A Dimensão Das Estrelas / Vol...

By Nunes90

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Sophia Wood é completamente apaixonada por livros de fantasia. Trabalhando em uma editora de Londres e tendo... More

DIREITOS AUTORAIS!
A Dimensão das Estrelas.
Prólogo.
Capítulo 2: Romance.
Capítulo 3: Crepúsculo.
Capítulo 4: Tempestade.
Capítulo 5: Esbarrão.
Capítulo 6: Trovões.
Capítulo 7: Constelações.
Capítulo 8: Bruxas.
Capítulo 9: Magia.
Capítulo 10: Olhos Amarelos.
Capítulo 11: Srta. Johnson.
Capítulo 12: Dimensões.
Aesthetic + Mapa
Capítulo 13: Estrelas.
Capítulo 14: Convenção das bruxas.
Capítulo 15: Um acordo.
Capítulo 16: Acidente de carro.
Capítulo 17: Metade Bruxo.
Capítulo 18: Família Real.
Capítulo 19: Terra da Fantasia.
Capítulo 20: Princesa Ashley.
Capítulo 21: Vossa alteza.
Capítulo 22: Terras Bruxas.
Capítulo 23: Mundo Inferior.
Capítulo 24: Estilhaçados.
Capítulo 25: Conto de Fadas.
Capítulo 26: Motivo maior.
Capítulo 27: Fadinhas.
Capítulo 28: Marca de nascença.
Capítulo 29: Altadena.
Capítulo 30: Convite de casamento.
Capítulo 31: Damas de companhia.
Capítulo 32: Tintas e pincéis.
Capítulo 33: Seis dias.
Capítulo 34: Longe de ser uma dama.
Capítulo 35: Corte de Del Mar.
Capítulo 36: O reino das estrelas.
Capítulo 37: Príncipe James.
Capítulo 38: Mundo mágico.
Capítulo 39: Livro de bruxaria.
Capítulo 40: Mestiça.
Capítulo 41: Vestido de noiva.
Capítulo 42: A famosa noiva.
Capítulo 43: Princesa de Thoreau.
Capítulo 44: Sinto muito!
Capítulo 45: Viaturas.
Capítulo 46: Como se tornar uma bruxa.
Capítulo 47: O conto das estrelas.
Capítulo 48: Aliados.
Capítulo 49: A arte da guerra.
Capítulo 50: Pedra dimensional.
Capítulo 51: Noiva de mentira.
Capítulo 52: Oi, bruxinha.
Capítulo 53: Velará.
Capítulo 54: Ruas de pedra.
Capítulo 55: Londres.
Capítulo 56: Livro de romance.
Capítulo 57: Bruxa velha.
Capítulo 58: Está fugindo, Sophia?
Capítulo 59: Quero que seja minha rainha.
Capítulo 60: Lágrimas de Sangue.
Capítulo 61: Bandeira branca.
Capítulo 62: Novas leis.
Capítulo 63: Nunca irrite uma princesa rejeitada.
Capítulo 64: Poção de cura.
Capítulo 65: Túmulos.
Capítulo 66: Rainha bruxa.
Epílogo.
O Reino das Estrelas.

Capítulo 1: Atrasada.

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By Nunes90

Londres, Inglaterra

Sophia

Meus olhos se abriram com o barulho incessante do despertador. A cor acinzentada estava presente atrás da cortina branca, o que significava que seria outro dia chuvoso em Londres. Me sentei na cama sentindo mais sono do que nunca. Eu podia dormir oito horas seguidas, mas ainda sim acordava como se tivesse dormido apenas por cinco minutos.

Movi minhas pernas para fora da cama. Meus pés descalços tocaram no piso gelado, me fazendo ter um arrepio. Ergui meu corpo e senti uma pontada de dor na cabeça, que me fez cair sentada no colchão.

Eu sabia de quem era a culpa por isso. Maldita ressaca e maldita hora que eu aceitei ir naquela balada com Katie. Levantei esfregando as têmporas e dando um enorme bocejo. Saí do meu pequeno quarto e cheguei na minha pequena sala. Meu apartamento não era grande coisa. Katie sempre me diz para me mudar para algo melhor. Mas eu moro nesse apartamento desde que recebi meu primeiro salário na editora.

Parei na frente dos armários da cozinha e mexi em tudo até achar o remédio para dor de cabeça. Coloquei ele na boca e engoli na mesma hora. Pude ver no relógio de parede que eu estava três minutos atrasada para o trabalho.

—Excelente, Sophia. —Murmurei para mim mesma, enquanto corria de volta para o quarto e pegava a primeira peça de roupa que vi.

