia seus olhos de mim para fazer como meu tio e inclinar a cabeça levemente para o lado e está lá a expressão surpresa dele.

– É Mike ali? – pergunta se voltando para mim, eu já estava colocando meu celular em minha bolsa e pegando meu cartão.

– Sim, é Mike – digo entre dentes, espero que ele tenha mandado para Davi que Lance está comigo também, aquele cretino intrometido! Lance me olha confuso e curioso ao perceber minha raiva. – eu tenho que ir...

– Mas veio comigo...

– Não vou para casa! – digo cortando-o, ele me olha com ainda mais atenção, se é que era possível e depois para Mike e então volta para mim e por fim suspira balançando a cabeça parecendo frustrado.

– Tudo bem, só me dê à certeza de que estará bem.

– Eu vou ficar, não se preocupe.

– Certo, pode ir... eu resolvo tudo aqui – diz apontando para os copos na mesa – amanhã conversamos sobre tudo isso principalmente sobre o que resolveu com seu tio... vai pegar um táxi?

– Sim...

– Não quer que eu...

– Não, eu vou pegar um táxi... obrigada, Lance. – digo me levantando, mas antes de ir queria fazer uma coisa especial para Mike, então pego um guardanapo e peço uma caneta a Lance, ele sempre tem uma caneta.

"Você está completamente ferrado, Mike, ferrado! Tenha uma ótima noite, porque pode ser a última da sua vida!". Escrevi no guardanapo e dando um beijo no rosto de Lance, que precisava também de alguns minutos e uma bebida mais forte para voltar para Chris, segui para a mesa do belo homem todo sorriso para a jovem dos cabelos lindos também, Mike me viu aproximando e sorriu aquele sorriso sacana e provocador, eu sorrio de volta e bati a mão com o guardanapo contra seu peito ainda sorrindo, ele ficou um pouco surpreso, mas não deixou sua expressão de puro divertimento quando pegou o papel, me virei para olhar a bela moça que me olhava com o cenho franzido e com certeza irritada de ciúme, mantive o sorriso para ela.

– Há quanto tempo estão saindo? – pergunto a jovem, ela pisca surpresa, mas responde.

– Algumas semanas...

– Ouh... então você não sabe? – pergunto levando a mão ao peito fazendo minha melhor cara de surpresa e indignação que podia.

– Angela... – ouço Mike dizer em um tom de aviso atrás de mim, mas eu o ignoro, a jovem olha entre eu e Mike confusa e frustrada e ao fundo vejo Lance sorrindo com uma expressão divertida.

– Não sei o que? – pergunta ela soando irritada também, eu abro meu melhor sorriso, quando volto a encarar Mike que tinha um olhar assustado em minha direção, pisco para ele e volto para a jovem.

– Mike é noivo, vai se casar em três semanas... sabe, ele acabou engravidando a moça...

– O que? – perguntam os dois ao mesmo tempo, a jovem já está vermelha bufando furiosa.

– Devia espalhar isso a todas as suas amigas pra que ele não continue enganando a pobre noiva grávida! – dizendo isso me viro beijo a palma de minha mão e sopro para um Mike pálido e chocado com a boca e os olhos muito abertos.

Eu ainda sorria no banco traseiro do táxi que milagrosamente consegui pegar pouco tempo depois que sai do restaurante. Assim Mike vai aprender a não se meter onde não interessa! Mas meu sorriso foi rapidamente embora quando me lembrei para onde estava indo... solto meus cabelos e massageio toda minha cabeça para tentar acalmar meus nervos que simplesmente se agitaram só com a ideia de ter de ouvir Davi gritando comigo... eu não sei se aguento mais pressão por hoje.

Olho para o motorista pensando seriamente em pedir pra que me leve de volta... para a segurança de meu apartamento, mas me recosto contra o banco e olho pela janela apreciando a vista. Que nada, estou fugindo das mensagens em meu celular. Relutante pego meu telefone na bolsa e olho também para o pequeno pote branco e o pego balançando o pote para fazer o barulho dos comprimidos se chocando soar pelo silêncio do carro e me lembro de Davi me repreendendo na festa para não misturar bebida com remédios... e sem evitar abro um sorriso percebendo agora esse lado cuidadoso e preocupado de Davi, naquele momento eu só o achei intrometido, mas agora...

Enfio o pote de volta na bolsa e me concentro no celular. Davi não está preocupado comigo agora, ele está furioso, graças a Mike. Verificando as mensagens percebi que haviam mais de vinte agora e nem todas eram de Davi, havia algumas de Lucy também e me lembrei que ela queria conversar comigo sobre algo importante, acho que sobre Holly e Mike... Ah, mas se antes eu o queria longe de Holly, agora eu o quero fora da empresa! Não, a empresa é dele não dá pra tirar ele de lá, uma pena! Mas se ele pensa em se aproximar de Holly, eu arranco as suas bolas! Deixo para ler as mensagens de Lucy depois e só me concentro nas de Davi.

"Não venha com boa noite!"

"E se eu disse que é minha, é porque você. é. minha!". Suspiro com um calafrio quando leio essa mensagem sentindo cada palavra, engulo em seco e continuo deslizando o dedo meio trêmulo pela tela de meu telefone sentindo meu estômago revirar.

"Foda-se essa merda de ser literal ou não!"

"Por que não posso saber que restaurante vai?"

"Não me deixe no escuro, Winey!". Depois dessa mensagem, houve um intervalo de quase trinta minutos para que voltasse a mandá-las e eu senti que essas próximas ele estava ainda mais irritado.

"O que espera que eu pense com esse silêncio?"

"Porra, não me tire do sério, Angela!"

"Se vai mesmo me ignorar, esteja pronta para as consequências!". Eu me encolhi contra o acento sentindo minha pele se arrepiar e senti um frio estranho na barriga entre medo e expectativa. Que tipo de consequências?

"Você sabe muito bem o quanto gosto de ser contrariado, Angela". Até por mensagem ele consegue ser sarcástico e ameaçador ao mesmo tempo.

"Espero que esteja se divertindo, porque não vai fazê-lo por muito tempo!". O que ele quis dizer com isso? Mais um grande intervalo de minutos entre as mensagens e temos um Davi soltando fogo e palavrões...

"Atenda a porra do telefone!"

"Duas malditas coisas que odeio Winey"

"Ser ignorando e ser contrariado"

"Três, porra! Ficar preocupado!". Sorri surpresa com essa. Ele estava preocupado? Comigo? Ok, eu não devia ter ficado satisfeita ou contente com isso, ele está furioso e antes mesmo de saber que estava com um homem no restaurante...

"Com quem é essa porra de reunião maldita e sobre o que é?"

"O que pode ser mais importante que me responder, ou atender?"

"Ou menos complicado do que apenas responder?"

"Uma simples resposta crlh!". Ele até abreviou essa, talvez tenha se cansado de 'porra', porque daria para ficar grávida com tantas dessas que me mandou!

"Não vai atender porque está com um cara, realmente Angela?". Aquele filho da puta do Mike, ele vai receber um gelo colossal da minha parte, vai ser um gelo tão fodido que ele vai se sentir na porra da Antártida, em Vostok o lugar mais frio do planeta! Ok, chega dessa palavra, isso tá ficando insuportável!

"Quem é ele crlh?". Ele está mesmo me chamando de pau? Respira, Angela, você não está no maior direito de ficar irritada aqui, mesmo que ele esteja agindo como um filho da mãe doente... talvez eu deva ficar tão furiosa quanto ele, afinal que ideia é essa de falar comigo como um tremendo canalha? Fecho os olhos com força. As mensagens acabaram, menos mal... ou não! Sua voz soou tão ameaçadora e fria pelo telefone que quem se sentiu na Antártida foi eu. Eu se eu ligar antes? Ele ainda deve estar a caminho, afinal ele disse que me queria no apartamento quando chegasse, então ele ainda deve estar na estrada e talvez não atenda e então eu posso deixar uma mensagem na caixa postal e não precisamos nos ver hoje...

– Qual é, Angela? Está com medo do Davi? O mesmo que você enfrentava até uns dias atrás? Qual o seu maldito problema!? – cochicho comigo mesma enquanto pairava o dedo sobre o nome de Davi pronto para chamar.

Seja como for, Davi não tem mesmo qualquer direito sobre meu corpo, ele não manda em mim e não pode dizer para onde posso ou não ir e nem precisa saber também! Em um ímpeto guiado pela raiva pressiono sobre seu nome e levo o telefone até a orelha, mas não chega nem mesmo a chamar e a secretária eletrônica atende, penso em deixar uma mensagem chego até a abrir a boca, mas desisto desligando e encostando a cabeça no banco e suspiro voltando a fechar os olhos.

