Como prometi... uma das poucas vezes que consegui cumprir!
'Ange'
Eu não sabia que horas eram quando acordei toda entrelaçada a Davi, meu rosto em seu peito quente que descia e subia tranquilamente, seu braço me segurava contra ele enquanto eu também tinha o meu prendendo-o a mim, minha perna estava sobre seus quadris e seu queixo estava praticamente apoiado em minha cabeça, mas eu tentei afastá-la erguendo para longe de seu peito pra poder admirá-lo. Ele tinha os lábios entreabertos e precisei morder o meu para não beijá-lo...
Eu não sei exatamente o que é que eu sinto por Davi, mas enquanto eu o vejo tão tranquilo com seus cabelos desgrenhados com algumas mechas caindo sobre sua testa quase sobre os olhos parecendo tanto com o menino que foi um dia quanto com o homem lindo e sexy que é hoje com a barba despontando por seu rosto... eu não posso concordar ainda mais com o que ele disse na praia, seja o que for que nós temos, é maior do que qualquer coisa que possa me manter longe.
Abro um sorriso sentindo uma sensação me invadir por dentro que eu nunca senti antes... algo que me fez suspirar quando meu coração disparou só de poder tocá-lo levemente deslizando meu indicador de seu queixo até o maxilar fazendo Davi franzir levemente as sobrancelhas, mas não se move ou abre os olhos, aproveito para afastar seus cabelos de sua testa sentindo-o liso e macio em meus dedos, sinto o braço de Davi me apertar com mais força quando suspira e se mexe contra mim, mas logo depois relaxa e acho que estava mesmo num sono profundo.
– Tão lindo! – suspiro sentindo como se não fosse capaz de... perdê-lo! Eu queria poder acordar todos os dias com uma vista como essa, queria poder me sentir segura como me sinto quando estou em seus braços, também todos os dias! Eu estou completamente ferrada quando penso que eu realmente sinto que é absolutamente impossível deixá-lo! Como poderia?
Eu sinto o ar me faltar e um aperto dolorido em meu peito só de pensar em ficar longe... Como foi que isso chegou a esse ponto de me sentir tão profundamente ligada a Davi? Quando isso aconteceu? E por que Davi? De todas as pessoas que eu poderia conhecer, por que justo Davi tinha de despertar em mim essa necessidade de estar junto, de... mais do que apenas existir, viver sem o medo de perder a mente!?
Franzo o cenho pensando naquela palavra outra vez. Amor. Mas balanço levemente a cabeça decidindo que não é bom que eu pense muito sobre isso, não quero ficar toda tensa e apreensiva, não agora que eu tenho Davi comigo.
Volto a sorrir pensando em uma forma bastante interessante de acordá-lo. Tiro com facilidade seu braço de minhas costelas e o mais sutil e lentamente possível escorrego por seu corpo até estar montada em suas coxas vendo sua ereção matinal através da boxer, puxei meus cabelos em um coque emaranhado e num movimento cuidadoso eu o tinha em minha boca empurrando-o profundamente em minha garganta e ouço quando Davi murmura alguma coisa e então solta aquele gemido grave que também me fez gemer ao seu redor quando senti o som que soltou enviar vibrações por meu corpo acordando cada parte dele e me aquecendo...
– Ange! – sua voz rouca e profunda praticamente gemendo meu nome... porra, foi a melhor coisa que eu já ouvi! Foi como se tivesse tocado meu centro e minha intimidade se contorceu me fazendo gemer outra vez e intensificar meu movimentos. – Angela? – ele parecia um pouco surpreso dessa vez, mas gemeu outra vez quando minha mão encontrou aquele ponto atrás de suas bolas que o fez investir contra meu rosto mesmo que inconscientemente. Ergui meus olhos para vê-lo me observando com os lábios entreabertos com os olhos escurecidos em desejo e algo mais que me fez ainda mais empenhada. Mas Davi não veio em minha boca, porque antes disso ele apenas pegou meu rosto e me puxou para cima rolando-me até ter seu corpo sobre o meu.