Meu cabelo ruivo estava em um péssimo estado, me fazendo amarrá-lo em um rabo de cavalo desajeitado. Estava com olheiras embaixo do par de olhos verdes claros. Peguei meu blazer e minha bolsa e corri para fora do apartamento.

Assim que passei pelas portas duplas de vidro do prédio, senti o vento gelado contra mim, me fazendo encolher no mesmo lugar. Corri para a calçada e chamei o primeiro táxi que apareceu. Outro motivo que faz Katie me incomodar. O fato de eu ter dinheiro, mas nunca sequer pensar em comprar um carro.

Olhei para a tela do celular, vendo várias mensagens de Katie e algumas de Dominic, meu chefe. Meu olhos correram para a hora, vendo que eu estava dez minutos atrasada. Apaguei a tela do celular e encarei as ruas de Londres, enquanto o táxi percorria o trânsito.

Talvez Dominic me demitisse dessa vez. Não é a primeira vez que vou chegar atrasada e muito menos será a última. Eu sou uma espécie de imã para desastres e vergonhas. E eles sempre tendem a acontecer quando estou indo para o trabalho.

O táxi parou na frente do prédio com o grande letreiro escrito Faber & Faber. Eu desci correndo, enquanto as primeiras gotas de chuva caiam do céu escuro. Nesse momento eu me lembrei que tinha esquecido o guarda-chuva em casa.

Passei pela porta giratória e acenei para Lily do outro lado do balcão. Cheguei na frente do elevador e apertei o botão várias e várias vezes. Olhei para o relógio no meu punho, vendo que agora eram quinze minutos atrasada. Bufei irritada quando o elevador demorou a abrir. Voltei a apertar o botão incessantemente.

—Calma, Sophia. —Eu virei para trás, vendo a figura de cabelos cor de chocolate e de olhos castanhos se aproximando. —Atrasada?

—-Infelizmente. —Andrei abriu um sorriso divertido para mim, quando voltei a apertar o botão do elevador. —Maldição, por que ele tem que demorar tanto?

—Calma. —Ele riu e parou ao meu lado, tombando a cabeça para o lado. —Você é impaciente demais.

—Eu estou atrasada! —Afirmei, e ele balançou a cabeça negativamente e sorriu.

—Relaxe, Dominic não liga pra isso. E ele quase nunca vê nada mesmo. —Comentou, e eu tive que concordar. Dominic era desligado demais para um chefe. A porta do elevador se abriu e eu soltei um suspiro de alívio, ouvindo a risada de Andrei ao meu lado

—Falou com ele? —Questionei quando entramos no elevador e a porta se fechou. Andrei abriu um sorriso sem graça e negou com a cabeça. —Por que não?

—Fiquei nervoso. Vai que ele tem um namorado, ou até mesmo uma namorada. —Ele passou a mão sobre o terno. —Não quero ser motivo de fofocas.

—Você não vai ser. E se ele rir de você, eu e Katie descemos até o RH e o jogamos pela janela. —Andrei soltou uma risada e eu saí para o corredor quando a porta se abriu, me virando para encara-lo. —Vai falar com ele. Tenho certeza que ele tem uma quedinha por você também.

Andrei sorriu e eu pisquei pra ele, antes de correr para minha sala.

[...]

Coloquei os pés para fora do prédio, olhando para rua repleta de pessoas com guarda-chuvas. Suspirei pesadamente quando meu celular começou a tocar. Catei ele de dentro da bolsa e olhei para a tela.

Katie - Já saiu do trabalho?

Katie nem mesmo esperou eu dizer "Alô". Soltei uma risada e comecei a caminhar pela rua.

Sophia - Sim, eu já saí. Estou indo para o restaurante almoçar.

Katie - Que voz irritada é essa do outro lado da linha?

Sophia - Eu cheguei atrasada no trabalho por sua culpa. A sua sorte é que Dominic não brigou comigo.

Katie - Está com raiva do que então? Ele não brigou com você, então é porque não ligou para seu atraso.

Eu soltei uma risada amarga e atravessei a rua, me aproximando do restaurante que eu sempre frequentei, enquanto as gotas de chuva caiam nos meus cabelos.

Sophia - Ah, ele parecia meio absorto hoje. Pessoal da editora disse que ele estava esperando alguém.

Katie - Quem? Acha que é algum escritor novo?

Sophia - Eu não sei. Pra ele parecer tão ansioso deve ser alguém muito, mas muito importante mesmo.

Assim que passei pela porta do restaurante, desliguei o celular e visualizei Katie do outro lado do restaurante. Caminhei pesadamente até a mesa em que ela estava e me sentei à sua frente. Katie estava com um vestido bordô, que combinava com seu batom vermelho. O cabelo moreno preso em uma grande trança. E os olhos âmbar bem destacados no seu rosto.