Nós mal nos tornamos um 'casal' e ele já estava furioso comigo... mas eu também mal aceitei essa nossa situação e Davi está agindo como se fosse meu dono. Eu sei que eu poderia dizer a ele onde eu estava indo e talvez com quem, mas até mesmo pensar nisso fazia um nó se formar em minha garganta. Como explicaria a ele sobre meu tio se ele perguntasse? Eu conseguiria mentir? Seria certo? Não queria envolver Davi na minha história trágica, ainda não... não até saber qual é a real intenção de meu tio...

Mas ainda havia a forma como perguntou me irritou, ele realmente soou como se eu fosse obrigada a dizer o que eu estou fazendo a cada passo que dou... como se já não bastasse Lance com sua mania de controle sobre mim!

Odeio ser comandada e controlada, minha ficha criminal diz muito sobre como eu era uma adolescente rebelde... eu posso ter me tornando uma mulher um tanto danificada pelo que houve com minha mãe, mas eu ainda sou aquela Angela que não seguia muito bem as regras, que não suportava ouvir e nem receber ordens... ela ainda está aqui dentro e está gritando pra que eu segure as rédeas do que quer que Davi acha que pode fazer comigo! Na empresa ele pode ser e agir como meu chefe, mas fora dela e em nosso relacionamento, as coisas não vão ser assim.

Ele pode ser meu chefe e como dono da empresa e o excelente profissional que sei que ele é eu até que o respeito e entendo que tenho que seguir suas ordens e as regras da empresa, não sou mais uma adolescente no fim das contas e devo ser uma excelente profissional como ele é... mas eu devo obedecê-lo e tudo mais somente como chefe, somente como 'senhor Collins'! Fora da empresa e de nossos papéis como chefe e assistente as coisas mudam, porque Davi Collins não pode e não vai me controlar ou mandar em mim!

– Moça... está entregue! – diz o motorista me fazendo suspirar assustada. Já? Mas... Olho pela janela e vejo o enorme prédio onde estive há praticamente uma semana e sinto aquele frio no estômago, não sei exatamente se mais de medo ou... ou outra coisa. Mordo o lábio com força pensando se realmente é uma boa ideia. – então? – pergunta o motorista levemente impaciente. 'Davi não vai mandar em mim!?' penso usando de sarcasmo comigo mesma, o que estou fazendo aqui então? O que estou fazendo pagando o taxista e descendo na noite um tanto fria de Manhattan e na frente de seu prédio? Olho com pesar para o táxi que se foi.

Eu não estou com medo de Davi... não estou mesmo, eu acho... estou trêmula porque estou com frio. Mas meu coração não está batendo feito um louco pelo frio e meu nervosismo também não é pelo clima! Não sei do que exatamente estou com medo, talvez Davi volte a dizer aquelas coisas horríveis sobre mim... Não, Angela, melhor manter a cabeça fria e tentar parecer calma, é uma boa, vocês vão conversar civilizadamente... pelo menos no que depender de mim, vou tentar!

Entrar em um prédio tão obviamente de ricos como esse foi estranhamente fácil, eu nunca estive aqui antes daquela sexta-feira onde eu nem sequer vi por onde estava indo e ainda não me lembro de muita coisa daquela noite, mas o suficiente para me deixar um pouco quente e ofegante, mas mesmo que eu tenha estado aqui somente uma vez e ainda muito tarde da noite era como se todas essas pessoas aqui me conhecessem, até a mocinha na recepção com cabelos escuros e lisos presos em um rabo de cavalo tinha um sorriso surpreso e curioso em minha direção e mesmo antes de eu abrir a boca ela se adiantou e disse para eu apenas subir. Eu sabia qual era o código para o andar de Davi caso precisasse de eu vir até sua casa em algum caso muito especial, como já precisei ir até a casa de George uma vez quando eu era sua assistente e mesmo que nunca precisei estar aqui antes, Davi mantinha seus códigos e números importantes comigo pra que caso ele esquecesse me tivesse de reserva... bom ele nunca precisou e não sei bem se gosto de ter algumas senhas dele comigo.

Quando as portas do elevador se fecham sinto vontade de fazê-lo parar e sair correndo daqui com salto e tudo, mas me controlo e me encaro no reflexo nas portas e me olho como se me repreendesse. Não tenho que ficar tão preocupada, é apenas Davi! Que está muito, mas muito furioso porque eu disse que 'B' não era meu amante nem nada assim e então seu irmão diz que estou em um restaurante com um cara depois de concordar em 'estar' com ele numa... numa... relação? Eu nem sei o que temos... Ele com aquela mente agitada dele pode pensar todas as coisas que quiser...

– Não... – sussurro me vendo ficar pálida em meu reflexo. Talvez eu esteja com medo das perguntas que Davi vai fazer e das respostas que eu terei de dar e no fim acabar tendo um dos meus episódios e por fim ele perceber que não está disposto a ficar com alguém que não é capaz de controlar a própria mente. Esse é meu medo? A ideia de Davi desistir de 'nós' é o que está me deixando tão nervosa? Ainda com aquele frio no estômago de medo e expectativa? Passo minha mão trêmula por meu cabelo para tentar me distrair enquanto o ajeito, mas é inevitável quando a certeza de que ele vai mudar de ideia me deixa sem ar e minhas pernas parecem dormentes e preciso me encostar na parede do elevador.

Mas no instante que começo a hiperventilar as portas se abrem no hall do apartamento de Davi, está com uma iluminação fraca e silencioso e até um pouco assustador, tomando um pouco de coragem saio do elevador com passos hesitantes pensando a cada segundo que eu deveria voltar para baixo e ir pra casa.

Minha respiração alta e irregular é o único som depois dos meus saltos batucando no chão quando empurro as portas duplas que davam para sua sala enorme e sofisticada e também escura somente com uma fraca iluminação como no hall que vinham dos pequenos círculos de luz no teto, as cortinas de um tom vinho escuro cobriam as enormes janelas que davam vista para toda a Manhattan lá embaixo a não ser por uma pequena fresta aberta que me permitiam ver uma pequena parte da cidade com as luzes acesas e ao procurar pela biblioteca de vidro percebi que as paredes que antes eram transparentes agora estavam escuras e embaçadas como se tivessem sido cobertas por uma película, isso me fez franzir o cenho. Por que ele teria coberto as paredes? Volto a olhar ao redor sentindo minha ansiedade crescer a um nível que estava me deixando louca e ainda mais trêmula.

– O que eu faço agora? – pergunto num tom baixo e desesperado enquanto ficava paralisada no meio de sua sala enorme, silenciosa, escura e agora ainda mais assustadora. Talvez tenha alguém na casa... talvez ele já tenha chegado, mas teria vindo até aqui quando ouviu o som do elevador... – oi? – tento um pouco mais alto indo a passos lentos para a entrada da cozinha que também estava vazia e somente com as luminárias suspensas sobre o balcão acesas. – alguém... em casa? – pergunto suspirando logo depois girando meu corpo para voltar para a sala e meus olhos encontram as escadas que levam para o segundo andar a minha direita, ela ficava quase escondida mais ao canto da sala e bem próxima a entrada da cozinha impedido a visão das portas do hall e claro de quem chegava, e então me lembro imediatamente da noite em que Davi a subiu enquanto eu estava em seus braços, grudada em seu corpo como se minha vida dependesse disso... fecho os olhos sem coragem para lutar contra as lembranças que meu cérebro consegue encontrar e me faz quente e um pouco ofegante e sinto cada pequena lembrança daquela noite e também da manhã seguinte quando estava sóbria e completamente consciente, influenciarem no que acontece entre minhas pernas, me lembro das coisas que Davi me disse... quando me contorço um pouco me lembro que estou sem calcinha e então ouço o elevador e meu corpo todo congela, o ar fica preso em meus pulmões e engulo em seco.

Muito bem, Angela, você poder fazer isso... você já enfrentou a fúria de Davi diversas vezes e não vai ser diferente agora. Posso me sentir apreensiva com a ideia de que ele vá terminar o que mal começamos, mas se ele acredita que tem o tipo absurdo de poder sobre minha vida e o que faço com ela e não confia em mim a ponto de acreditar que eu sairia com outra pessoa depois de estar com ele, isso realmente não vai dar certo, então, mesmo que isso pareça apertar meu peito dolorosamente, é melhor terminar antes que tudo fique pior e se torne mais difícil de se por um fim!

Sinto um aperto no estômago e meu coração se acelera um pouco mais quando ouço as portas do hall serem fechadas com força e logo depois seus passos, ele murmura alguma coisa e ouço o som do que imagino serem chaves e mais algumas coisas ser despejadas sobre o aparador de vidro que ficava logo ao lado das portas. Percebo o quão forte estou apertando minha bolsa quando meus dedos e palmas doem, tento tomar uma respiração profunda e ir até ele, mas antes mesmo que eu desse um passo ele quase me fez gritar quando disse meu nome...