– Posso facilmente me acostumar em ser acordado assim! – diz puxando minhas pernas ao seu redor e encontrando seu caminho para dentro de mim e engoliu meu gemido com um beijo longo e calmo enquanto eu afundava outra vez minhas unhas dessa vez em seus bíceps. Eu ainda me sentia dolorida e em um primeiro momento incomodou, mas agora que ele estava me beijando, mas não se movia eu senti que eu precisava que se movesse – me esqueci, você está bem? – pergunta Davi afastando o rosto do meu apoiando-se em seus cotovelos, eu o sentia tenso enquanto se obrigava a se controlar e se manter imóvel, sua respiração era difícil e eu podia senti-lo pulsando dentro de mim por estar incrivelmente sensível... incomodava, mas o crescente prazer fazia a necessidade de alívio se tornar mais importante... Davi tinha um olhar escuro e concentrado com as sobrancelhas unidas que eu achei uma graça.
– Se continuar parado ai, eu mesma vou fazer isso. – digo apertando minhas pernas com uma pouco mais de força ao seu redor e rebolando contra ele fazendo-o soltar um silvo entre dentes e ceder o corpo sobre o meu enfiando o rosto em meu pescoço.
– Tem certeza? – ouço sua voz abafada contra minha pele, ele ainda estava tenso.
– Sim, eu preciso de você... por favor! – Davi solta seu rosnado dessa vez contra minha orelha fazendo meu corpo se arrepiar e finalmente começou a me levar para o alto...
***
– Não quero que vá embora – diz Davi entrando no banheiro enquanto penteava meus cabelos enrolada em uma grande toalha, ele estava vestindo uma camiseta branca que me deixava ver parte de sua tatuagem em seu bíceps e uma calça moletom preta dessa vez, eu perguntei quantas daquelas ele tinha e me surpreendi quando disse –"Várias, são confortáveis!" – e então deu de ombros, ele se encostou ao batente da porta e me observou pelo reflexo do espelho.
Eu quis tomar um banho sozinha porque eu não sentia que eu fosse capaz de resistir a ele, mas eu precisava dar algum descanso a minha menina que reclamava das últimas atividades, mas eu não me sentia mal sobre isso... pelo contrário cada dor que algum movimento me causava só me fazia lembrar que sim, eu era total e definitivamente de Davi e eu já não me sentia desesperada ou a ponto de ter um colapso ao pensar nisso e não me preocupei em pensar em como isso só mostrava o quão mais intenso estavam se tornando meus inomináveis sentimentos por ele... eu não queria de forma alguma estragar esse momento com Davi, depois de pensar que poderíamos não estar mais juntos depois de toda aquela confusão com meu tio, eu só queria aproveitar meu pequeno momento de felicidade.
– Acho que não entendi bem o que quis dizer. – digo deixando a escova de cabelo sobre a pia e me virando para encará-lo apoiando as mãos sobre o mármore frio tentando me controlar enquanto os olhos de Davi descem por meu corpo. Bom eu não entendi mesmo o que ele quis dizer, porque quando disse que não queria que eu fosse embora ele não pareceu se referir somente ao 'hoje' e isso fez meu coração disparar e me sentir um pouco apreensiva mesmo com o olhar quente que ele estava me dando agora. Davi abriu aquele sorriso de lado sexy quando encontrou meus olhos com os seus e inclinou a cabeça para o lado parecendo pensar por alguns instantes e seja o que for que tenha pensado o fez balançar a cabeça em negação e seu sorriso vacilou antes de ele abrir um maior e mais seguro.
– Quero que tome o café da manhã comigo. – diz dando de ombros apesar do tom meio autoritário quase como se eu não tivesse opção, eu sorri desconfiada querendo muito saber o que foi que se passou em sua cabeça a um segundo atrás.