—Olá, minha doce gelatina de morango. —Cantarolou provocativa.

—Oi pra você também, Katie. —Exclamei irritada. —Estou morrendo de sono.

—E a culpa é minha, não é? Assim como você chegar atrasada no trabalho? —Questionou, assim que o garçom apareceu com os cardápios.

—Sim, você me obrigou a ir naquela balada doída. —Suspirei e dei um gole na taça de água. —Sabe que eu odeio esse tipo de lugar. Só vou porque você praticamente me implora.

—Sim, porque eu acho que você precisa se divertir. Se abrir mais para as pessoas. —Afirmou e eu balancei a cabeça negativamente.

—Toda vez que eu vou em algo assim, eu acabo passando uma vergonha. Essas baladas só servem pra eu fazer coisa errada. —Declarei e ela começou a rir. —Ontem mesmo eu derrubei bebida no vestido de uma garota.

—Isso é normal. Ela tava bêbada e nem notou. —Katie afirmou, tentando segurar uma risada.

—Ah sim, e aquele vaso quebrado na entrada da boate? O segurança não tava bêbado. —Resmunguei, e fechei a cara ao ver Katie vermelha pela vontade de rir.

—Ate agora tô tentando entender como você conseguiu quebrar aquele vaso. —Katie gargalhou de novo e eu acabei acompanhando ela dessa vez. Nós duas paramos de rir quando o garçom voltou com nossos pratos e nos encarou como se fossemos loucas.

—Sabe o que você precisa? —Eu fiz um sinal com a cabeça para ela continuar. —De um namorado.

—O que? —Exclamei surpresa e balancei a cabeça negativamente. —Está louca?

—É sério. Assim você para de ser tão tímida e fechada. —Ela sorriu divertida e eu a encarei com os olhos curvados. —Podemos ir para uma balada hoje a noite de novo e achar um pretendente.

—De jeito nenhum! —Eu bati na mesa com a mão e todos me encaram. Katie segurou o riso, enquanto eu me encolhia de vergonha. —Eu não vou em outra balada com você e não quero um namorado.

—Sophia, pelo amor de Deus. —Ela balançou a cabeça. —Você tem quase vinte dois anos. Nunca namorou uma vez na vida. Já está mais do que na hora de conhecer alguém.

—Eu não quero. —Suspirei impaciente e ela ficou séria.

—Ainda presa ao passado? —Eu olhei para o meu prato, enquanto apenas brincava com o garfo na minha mão.

—Não estou presa ao passado. —Sussurrei. —Só não quero criar sentimentos por ninguém.

—Não estamos mais naquele orfanato, Sophia. —Katie sussurrou para mim e eu a encarei. —Você não pode passar a vida presa a esse sentimento que te cerca desde aquela época.

—Você não entende...

—Eu entendo, sim. —Exclamou. —Eu vivi lá com você. Passei por isso também. Nós duas perdemos pessoas. Eu aprendi a lidar com esse sentimento e você também deveria. —Ela soltou um suspiro e segurou minha mão em cima da mesa. —Eu sei que você não quer se apegar a ninguém e correr o risco de sofrer, mas isso é natural.

—Eu ainda lembro da sensação, Katie. —Uma lágrima caiu do meu rosto. —Da sensação de estar naquele quarto repleto de camas e de chorar a noite toda lembrando dos meus pais. De como eu perdi os dois.

—Eu sei. —Ela murmurou e apertou minha mão. —É por isso que acho que você deveria se abrir mais para o mundo. Deixar sua vida monótona de lado.

Eu fiquei em silêncio encarando meu prato, assim como Katie fez. Nós duas passamos o restante da hora do almoço em completo silêncio. Aquela conversa me fez ter lembranças de uma época que eu não gostava.

—Vou passar na sua casa às oito. Esteja pronta. —Katia afirmou, assim que passamos pela porta do restaurante.

—Pronta pra que? —Indaguei confusa.

—Festa. —Eu soltei um muxoxo que fez Katie rir.

—Meu Deus, Katie. Eu te odeio, sabia? —Ela soltou uma risada e fez sinal para um táxi.

—Não, meu anjo. Você me ama, isso sim. —Eu dei um tapa no seu braço, arrancando uma gargalhada dela.

Nossos sorrisos morreram quando um carro passou voando por cima de uma poça, fazendo a água se levantar e vir direto na nossa direção da calçada. Um segundo depois nós duas estávamos cobertas por água suja.

—Puta que pariu! —Nós duas falamos juntas.

Aquele definitivamente era um péssimo dia.



Continua...

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