–"Angela!" – foi dito de forma fria e pelo que percebi entre dentes, uma palavrinha, apenas meu primeiro nome... mas a forma ameaçadora como disse me fez sentir como se tivesse engolido gelo e perdi toda e qualquer coragem que eu ainda tinha. Ele me veria aqui em algum momento é claro, mas eu não conseguia me mover.

Eu não estava com medo somente da raiva de Davi, eu estava com medo de encarar o que quer que eu fosse encontrar em seus olhos... e se ele me olhasse daquela forma outra vez? Daquele jeito desconfiado e acusador? Daquele jeito furioso, ferido e magoado como fez naquela manhã de segunda-feira depois de ler as mensagens de meu tio?... eu não sei o que vou encontrar naquele azul intenso e isso me deixa apavorada! Ele também pode jogar tudo o que está se passando naquela cabeça atormentada dele em cima de mim com seus gritos e isso também me deixa paralisada.

Mas tenho que enfrentá-lo em algum momento, eu posso dizer quem é 'B' apesar de não poder dizer sobre o que era minha reunião com ele, eu não confio em meu tio e não quero que Davi envolvido em minhas merdas e também saiba que têm de algum jeito os federais investigando o banco... talvez quando meu tio me provar que ele está mesmo do nosso lado eu possa contar a ele, mas até lá era melhor não o preocupar ainda mais...

– Ange-...

– E-eu estou aqui! – digo saindo de meu esconderijo interrompendo-o quando estava pronto para gritar meu nome, não o olhei diretamente tentando retardar ao máximo encarar seu olhar que pode ir de fúria a magoa e eu não me sinto psicologicamente preparada para isso ainda, ao invés disso eu abri mais meus olhos chocada em ver sobre o aparador o que deveria ser seu celular, mas ele está praticamente quebrado ao meio e com o vidro estilhaçado... uma pobre vitima de sua fúria!

Engoli com dificuldade outra vez, mas tentando manter alguma postura sem deixar transparecer minhas emoções aflitas e intensas dentro de mim. Bom, pelo menos foi por isso que não consegui falar com ele, mas também ele não teria recebido nada se Mike tivesse dito a ele que eu estava com Lance. Droga.

Davi continua parado e vejo suas mãos nos bolsos de sua calça jeans, as mesmas que usava quando o deixei na mansão e subi meus olhos por seu corpo tenso o mais lentamente possível enquanto me preparava para o que quer que eu encontre, eu não queria parecer acuada ou intimidada mesmo que por dentro eu estivesse encolhida e tremendo, subindo mais meus olhos vi que usava uma jaqueta de couro marrom por cima da camisa branca. Como imaginei o maxilar de Davi estava tenso como todo o resto de seu corpo, seus lábios estavam fechados e apertados, suas sobrancelhas estavam unidas formando algumas rugas sobre e entre elas, seus cabelos estavam desgrenhados e eu sei que ele deve ter passado as mãos por eles umas centenas de vezes... e finalmente encontrei seus olhos e estavam escuros, intensos e uma fúria sem tamanho emana deles, na verdade de seu corpo todo!

Nesses dois anos em que estive com ele eu jamais o vi tão intimidador... sua simples presença parecia fazer o ar ficar pesado e eu já respirava com dificuldade e era como se eu pudesse ver nuvens pesadas de uma grande tempestade cheia de raios dentro daqueles olhos. Ferrada seria eufemismo para definir minha situação agora! E apesar de eu ter esperado, não havia nada além da obvia ira que mais poderia ser definida como cólera e que eu podia ver o quanto ele parecia estar se segurando enquanto me observa, eu não me atrevo a me mover como se tivesse diante de um leão faminto e selvagem que é exatamente como Davi se parece agora, e estivesse lutando por minha vida. Não é exagero... ele está realmente assustador!

Ele quebra nosso olhar e eu consigo respirar com um pouco mais de facilidade, suspiro quando ele desce os seus olhos obscurecidos por meu corpo arqueando uma sobrancelha no caminho movendo o maxilar tencionando-o ainda mais e eu sentia como se estivesse me tocando fazendo minha pele arrepiada e um calafrio desceu por minha espinha me fazendo estremecer levemente quando ele fixou os olhos em três pontos do meu corpo por alguns segundos a mais, o primeiro foram meus saltos e então subiu até meu ventre e precisei abrir um pouco a boca para poder levar mais ar aos meus pulmões quando a ponta de sua língua deslizou lentamente por seu lábio inferior... aquilo teve seu efeito quente em meu corpo e principalmente entre minhas pernas, e por fim quando sua língua sumiu, seus olhos param em meus seios que subiam e desciam rapidamente quando nem mesmo com a ajuda de minha boca levemente aberta, não entrava ar suficiente!

Eu esperava gritos, acusações e ofensas... eu esperava que ele me encurralasse e me obrigasse a dizer tudo o que ele queria saber, mas ele apenas tirou as mãos dos bolsos da calça me lançou um olhar frio e distante como se ele apenas tivesse apagado toda sua cólera e isso me fez encolher um pouco e então passou por mim desviando de meu corpo, ele parecia ter controlado toda aquela fúria que eu vi explodindo em seus olhos com muita facilidade... e eu não sabia lidar com esse silêncio! E em vez de seu aparente controle e total silêncio me acalmar, estava só me deixando ainda mais desesperada e amedrontada.

Eu queria os gritos, eu saberia lidar com ele aos berros e tudo mais, mas não tinha a menor ideia do que esperar da sua calmaria! Eu sabia que toda essa frieza era apenas superficial, eu sabia que ele estava explodindo por dentro porque eu vi como ele parecia prestes a explodir como um vulcão... eu não tenho a mínima ideia do que ele está pensando agora, foi como se ele tivesse se fechado... exatamente como ele disse que eu fiz uma ou duas vezes!

Soltei um suspiro trêmulo ainda parada em sua sala. Ele não queria que eu visse como estava se sentindo? Ele recuou e se trancou e a culpa é minha que ele não era mais aquele Davi da praia... ele deve estar mais do que só com raiva pra se fechar assim, afinal ele não era um homem que escondia seu ódio quando o sentia, mas quando se tratava de um sentimento diferente, talvez mágoa, ele era um tanto mais cuidadoso...

Você é uma vadia medrosa, Angela! Toma coragem, seja a mulher madura e decidia que sempre foi e vá lá e se explique! Exijo a mim mesma e me viro franzindo o cenho. Onde ele foi? Olho pela sala, mas ele não está e também não subiu as escadas então vou direto para a cozinha e o vejo em uma parte da cozinha que não havia visto antes, bom aquele pequeno balcão próximo as grandes janelas como as da sala não estava ali antes, eu o vi deslizando uma pequena porta em madeira preta que você jamais notaria que existia e vi que era um pequeno bar. Ele se serviu do que imaginei ser uísque e sem nem colocar gelo entornou toda a bebida de uma vez e me encolho outra vez quando ele bate o copo sobre o pequeno balcão se servindo de mais...

– Então, você veio! – diz erguendo seus olhos escuros e frios para mim bebendo com mais calma.

– Você foi bem convincente! – digo tentando não deixar tão evidente meu nervosismo e o quanto estava trêmula, ele apenas arqueou uma sobrancelha e desceu seus olhos novamente por meu corpo me fazendo ainda mais ofegante e com as pernas um tanto amolecidas.

– Atrapalhei sua... reunião? – pergunta e bebe o restante de seu uísque sem desviar seus olhos dos meus, ele soou sarcástico e vi como seus dedos ficaram brancos conforme apertava o copo que ele bateu com força novamente contra o balcão logo depois, eu me encolhi um pouco com o som, mas tentei manter a cabeça erguida e os olhos nos seus, mesmo que os dele estivessem um tanto sombrios e ameaçadores. Davi fica ainda mais assustador quando silencioso e quieto e ainda com aquele olhar gélido como se tivesse um muro de gelo me impedindo de ver sua fúria anterior.

– Não, ela já havia acabado. – digo tentando parecer indiferente ao dar de ombros – mas você não se importaria em ter feito! – digo soando desafiadora, eu queria que ele se desfizesse dessa pose fechada e fria... ele está me deixando ainda mais nervosa e preocupada! Ele se parece com o 'senhor Collins' que sempre dá a má noticia ao empresário falido, ele se veste desse homem frio e então diz que está tudo acabado... e se ele disser isso sobre nós? Sinto aquele aperto dolorido no peito, eu sei que talvez não tenha sido certo começarmos com alguma coisa e sabia que algum dia e de um jeito ou de outro acabaria... eu só esperava que não no mesmo dia em que começou e ainda por causa de meu tio, bom não exatamente, Mike também é grande filho da mãe fofoqueiro!