– E quem vai fazer o café da manhã? – pergunto cruzando os braços sobre meus seios arqueando uma sobrancelha, Davi franze levemente o cenho e olha ao redor como se procurasse por algo se afastando do batente da porta e então abre um sorriso presunçoso.
– Parece que eu terei de fazer! – diz tranquilamente, mas eu não consegui segurar a risada surpresa.
– E você sabe fazer qualquer coisa que não saia do congelador direto pro micro-ondas? – pergunto sarcástica, Davi estreita seus olhos para mim e se aproxima e com apenas três passos e meio, então está me prendendo contra seu corpo colocando as mãos sobre a pia de cada lado de meu corpo me fazendo inspirar com força e estremecer.
– Se vista e vou mostrar a você! – diz contra meu rosto e só mesmo ele para fazer uma frase dessa parecer com algum tipo de promessa quente e suja! Antes que eu pudesse perguntar onde foi que ele deixou meu vestido, Davi estava com sua boca na minha em um beijo calmo que me levou outra vez aquela noite na casa da piscina e antes que eu pudesse perceber estava com minhas mãos em seus cabelos soltando um gemido baixo com aquele sentimento quente descendo por minha espinha, mas Davi se afasta tirando minhas mãos de seu cabelo para prendê-las no mármore frio da pia – tentador – sussurra ainda com os olhos fechados e um pouco ofegante – te espero na cozinha. – diz simplesmente se virando e me deixando sozinha.
Encontrei um vestido sobre a cama do mesmo tecido leve e rodado que o que vesti da outra vez em que estive aqui, mas este era cor-de-rosa e tinha mangas curtas e um bordado em renda na barra, não havia etiqueta neste e não havia sapatos também... nem roupa íntima. Eu devia perguntar onde ele arranjava essas roupas? Com certeza!
De todas as coisas impossíveis que imaginei Davi fazendo, essa era a mais improvável. Afinal não é todo dia que você vê aquele seu chefe mal humorado, arrogante, tirano e um completo cretino fazendo panquecas. Eu fiquei parada na entrada da cozinha descalça sem qualquer roupa íntima enquanto admirava Davi como nunca vi antes. Eu estava surpresa... chocada seria a palavra certa na verdade. Eu acho que ninguém nunca imaginaria alguém como Davi na cozinha fazendo mais do que almoçar e jantar ou mesmo beber e agora ele estava fazendo o bendito café da manhã e para mim. Acho que me sinto lisonjeada.
– Eu devia ter uma câmera! – digo depois de alguns minutos admirando os músculos de suas cosas se moverem enquanto ele se movia atrás do balcão. Eu o ouvi soltar uma risada e me aproximei imaginando se ele sabia mesmo o que estava fazendo e talvez ele precisasse de alguma ajuda, afinal Eleonor é quem deve fazer o café dele e não acho que ele esteja mesmo acostumado a fazer qualquer coisa... – precisa de ajuda? – pergunto encostada a ponta do balcão, Davi sobe seus olhos para mim e paralisa de repente parecendo tenso quando varre todo meu corpo com o mesmo olhar estranho que me deu na manhã de sábado a me ver com o vestido florido, ele parece até um pouco pálido e isso me faz franzir as sobrancelhas, não gostando nada desse olhar outra vez... mas como se nada tivesse acontecido Davi sorri, aquele sorriso provocador que traz vibrações ao meu estômago e seus olhos brilham ao descerem até meus seios outra vez, me fazendo limpar a garganta e cruzar os braços cobrindo-os para que não visse o efeito de seu olhar quente sobre mim.
– O que está usando? – pergunta inclinando a cabeça para o lado sem responder minha pergunta anterior, ele arqueou uma sobrancelha e eu estreitei meus olhos para ele.
– Um vestido, não está vendo? – pergunto sarcástica, Davi alarga o sorriso fazendo coisas ruins em meu corpo e mente. Não é justo que ele tenha esse sorriso tão lindo.