– Não, eu não me importaria! – diz ele fechando o pequeno bar deixando a parede plana outra vez e seguindo até a pia deixando o copo ali e saindo de detrás do balcão se encosta contra ele cruzando os braços sobre o peito obviamente querendo manter distância, isso fez uma pressão incomodar meu estômago – principalmente porque você fez questão de me ignorar abertamente...

– Isso porque você estava sendo um arrogante mandão! – solto antes que eu pudesse me impedir, Davi ergue as sobrancelhas os olhos brilhando outra vez com aquela fúria contida, bom pelo menos eu consegui tirá-lo daquela frieza toda.

– Eu não estava mandando em você, eu fiz apenas uma pergunta. – diz numa calma ainda mais assustadora que seus gritos, descruzando os braços ele dá passos lentos em minha direção e eu engoli em seco quando vi um brilho ameaçador em seus olhos.

– Não foi apenas uma pergunta! Você disse simplesmente que tinha de saber para cada lugar que eu vou! – digo tentando fazer minha voz soar firme e não trêmula como eu estava agora enquanto Davi se aproximava.

– Talvez não cada lugar, mas somente quando você vai para um restaurante se encontrar com um homem desconhecido e então me ignora completamente me fazendo pensar muitas besteiras... – diz ainda andando em minha direção me fazendo dar passos para trás pra que não chocasse seu corpo com o meu e quando percebi estávamos na sala outra vez.

Davi segura meus braços num aperto quente, firme e sem dor e com aquela inevitável eletricidade e calor excitantes atravessando todo meu corpo, ele continua me guiando até que sinto minhas costas contra o vidro das enormes janelas, eu estava na fresta das cortinas e Davi solta meus braços para colocar as mãos no vidro uma de cada lado de minha cabeça me prendendo

– E vestida assim! – diz com seu hálito com o leve cheiro do uísque soprando meu rosto, franzo o cenho olhando para meu vestido.

– O que há de errado com meu vestido...?

– Não estou falando do maldito vestido! – diz entre dentes me fazendo encolher um pouco, encontro seus olhos agora totalmente acesos, novamente furiosos enquanto os desce por meu corpo. Certo, ele não está falando de meu vestido então...

– Que eu me lembre, foi uma ordem sua! – digo mantendo a cabeça erguida quando seu olhos encontram os meus, ele parece respirar com certa dificuldade quando tenciona seu maxilar e então solta uma daqueles rosnados irritados que fez minha pele se arrepiar e o interior abaixo de meu ventre se contorcer.

– Mas eu não sabia que você estava indo se encontrar outro cara, principalmente porque você decidiu que podia me ignorar... – ele se cala e desce as mãos pelo vidro até deixá-las na altura de meus ombros descendo também seu olhar para o chão parecendo se perder em pensamentos que pareceram deixá-lo ainda mais tenso, eu queria dizer que o outro era meu tio e que era apenas um encontro meio que de família e que não fui sozinha como Mike deve ter dito a ele, mas ele não me deixou falar – você tem ideia das besteiras que eu pensei em fazer? Tem ideia de como eu quis... – ele se cala outra vez erguendo seus olhos atormentados e coléricos para mim me fazendo engolir em seco e um estremecimento atravessou todo meu corpo. – eu quis ir até aquele restaurante e socar quem quer que fosse o outro cara e depois eu... – ele volta a se calar e se afasta, tirando as mãos da janela e fechando os olhos inspira profundamente como se tivesse realmente se esforçando para se controlar. – talvez não tenha sido uma boa ideia você vir. – diz num suspiro passando as mãos pelos cabelos outra vez.

– O que? Por quê? – pergunto sentindo um peso ruim contra meu peito, mas limpo a garganta tentando parecer menos aflita, afinal eu mesma já tinha pensando que não era mesmo uma boa eu ter vindo, mas foi porque eu o imaginei sendo um grande cretino e que fosse gritar comigo... e não que parecesse tão... frio! Eu não tinha outra palavra para descrevê-lo agora. Davi volta a me lançar um olhar ameaçador, mas não era de um jeito ruim, a forma como me olhava parecia que queria me devorar... mas de um jeito diferente, no entanto não era menos quente!

– Porque – diz voltando a me prender contra a janela pondo suas mãos outra vez contra ela na altura de minha cabeça – eu estou repensando alguns dos meus conceitos sobre como devo fazer você entender... – essas pausas estão acabando comigo! Ele sempre se cala quando está pronto a dizer o que o está deixando tão tenso, ele volta a fechar a boca e unir as sobrancelhas e ficar com o olhar um pouco perdido enquanto me olha como se visse muito além de mim e parece tanto furioso quanto perdido e uma sensação estranha me faz querer tocar seu rosto e fazê-lo olhar para mim, ele estava na verdade, mas era como se não me visse realmente e isso me fez sentir um pressentimento ruim!

Mas quando movi minha mão e alcancei seu rosto antes mesmo que eu pudesse sentir sua pele em meus dedos, ele se afastou outra vez dando um passo para trás deixando seus braços caírem do lado de seu corpo assim como faço com o meu e Davi pisca algumas vezes como se tivesse saindo de algum transe e quando seus olhos realmente focam em meu rosto, (que devia estar pálido e transmitindo toda a tensão, confusão e ansiedade que estou sentindo, porque minhas sobrancelhas também estão franzidas, meus dentes estão cravados em meu lábio inferior a ponto de fazer meu corte doer e posso dizer que meus olhos estão tão perdidos quanto os dele), Davi me olha como se fosse a primeira vez, eu me lembro que quando entrei em sua sala e nos vimos pela primeira vez ele me encarou dessa mesma forma... confuso, surpreso, um pouco assustado e muito irritado, mas antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa ele soltou um suspiro e um grunhido estranho e levou as mãos até a cabeça entrelaçando os dedos no cabelo e as deixando ali, me deu as costas dando alguns passos sem uma direção definida parecendo ainda mais atormentado com alguma coisa que ia muito além do que aconteceu entre nós dois nas últimas horas, ia muito além das mensagens e de eu o ter ignorado e tudo o mais... isso na verdade só o estava deixando ainda mais irritado! Engoli meu nervosismo... eu tinha que fazê-lo falar! Esse seu silêncio está me matando!

– Que conceitos, Davi? E me fazer entender o que? – pergunto dando um passo para longe da janela encarando as costas de Davi e pelo que pude perceber deslizou as mãos pele rosto e então as colocou em seus quadris, seus ombros e costas ainda estavam muito tensos e ele balançou sua cabeça algumas vezes quando respirou fundo e audivelmente e não sei exatamente se ele realmente soltou uma risada curta quando expirou, mas acredito que o som que saiu de sua boca foi uma risada. – sabe esse seu silêncio está me deixando nervosa...

– Eu estou te deixando nervosa? – pergunta sarcástico e irritado de um jeito totalmente novo e me fez parar o passo que eu estava prestes a dar. Ok, ele podia estar aparentemente se controlando, mas ainda estava muito furioso, eu não podia me esquecer disso... mas porque ele está prezando tanto pelo seu controle? Ele sempre foi explosivo comigo, na verdade com qualquer um e não tem nenhum sentido que agora ele queira bancar o cara controlado. – acho que fez o mesmo comigo! – diz, ele ainda estava de costas e virou só um pouco sua cabeça pra que eu pudesse ver seu perfil.

– É diferente agora...

– Diferente? – ele fecha as mãos em punhos apertados quando pergunta ainda usando de sarcasmo e pude ver pelo perfil que ele até abriu aquele sorrisinho de lado.

– Sim, é diferente, Davi!

– Por que é diferente?

– Porque foi você quem me mandou vir... temos que conversar...

– E acho que estou me arrependendo de ter feito...

– Por quê? – pergunto um pouco exasperada erguendo as mãos para deixá-las cair ao lado de meu corpo outra vez – Você também não me respondeu sobre os tais conceitos para me fazer entender não sei o que! – Davi volta a rosnar quando termino de falar dando passos para mais longe de mim.

– Por que você tem que ser tão... – ele se cala outra vez me fazendo suspirar frustrada e nervosa. Essas meias conversas estão me deixando tanto irritada quanto com medo! Tem, com certeza, uma revolução acontecendo na cabeça de Davi e ele só fica ali, tenso... meio calado e distante! Afinal o que foi que aconteceu!? Ele vai me deixar maluca e quem vai acabar explodindo sou eu! – por que não me disse com quem era sua reunião? – pergunta e sinto a raiva contida em cada palavra – por que você simplesmente não me respondeu? Foda-se se eu estava sendo um arrogante mandão! – diz finalmente se voltando para mim e ele era o Davi em chamas que eu havia visto quando chegou e apesar de eu ter ficado aliviada que ele já não era o cara frio, ele não deixava de ainda ser intimidador! – você sabe que é assim que eu sou... assim como você é uma arrogante teimosa! – diz quase gritando.

– Eu não sou...

– Sim você é! Você se recusou a me responder e a me atender! E eu fiquei louco imaginando onde você estava... com quem... e depois do que houve com você mais cedo... eu não entendo porque você tem que me deixar tão louco! Não sei como você consegue fazer isso, mas você faz! – diz me lançando um olhar penetrante que me fez encolher um pouco – eu controlo a porcaria de uma rede enorme de bancos...

– Não ache que pode fazer o mesmo comigo, porque você não pode e não vai! – digo erguendo um pouco o queixo lançando um olhar afiado a ele... parece que isso seria mesmo um problema...

– Não, eu não posso! – diz simplesmente relaxando um pouco os ombros, mas ainda tinha aquele olhar intenso, furioso... intimidador. – mas também não pode simplesmente sair por ai para se encontrar com qualquer um sem a maldita calcinha e me deixar falando sozinho!

– Eu...

– E não sei se você me diria que havia saído para um restaurante se eu não tivesse perguntado – diz me interrompendo voltando a ficar completamente tenso e voltando a se aproximar de mim a passos lentos. Bom, Angela, você o queria falando... ai está! – não me diria que estava indo se encontrar com outro homem se meu irmão não tivesse me dito... teria, Angela? – pergunta parando a centímetros do meu corpo me fazendo prender o ar em meus pulmões e sentir que meu coração voltava a querer arrebentar seu caminho para fora de meu peito... seu olhar era tão ameaçador quanto antes, era como se pudesse me queimar até eu virar um montinho de cinzas, isso me fez engolir em seco outra vez e eu tentei não parecer tão acuada e nervosa quando aprumei os ombros e procurava minha voz para responder.

– Seu irmão é um idiota! – é a primeira coisa que consigo dizer e isso faz Davi curvar o canto de sua boca em um sorriso que sumiu rapidamente. – não tinha que se meter...

– Pelo menos ele não me deixou. Sem. Nenhuma. Maldita. Resposta! – diz Davi pausadamente contra meu rosto me fazendo dar um passo para trás e eu estava encurralada contra a janela outra vez.

– Ele também não acha que pode ser meu dono e exigir de mim um relatório de onde estive e com quem estive! – digo tentando manter meu tom firme e desafiador, Davi estreita seus olhos para mim tensionado outra vez o maxilar expirando alto.

– Não disse que era seu dono...

– Você disse que eu era sua... li na mensagem! O "Foda-se se é literal ou não", como isso não é achar que é meu dono!? – pergunto fazendo as aspas com os dedos e alterando minha voz até que eu estava praticamente gritando.

– Isso não importa! – diz ele entre dentes me fazendo abrir mais os olhos. Como é!?

– Como não importa!? Mal começamos com essa coisa maluca entre nós e você age como se realmente pudesse me controlar ou alguma merda assim!?

– Não estou tentando fazer nada disso! – diz se exaltando também batendo as duas mãos contra o vidro da janela nos lados de minha cabeça a fazendo estremecer um pouco, mas eu não tive tempo de me encolher nem de me sentir acuada como antes, eu estava uma mistura de raiva e medo disso acabar realmente mal, que qualquer outro sentimento não influenciava mais! – como você acha que eu devia reagir se você estava arisca e evitando me responder a uma simples pergunta!? O que você acha que eu deveria pensar se você estava me deixando de lado como se simplesmente não se importasse, como se eu não fizesse a mínima diferença!? – o primeiro sinal de mágoa que vi em sua expressão me impediu de responder imediatamente.

Ele realmente se sentiu assim? Senti meu estomago se revirar e um aperto no peito me lembrando de como me senti no dia seguinte do nosso primeiro beijo, de como ele agiu indiferente e como se nada tivesse acontecido... eu não queria entender porque me sentia tão mal naquela época que nem faz tanto tempo assim, mas agora eu sabia que eu fiquei magoada com a facilidade com que ele me ignorou completamente, bom foi um pedido meu, mas ainda sim quando foi que Davi faz o que mando?

Mas eu também não o ignorei agora simplesmente porque foi um idiota, era um encontro tenso e complicado com meu tio e eu não podia deixar que minhas discussões com Davi acabassem por me deixar ainda mais instável e talvez eu não tivesse conseguido me controlar como fiz, tudo bem que Davi me ajudou indiretamente, mas eu não poderia lidar com dois problemas... porém Davi não sabia disso e eu teria de explicar caso eu quisesse tirar aquele olhar dele!

– Por que o outro cara seria mais importante do que eu? Ele é o tal 'B', o mesmo que você disse que não era seu amante? – ele pergunta quando eu fiquei em silêncio pensando em como eu começaria a explicar e de uma forma que ele acreditasse em mim sem precisar de muitos mais detalhes.

– Ele não é meu amante, Davi! – digo recuperando minha voz, Davi volta a estreitar seu olhar para mim e eu via a luta interna que seus pensamentos devem ter travado. – e ele não é mais importante que você!

– Não pareceu! – diz em um tom sombrio – e eu realmente estou usando de todo meu controle para não... – ele se cala e então suas mãos estão em meu quadril e é a primeira vez que ele realmente me toca desde que chegou, ele desliza suas mãos de forma um tanto rude pelos lados de meu corpo subindo de meus quadris até a altura de meus seios e descendo outra vez e então apertando minha carne e seu toque queimou minha pele ainda que tivesse o vestido e eu ofeguei surpresa e também porque eu senti aquela eletricidade e aquele calor que sinto toda vez que me toca com ainda mais força agora. – eu precisei pensar muito sobre como eu faria você entender, Angela... – diz pressionando seu corpo no meu me fazendo ofegar outra vez, ele subiu uma de suas mãos até entrelaçar os dedos em meus cabelos soltos e me fazer inclinar a cabeça um pouco mais para trás e então seu rosto estava a centímetros do meu... seus olhos ainda furiosos, mas agora também levemente dilatados e intensos a ponto de me fazerem sentir invadida... e meu corpo respondendo rapidamente ao seu ataque.

– Entender o que? – pergunto num suspiro sentindo meus lábios roçarem os seus, Davi abre seu sorriso de lado sarcástico e provocador arqueando uma sobrancelha e aquele brilho diferente que crescia em seus olhos estava me fazendo ainda quente e derretida por dentro numa facilidade absurda. Nós estávamos discutindo, não é? Como viemos parar assim?

– Que você é minha! – diz num tom baixo, mas firme que não dava brecha para discussões – não como se você fosse um objeto de posse, Angela... – explica quando vê minhas sobrancelhas franzindo e minha boca se abrindo para protestar, seu tom era autoritário, mas não significa que eu ficaria calada... – minha porque não vou dividir você com mais ninguém, já disse isso algumas vezes, mas melhor do que apenas dizer – ele faz uma pausa e me puxa fazendo minhas costas se afastarem alguns centímetros da janela e leva as mãos até o zíper de meu vestido e quando eu pensei em perguntar o que diabos ele estava pensando em fazer – vou mostrar a você! – diz numa voz rouca e então sua boca estava na minha em um daqueles beijos rudes e possessivos que me arrancavam o fôlego antes mesmo de eu pensar em retribuir, meus lábios doeram principalmente meu ferimento que ainda incomodava, pela forma faminta com que Davi me beija, mas eu não podia me importar menos!

Eu já estava completamente perdida em seus braços agora. Senti quando ele puxou o zíper aberto e o ar um pouco frio contra minhas costas nuas me fez arrepiada, mas não fiz nada para detê-lo, eu só podia beijá-lo de volta quando minha mente estava sendo perdida para a luxúria e o intenso desejo que eu sentia por Davi agora, ele então deslizou o vestido por meus ombros acariciando minha pele no caminho e então quebrou nosso beijo me deixando ofegante e meio desorientada e se baixou para puxar o vestido para baixo de meus quadris e fora de meus pés, Davi ficou de pé dando um pequeno passo para trás e me admirou e eu era incapaz de sentir frio quando seu olhar quente e cheio daquele brilho lascivo e intenso desceu e subiu lentamente por meu corpo acendendo cada partezinha escondida... principalmente a região quente e pulsante entre minhas pernas, seu peito descendo e subindo rápido mostrando o quanto era difícil pra ele também manter a respiração num ritmo normal enquanto eu fiquei parada ali somente com a cinta em rendas segurando as ligas que prendiam as meias que também tinham a base rendada, saltos e sutiã sentindo meu desejo por ele só crescer e me esquecendo momentaneamente do que quer que tenha acontecido antes!

Eu nunca vou ser capaz de me sentir menos do que maravilhosa enquanto eu tiver os olhos de Davi sobre mim, nunca vou ser capaz de me sentir tímida enquanto ele me olhar como se eu fosse a melhor coisa que ele já viu!