– Não falo do vestido. – diz apenas, descendo os olhos para minhas pernas já que esse vestido era mais curto e ficava alguns dedos acima de meu joelho. Eu ia dar uma resposta mal humorada, mas mudei de ideia... se ele queria me provocar eu também faria.
– Oh... fora o vestido, absolutamente nada! – digo dando de ombros descruzando os braços não mais me importando se esse vestido deixava meus seios muito em evidência. Davi arqueia uma sobrancelha como se desconfiasse de que eu estava mentindo com os olhos se escurecendo um pouco mais com aquela intensidade lasciva fazendo minha respiração um tanto difícil. – quer que eu prove? – pergunto abrindo um sorriso de lado puxando o vestido amontoando o tecido em meus quadris fazendo o tecido subir por minhas coxas enquanto vejo Davi inspirar profundamente e abrir um pouco mais os olhos... mas ele balança a cabeça como se fugisse de seus pensamentos.
– É melhor você se sentar... – diz rouco vindo até mim segurando em minha cintura e me girando me lavando até a mesa próxima as grandes janelas que só agora percebi estarem com as cortinas abertas e pude ver os prédios lá fora, era uma vista espetacular, mas as mãos de Davi em mim estavam me distraindo...
– Mas eu quero ajudar...
– Vai ajudar ficando sentada aqui longe de onde eu possa perder o controle e acabar queimando alguma coisa enquanto vejo você se movendo ao meu redor usando nada além desse vestido! – diz me fazendo sentar ao puxar a cadeira para mim, eu estava sorrindo percebendo seu nervosismo.
– Sim, senhor Collins! – digo sarcástica enquanto ele empurrava a cadeira para mais próximo da mesa, Davi rosnou pondo a boca em minha orelha me fazendo ofegar surpresa e pela eletricidade que atravessou meu corpo me deixando arrepiada e minhas coxas se juntaram automaticamente quando meu interior se contorceu ao receber essa descarga inesperada de prazer.
– Uma pena que precise se recuperar, porque eu comeria você inclinada sobre essa mesa como café da manhã! – diz num sussurro provocante contra minha orelha, fazendo meu coração bater violentamente em meu peito enquanto minha respiração fica rasa e acelerada e preciso cruzar as pernas segurando um gemido quando Davi deposita um beijo contra meu ponto doce e então se vai me fazendo sentir abandonada olhando para a mesa imaginando toda a cena...
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– Então? – pergunta Davi assim que levo a primeira garfada de panqueca, mel e morango até a boca, ele me olha com uma expectativa animada parecendo mal se conter enquanto espera que eu mastigue lentamente, faço uma expressão pensativa, mas eu estava novamente surpresa que isso estava mesmo uma delicia. Era incrível como tinha o gosto de... infância! A minha infância, era como estar comendo outra vez na lanchonete da Jo onde meu irmão me levava e isso fez com que eu olhasse para Davi ainda mais... apaixonada? Não sei se essa é a palavra, mas eu definitivamente o quero ainda mais agora, acho que ele viu em meus olhos o quanto gostei e sorriu presunçoso me fazendo sorrir também de lábios fechados ainda enquanto comia.
– Está muito bom, tenho que admitir, mas estou curiosa...
– Eu morei um tempo sozinho em Londres e sentia falta das panquecas que Gertrude fazia, então eu pedi a receita a ela... depois foi fácil! – diz dando de ombros, mas eu podia ver que estava feliz com aquele sorriso de menino, difícil de vê-lo usar, seus olhos estavam muito claros agora com a luz do dia vindo das janelas refletindo naqueles azuis hipnotizantes...
– Está mesmo uma delicia e eu gostaria de continuar comendo, mas eu me sinto recuperada agora e... então sobre você me comer sobre a mesa...
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N/A: Esse é curtinho, mas o próximo é maiozinho...