– Muito melhor do que a foto! – diz e se aproxima novamente encontrando seus olhos nos meus me fazendo suspirar quando suas mãos deslizaram de meus ombros até minhas mãos e então em um piscar de olhos, eu estava com as costas no vidro frio da janela e minhas mãos estavam presas uma de cada lado de minha cabeça e o corpo de Davi mais uma vez contra o meu, o contraste do vidro frio com seu corpo quente me fez estremecer. – tem ideia do quanto me deixa louco, Angela? – pergunta ele contra meus lábios com a voz rouca e com seus olhos presos nos meus me hipnotizando, me arrancando qualquer pensamento coerente, ele desceu suas mãos por meus braços que eu coloquei logo depois em seus ombros e ele desceu suas mãos pelos meus e continuou incendiando ainda mais meu corpo enquanto suas mãos deslizavam pelos lados do meu corpo por minha pele agora nua da mesma forma firme e possessiva que havia feito quando ainda estava com o vestido e parou em meus quadris bem em cima da cinta a única peça daquela região e senti que podia entrar em combustão rapidamente quando ele colocou os indicadores entre a peça e minha pele e sem mover a peça, passou os dedos para trás em minhas costas e de volta os juntando em meu ventre e então os tirando para colocar as mãos em minhas coxas passando alguns dedos pelas ligas e ofeguei quando uma de suas mãos subiu pelo interior de minha coxa esquerda. – eu quis vir correndo de volta assim que me mandou aquela imagem – diz com a voz ainda mais rouca e profunda e engoliu meu gemido com um beijo lento e sensual exatamente como o movimento de seus dedos quando finalmente alcançaram o ponto pulsante, quente, molhado e livre entre minhas pernas, acho que ele soltou algum tipo de palavrão quando notou o quanto eu já estava necessitada e pronta, eu entrelacei meus dedos em seus cabelos puxando-os levemente e ele rosnou contra minha boca aumentando a pressão fazendo com que todo aquele prazer que corria por meu corpo se acumulasse rapidamente na região onde Davi fazia sua mágica, eu mal conseguia beijá-lo de volta agora que ele apenas movia seus dedos no ritmo e na pressão perfeita... – eu fiquei imaginando diversas maneiras de foder você... – diz ofegante contra minha boca, eu mantinha meu olhos fechados e gemia em resposta sentindo aquela tensão quente e maravilhosa crescer mais e mais... – mas ai você disse que estava saindo! – diz e diminui o ritmo e a pressão me fazendo quase ceder às pernas e gemer em frustração quando perdi o momento! – olhe para mim! – exige voltando a mover os dedos mais rápido fazendo a tensão voltar rapidamente me fazendo mover um pouco o quadril contra sua mão, eu abri os olhos piscando algumas vezes para ver com mais nitidez, eu estava levemente irritada, ele me fez perder o clímax obviamente de propósito, ele disse que faria... o filho da mãe! Davi tinha uma expressão concentrada com as sobrancelhas franzidas e os lábios entreabertos enquanto sua respiração parecia com a minha alta e falha, seus olhos estavam escuros e dilatados e me tiravam o pouco ar que tinha, ele ainda movia seus dedos com a destreza de quem sabia exatamente o que estava fazendo, como sempre! Eu apertei seus cabelos mais firme quando eu sentia que estava perto outra vez, Davi também sabia e sorriu, um sorriso perverso...

– Por favor... – choramingo, mas Davi apenas alarga o sorriso e então coloca a boca contra minha orelha me fazendo estremecer levemente.

– Mas você também decidiu me ignorar! – diz e no momento em que beija meu ponto doce o que seria suficiente pra me fazer alcançar o clímax ele simplesmente tira os dedos e eu descobri que também sei rosnar quando estou irritada e frustrada, tiro minhas mãos de seu cabelo deixando meus braços caírem ao lado de meu corpo com uma vontade imensa de empurrá-lo e acertar sua cara com meu punho, porque tapa seria pouco!

Não existe nada pior do que ser levada ao alto e então alguém te puxar de volta! Volto a abrir meus olhos quando Davi solta uma risada baixa contra meu pescoço e se afasta colocando a mão esquerda apoiada na janela na altura de minha cabeça e o encaro como se o pudesse matar, minha respiração está alta agora mais pela raiva e frustração do que pelo desejo ainda muito ardente entre minhas pernas e minhas mãos fechadas em punhos apertados. Ele não está pensando em me deixar assim, está?

Davi ainda tem um pequeno sorriso presunçoso e me faz ofegar quando leva os dois dedos que estavam em mim há alguns instantes felizes atrás até a boca e o chupa fazendo um som de contentamento que veio do fundo de sua garganta que enviou vibrações direto para o centro entre minhas pernas.

– Você é deliciosa, não me canso do seu gosto! – diz e meus olhos estão fixos em sua boca que se abre em um sorriso ainda maior e então sua boca está na minha, mas ele não me beija como antes e também não pressiona seu corpo no meu ficando a alguns centímetros de distância, ele cola seus lábios fechados nos meus e então prende meu lábio inferior com seus dentes e o puxa levemente me fazendo soltar um gemido alto quando novamente senti o contato vibrar entre minhas pernas e quando tentei tocá-lo, Davi segurou meus pulsos e os prendeu contra a janela um pouco acima de minha cabeça e soltou meu lábio para então beijar somente o canto de minha boca e subiu com beijos leves pela maçã de meu rosto até minha têmpora e voltou a descer até meu maxilar descendo até meu queixo e abaixou meus braços ainda mantendo-os presos contra a janela e deixando minhas mãos agora na altura de meus ombros e então depositou um beijo rápido em meus lábios, foi tão rápido que nem tive a chance de retribuir. – você também precisa saber, Angela – diz e sua boca está em meu ombro direito e sobe lentamente com seus beijos leves que fazem aquela corrente elétrica correr por meu corpo a cada toque de seus lábios – que eu não sou um homem que sabe lidar com frustrações... – continua com sua voz baixa e um pouco rouca, sua boca roçando minha pele me fazendo apoiar a cabeça contra o vidro e fechar os olhos num misto de raiva e prazer, eu queria empurrá-lo para longe pra que parasse com a tortura, mas queria também que ele continuasse com seus beijos... – ficar frustrado não é algo que eu suporte – continua beijando também meu ombro esquerdo subindo e descendo por meu pescoço e passando a língua e os dentes por minha clavícula, voltou para o direito me fazendo respirar cada vez mais difícil e tendo de esfregar as coxas juntas para conseguir pelo menos um pouco de alívio, mas era inútil eu queria soltar minha mão pra eu mesma me aliviar, mas seu aperto era firme! – e menos ainda ser contrariado e eu também já disse isso – diz já beijando meu pescoço e subindo até alcançar meu ponto doce onde passa levemente os dentes me fazendo quase ceder os joelhos e praguejar algo incoerente junto com um gemido, mas então ele voltou a se afastar me tocando somente nos pulsos e volto a abrir os olhos para encará-lo com os olhos estreitados e ver como ele também parecia um misto de raiva e luxúria enquanto descia seus olhos por meu corpo que está um pouco tenso e trêmulo pelo acumulo de desejo não realizado, meu corpo estava sobrecarregado com suas provocações e eu estava perto de explodir ou em lágrimas ou em fúria com gritos e agressões!

Ele está apenas me torturando e por quê? Porque Mike é um filho da puta boca aberta e... porque ele é um tremendo cretino orgulhoso e arrogante demais para simplesmente confiar em mim e também porque eu fui orgulhosa, teimosa e medrosa demais! Mas eu também não podia e não posso deixar Davi acreditar que pode fazer o que quiser comigo...

Mesmo que agora eu esteja pouco me fodendo se Davi quer ou não me controlar... e daí!? Eu só quero que, pelo amor de Deus, ele me toque! Que faça com o corpo o que está brilhando em seus olhos... eu preciso dele e preciso agora! Depois eu posso enfocá-lo até morte, ou só socar sua cara e quebrar seu nariz...

– Como se sente? – pergunta Davi prendendo meus olhos nos seus e pude sentir um pouco de ironia em sua pergunta e a forma desafiadora que me encarou me fez irritada me fazendo ranger um pouco os dentes.

Eu estava ofegante, meu corpo estava trêmulo e meus olhos deviam estar tão dilatados que mal se via o dourado deles e eu estava tão molhada e necessitada que se eu apenas conseguisse alguma pequena fricção em meu clitóris eu conseguiria gozar... mas eu estava completa e absolutamente frustrada! Davi abriu aquele seu sorriso de lado sarcástico e provocador quando leu isso em meu rosto e corpo o que só serviu para me deixar ainda mais irritada e isso ativou meu lado orgulhosa e de 'arrogante teimosa' como ele me chamou.

Eu precisava dele, muito... mais do que qualquer coisa no mundo agora, mas eu não estava admitindo a ele só para fazê-lo se sentir com a razão quando nenhum de nós dois a tinha, claro que eu não diria que estava errada também... pelo menos 'em parte' e uma parte bem pequena quase mínima, porque ele também não tinha de dizer que devia saber sobre cada passo que eu dou pra começar...

– Me sinto ótima! – digo arqueando uma sobrancelha lançando a ele o mesmo molhar desafiante que me dava, Davi abriu mais seu sorriso com uma expressão obviamente cética.

– Mesmo? – pergunta com fingida surpresa e aquele olhar quente e ameaçador e antes que eu pudesse raciocinar ou sequer piscar ele juntou meus pulsos no alto de minha cabeça os prendendo com uma só mão, com um de seus pés empurrou os meus me fazendo abrir um pouco mais as pernas colocou seu corpo outra vez contra o meu e me fez chiar tanto por sentir o quanto ele também estava excitado contra minha coxa quanto por sentir os mesmos dedos que estavam em meu clitóris agora me invadirem, ele suspirou contra o alto de minha cabeça onde tinha sua boca pressionada quando sentiu o quanto mais molhada eu estava e meus músculos internos apertarem ao redor de seus dedos... e se ele os movesse um pouco mais fundo só um pouquinho mais rápido eu poderia... e eu tentei mover meus quadris contra sua mão quando eu estava perdendo minha mente outra vez com o prazer crescendo e crescendo se acumulando ali embaixo e eu precisava só de mais alguns movimentos... mas Davi também percebeu e eu realmente quase chorei quando outra vez ele tirou a mão e perdi outra vez o momento! Eu entendi que ele se sentiu frustrado que eu o tenha ignorado e depois sabendo que foi porque estava (aparentemente sozinha) com um homem desconhecido em um restaurante... realmente entendo, eu também ficaria! Talvez eu devesse ter dito quem era o homem, assim que ele chegou... porque teria evitado que eu me sentisse extremamente frustrada, irritada e com uma ponta de mágoa que está fazendo aquele caroço incomodo de emoção entalar minha garganta. Eu posso entender a situação de Davi, um pouco pelo menos, mas eu não posso suportar isso aqui! Ele simplesmente vai continuar a me provocar até que eu exploda? O que ele espera fazer? Quantas vezes mais ele me negaria...?

– Me solta! – meu pedido saiu numa voz rouca e chorosa e consegui puxar facilmente meus pulsos para fora do aperto de Davi quando ele os soltou assim que pedi, eu não olhei em seu rosto quando me afastei dando um passo hesitante para o lado empurrando seu corpo, minhas pernas estavam trêmulas e amolecidas como o resto de meu corpo, mas consegui dar a volta nele alcançando meu vestido e foi quando me abaixei para pegá-lo que senti o movimento de Davi ao meu lado.

– Angela...

– Pro inferno! – digo fria e calma ainda sem encará-lo, fiquei aliviada que minha voz não saiu embargada e volto a me levantar com o vestido em mãos, eu o alisei pronta a vesti-lo. Ele me deu alguma chance para explicar? Não me lembro de ele ter me deixado falar! Mas eu também não falei quando tive a oportunidade... eu só devia ter soltado tudo de uma vez sem o medo da reação de Davi, teria evitado essa merda! Eu estou odiando tanto ele agora... porque independente do que eu fiz, ele estava sendo um tanto radical com essa tortura toda!

– O que está fazendo? – pergunta sua voz num sussurro, eu senti que sua pergunta não era exatamente porque eu estava me vestindo, eu senti que ele estava se referindo a 'nós' e isso fez o caroço embolado em minha garganta aumentar, então eu ignorei a real pergunta.

– Me vestindo, o que acha!? – respondo puxando o vestido por meu quadril. – estou indo pra casa também – continuo finalmente me voltando para ele enquanto passava os braços pelas mangas do vestido, ele era o 'senhor Collins' outra vez, mãos nos bolsos da calça e todo tenso, vestindo uma máscara impassível e fria como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse me torturado há um segundo, isso só me fez mais furiosa.

Eu sei que desviei totalmente do assunto atacando-o sobre suas mensagens, inacreditáveis, inaceitáveis e malucas sim, mas eu só devia ter me explicado direito, ter dito ao menos uma parte da verdade pra acalmar um pouco as coisas, mas eu acabei fugindo. "– ... eu estou repensando alguns dos meus conceitos sobre como devo fazer você entender...". Acho que agora entendi o que isso queria dizer, mas ainda que eu tenha dificultado as coisas, ele não tinha que agir como um tremendo filho da puta!

Não era justo que esteja reagindo tão mal! Por que ele não fez como em sua sala e simplesmente não me encheu de perguntas? Eu teria achado menos ofensivo e doloroso. Consigo fechar o zíper com mais facilidade do que na primeira vez

– Talvez fazer o trabalho sozinha porque acho que alguém mentiu sobre não ser a porra de um sádico! – digo e até o fim da frase eu estava gritando sentindo meus olhos queimarem com as lágrimas quentes, Davi fechou ainda mais a cara unindo as sobrancelhas e tencionando o maxilar eu vi também um brilho estranho passar por seus olhos ao ver meus olhos marejados, seus ombros caíram de repente e ergueu as sobrancelhas os lábios se entreabriram e abriu mais os olhos quando ele pareceu realmente me ver pela primeira vez desde que chegou e talvez percebido o que tinha acabado de fazer e ele pareceu... decepcionado? Não sei exatamente, não fiquei encarando-o por mais tempo, só peguei minha bolsa também caída no chão perto da janela e ajeitei meu vestido puxando-o para baixo e pisquei algumas vezes para fazer as lágrimas irem embora. Isso é o fim? Acho que sim... pensar nisso não ajuda a fazer as lágrimas sumirem, só piora na verdade! Eu tento dar alguns passos para longe da janela e em direção ao outro lado onde está o precioso elevador, mas não chego muito longe.

– Angela, espera! – diz Davi pegando em meu braço e me fazendo girar e de repente ele está tentar tocar meu rosto, mas eu tento empurrá-lo para longe batendo contra seu peito.

– Sai! Me solta... não quero que toque em mim! – grito enquanto ele ainda tenta me segurar.

– Não vou deixar que vá embora assim! Não quero que me deixe...

– Devia ter pensado nisso quando estava me torturando, seu grande cretino, sádico, desgraçado... – grito batendo minha bolsa contra seu peito, o som dos comprimidos de repente autos demais. Consegui que me soltasse, eu ainda dou dois passos cambaleantes para trás enquanto respirava com dificuldade e senti a lágrima descer por meu rosto, mas eu a seco imediatamente encarando um Davi atormentado e ainda irritado.

– Já disse que não sou sádico... – diz tirando a jaqueta de couro marrom jogando-a em qualquer lugar longe descontando sua raiva na peça de roupa.

– Não pareceu! Até quando ia... ia...?

– Eu só estava... você tem o dom de me enlouquecer, Angela!

– Mas a culpa não é minha por você ser... por ter agido tão... – eu não conseguia encontrar palavras que definissem toda essa situação e quanto eu me sentia dolorida em todos os lugares, ferida e magoada – não pode me culpar, não tem o direito...

– Não, eu não tenho! – diz me interrompendo – e não vou... mas essa sua maneira de agir como se não se importasse, como se eu nem... como se nós... – ele se cala passando as mãos pelos cabelos me olhando com aquela intensidade hipnotizante me fazendo estremecer por dentro – eu não posso ter qualquer controle sobre você e eu seria louco se eu ao menos tentasse, mas isso ainda me faz sentir como se a qualquer momento você fosse escapar por entre meus dedos e eu não poderia fazer nada... isso é absolutamente frustrante e eu só queria que você entendesse como é... – ele dá alguns passos na minha direção e sou incapaz de me afastar sentindo o peso de suas palavras fazerem meu coração se acelerar e eu me afundar um pouco mais em meus sentimentos por ele, e ainda tem a forma como Davi me olha... Deus, ele está conseguindo fazer minha raiva vacilar numa facilidade que me deixa assustada! Não devia ser assim... – talvez eu tenha sido um pouco duro e passado dos limites – ele se calou outra vez aquela decepção e até um pouco de melancolia, como se sentisse tristeza – eu passei dos limites, eu não queria fazer nada daquilo...

– Mas fez... – minha voz saiu fraca e quebrada com a mágoa e a raiva voltaram a se sobrepor sobre qualquer outro sentimento, Davi fechou os olhos por um segundo abaixando a cabeça e balançando-a levemente, quando voltou a olhar em meus olhos pareciam abatidos, sua raiva anterior nem pareceu ter existido...

– Eu sei, eu devia ter mandado você pra casa, eu sabia que não devia... mas as coisas saíram do controle, eu... eu sinto muito... – abri a boca para dizer que não bastariam apenas palavras, mas ele se adiantou me interrompendo – só quero que entenda que seja como for, eu não vou deixar que vá a lugar nenhum se isso a levar pra longe de mim... não se eu puder evitar, não quero te perder Angela, não quando finalmente conseguimos ter... nós. – diz parando a centímetros de distância olhando um pouco para baixo e para mim enquanto olho para cima para poder encará-lo.

Eu senti aquelas vibrações no estômago, mais conhecidas como borboletas agitadas quando eu vi que mais do que apenas palavras, Davi estava sendo sincero... eu podia ver em seus olhos. Meu corpo traidor vibrava de contentamento com suas palavras, ele se desculpou, não que eu vá desculpá-lo tão facilmente assim... mas não era isso que mais me preocupava, Davi estava falando muito sério e eu sei que os problemas com minha mente talvez não se agravem, mas é apenas um 'talvez'! E ainda há meu tio e sua ajuda... se ele estiver mentindo? Se ele estiver aqui só pra foder ainda mais com as coisas no banco? E se Davi descobrir que eu aceitei a ajuda de meu tio presidiário e então Ben nos prejudicar e acabar com a família Collins? Se eu precisar ir para longe? O que vai acontecer?

– Angela, não faça isso! – Davi me pede em seu tom autoritário me fazendo sair de minha cabeça.

– Fazer o que? – pergunto no mesmo tom.

– Se fechar – diz aproximando seu rosto do meu me fazendo suspirar. – seja o que for que estiver pensando, esqueça! – continua ainda em seu tom mandão.

– Você não entende...

– A única coisa que tem de saber é que agora você é...

– Sua? – pergunto sarcástica interrompendo-o, Davi arqueou uma sobrancelha e abriu um pequeno sorriso.

– Aprendeu finalmente?

– Não aprendi nada! – digo séria, ainda que num tom desafiador – eu ainda quero socar seu rosto bonito pelo que fez! Eu posso entender um pouco dessa sua mente pervertida, Davi... suas desculpas não são o bastante, o que fez foi mais do que eu realmente merecia! – digo minha voz falhando na ultima palavra, Davi franze o cenho e me encara como se pensasse profundamente no que cabei de dizer, mas o sorrisinho no canto de sua boca denunciou a mudança de seu humor.

– Talvez! – diz simplesmente e eu estreito meus olhos para ele.

– Talvez é o caralho! – grito atingindo seu rosto com um tapa com menos força do que gostaria, mas o suficiente para fazê-lo virar o rosto e o som do impacto soar alto. Davi volta a me encarar com um olhar escuro e ameaçador que fez algo quente descer por minha espinha e se alojar abaixo de meu ventre e no instante seguinte eu estava outra vez contra a janela as mãos de Davi em cada lado de meu rosto e sua boca na minha me invadindo e me revirando toda, fazendo todas as preocupações e medos em minha cabeça de dissolverem no desejo! Insano e doentio... é como nossa estranha relação funciona aparentemente!

– Eu não planejei castigá-la como fiz... – diz quando quebra o beijo, ele estava ofegante como eu e minhas mãos estavam espalmadas contra seu peito, mas eu não tinha a menor intenção de afastá-lo. – pelo contrário – continuou e suas mãos estavam no zíper de meu vestido de novo, mas ele não foi calmo dessa vez ele o abriu junto com o sutiã e praticamente os arrancou de mim me fazendo segurar em seus ombros quando passou o vestido por meus pés e o jogou atrás de seu corpo e voltou a me atacar com seu beijo possessivo enquanto suas mãos subiram por minha cintura até meus seios que ele apertou com força me fazendo gemer contra sua boca. Eu fiquei em chamas muito facilmente já que meu corpo ainda estava sob o efeito de suas provocações anteriores... e porque Davi sabia muito bem como me fazer entrar em combustão! Ele levou as mãos novamente até meu rosto e entrelaçou os dedos em meus cabelos logo depois – eu pensei e vou foder você... – diz rouco e a vibração de sua voz estava fazendo estragos por todo meu corpo. – duro – continua e sua boca está em meu pescoço me devorando com beijo e mordidas quentes e que estavam enviando sinais direto para meu centro e suas mãos estão de volta aos meus seios. – com tanta força, tão completamente, que não haverá nenhuma dúvida de que você é minha! – Suas palavras eram quentes, determinadas, e cheias de muita promessa que eu sabia, sem dúvida que ele falou a verdade e eu mal podia esperar por isso, afinal nada mais justo depois de ele ter me negado antes... – está pronta pra isso, Angel? – pergunta com sua boca contra minha orelha me fazendo estremecer quando sussurrou meu apelido de uma forma tão quente e sexy como nunca havia soado antes e como só ele poderia fazer ser! Mas eu não consegui responder com mais do que gemidos quando uma de suas mãos deixou meu seio e alcançou outra vez entre minhas pernas – eu não ouvi! – diz ele de modo severo afastando seu corpo do meu, mas sem quebrar o contato de seus dedos entre minhas pernas, no entanto ele diminuiu a intensidade dos movimentos o que me fez trincar os dentes e apertar minhas unhas em seus ombros, Davi apenas abriu um sorriso de lado desafiador e me olhava com os olhos dilatados e intensos fazendo-me ainda mais quente... se é que era possível!

– Inferno, Davi... é claro que estou... – então sua boca estava na minha e minhas mãos deslizaram por seu peito e foram até o cós de sua calça onde eu a desabotoei com pressa – vamos ver se você está! – digo contra sua boca e ele fez um barulho baixo irritado profundamente em sua garganta quase como um rosnado e a próxima coisa que senti foi a janela fria contra meus seios e nem percebi como foi que consegui me equilibrar nos saltos que ainda usava, ofeguei com o contraste da temperatura, afinal meu corpo estava em chamas... sua mão estava de volta entre minhas pernas exercendo aquela pressão perfeita em seus movimentos sobre meu clitóris antes mesmo de eu sentir falta!

– Vai sentir o quanto! – diz com sua boca contra minha orelha e chutou minhas pernas abertas como havia feito antes com seu corpo grande e forte contra minhas costas e puxou meus quadris para trás e soltei um gemido alto no instante em que o senti me preenchendo empurrando para dentro de mim ao mesmo tempo em que deslizava a mão livre por minhas costas até meu quadril e cravou os dentes logo abaixo do lóbulo de minha orelha em meu ponto doce e ainda soltava aquele seu gemido grave vindo do fundo da garganta e tudo junto com o movimento de seus dedos em meu clitóris... foi mais do que eu poderia aguentar!

O calor se espalhou pela minha espinha, em torno de meus quadris e principalmente entre minhas pernas e automaticamente empurrei de volta contra Davi batendo as mãos contra o vidro e fechando os olhos com força quando meu corpo estremeceu enquanto as ondas de prazer se espalhavam por meu corpo fazendo minha respiração ficar entrecortada e meus joelhos cederam, mas Davi envolveu seus braços ao meu redor me mantendo firme contra seu corpo. Quando voltei a abrir os olhos com a sensação de meu clímax se dissipando eu vi Manhattan lá fora e me senti como se pudessem me ver aqui... e sorri estranhamente gostando dessa sensação! Eu devo estar ficando louca, Davi está ferrando ainda mais minha mente!

– Então... – a voz rouca de Davi ainda contra minha orelha me fez encolher um pouco e ele gemeu contra meu pescoço quando a apertei ainda dentro de mim, me fazendo arrepiada, ele joga meus cabelos para o lado e tenciono outra vez quando sinto sua respiração em minha nuca – é incrível pra caralho quando faz isso! – sussurra contra minha pele passando os dentes por ela e logo depois beijando me fazendo investir contra ele outra vez. Davi coloca suas mãos sobre as minhas que ainda estavam no vidro da janela e distribui seus beijos de minha nuca até meu ombro e voltando para meu pescoço até alcançar minha orelha. – quantos orgasmos eu neguei a você? – pergunta tomando o lóbulo de minha orelha entre os dentes logo depois me fazendo ofegar quando começou a realmente se mover e quando abri a boca para responder ele investiu com força contra mim e tudo o que saiu de minha boca foi mais um gemido. – quantos? – insiste com um rosnado e eu apoio a testa contra o vidro respirando com dificuldade sentindo que eu estava construindo mais um dos intensos orgasmos que Davi consegue me dar.

– T-três... Deus do céu... três! – quase grito quando Davi se move contra meu corpo como prometeu fazer... duro e forte!

– Vamos compensar isso então!

– É bom que faça... – perdi as palavras novamente para outro gemido alto quando ele tinha sua boca e língua em meu ponto doce.

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