A GUERREIRA INDOMÁVEL

Por AGClark2

16.2K 3K 765

"O que acontece quando uma jovem guerreira se vê entre o amor e sua convicção?" Século IX d.C., a península i... Mais

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo sem título 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo sem título 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo sem título 52
Capítulo 53
Epílogo
Livro 2 - Prólogo
Livro 2 - Capítulo 1
Livro 2 - Capítulo II
Livro 2 - Capítulo III
Livro 2 - Capítulo IV
Livro 2 - Capítulo V
Livro 2 - Capítulo VI
Livro 2 - Capítulo VII
Livro 2 - Capítulo VIII
Livro 2 - Capítulo IX
Livro II, capítulo X
Livro II, capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
EPÍLOGO

Capítulo 79

51 15 2
Por AGClark2

Išbīliya — Outono, Outubro de 836 d.C.

Ibrahim não conseguira escapar, a cidade estava dominada pelos vikings, os sobreviventes que não haviam sido mortos ou escravizados, mantinham-se dentro de suas casas destruídas. Ninguém podia sair da cidade, com exceção dos nórdicos.

Por isso ele se dedicara ao tratamento dos feridos, tanto árabes como nórdicos e transformara o pátio do palácio onde Bjorn e Haestin estavam hospedados em um hospital improvisado. Ao menos naquele local os dois povos conviviam pacificamente.

Durante dias se estafou trabalhando, era uma forma de manter a mente sã, o fato de estar em sua terra natal, mas impossibilitado de fugir era um fardo terrível que poderia levá-lo a algum ato desesperado.

Os vikings pareciam não ter pressa de saírem da cidade destruída. A quantidade de saque fora grande, havia rebanhos de carneiros prontos para o abate e todas as noites ocorriam festas em volta das fogueiras, regadas a cerveja e hidromel e que se estendiam até de madrugada.

Mas naquela tarde um exército muçulmano se aproximara da cidade se instalando em uma colina.

Seria a chance que tanto esperava? Se os árabes atacassem para reconquistar a cidade ele poderia tentar fugir na confusão, ou então se esconder entre os escombros, supondo que os vikings fossem vencidos.

E mesmo se os nórdicos vencessem, haveria muita confusão na cidade e a chance se apresentaria, mas teria coragem de abandonar seus pacientes? Sentia-se útil pela primeira vez na vida, nunca fora um guerreiro, jamais conseguira se destacar na guerra como Jamila e Mahmud, mas aprendera muito com a prática e se considerava um bom médico, tanto que Bjorn lhe entregava tudo que ele pedia.

Conseguira vários jovens muçulmanos para ajudá-lo no hospital improvisado e até mesmo autorização para distribuir comida entre os pobres habitantes da cidade. Era a forma que encontrara de minorar o sofrimento causado pelos nórdicos.

O dia terminara e a madrugada avançava, ele se sentiu extremamente cansado, conversava com Sigmund, um velho curandeiro viking enquanto examinavam um ferido.

— O braço dele cheira podridão, temos que cortar – sugeriu Ibrahim.

— Concordo – respondeu o velho – Posso amputar hoje mesmo, por que você não vai descansar? Está acordado desde a madrugada.

— Você também – respondeu Ibrahim se levantando.

— Eu sou velho, não preciso de sono – respondeu rindo.

— Certo, acho que vou dormir um pouco – disse se virando.

Nesse momento percebeu uma guerreira parada a alguns passos de distância observando-o atentamente. Ao encará-la sentiu um estremecimento em todo corpo e suas pernas quase falharam levando-o ao solo.

— Alá misericordioso – murmurou observando espantando a mulher se aproximando com passos decididos.

— Você precisa descansar – disse o velho nórdico o amparando.

— Eu o levo – afirmou a mulher pegando-o pelo antebraço e praticamente arrastando-o para uma abertura em uma parede do palácio a alguns passos de distância.

— Por Alá – conseguiu murmurar ainda espantado antes que seus lábios fossem violentamente beijados enquanto seu corpo era pressionado contra uma parede.

Quando a mulher parou de beijá-lo ele recuperou o fôlego e encarou os olhos profundamente azuis dela.

— Brunilde...

— Por Odin! – disse ela ainda abraçada a seu corpo — Pensei que você estivesse morto.

— Bjorn me salvou de ser sacrificado – murmurou aspirando o perfume natural de seu corpo e cabelos.

— Eu chorei por você, seu desgraçado – rosnou ela voltando a beijá-lo com violência.

— Venha – ordenou Ibrahim após se separarem puxando-a pela mão e levando-a pelos corredores do palácio até um quarto localizado no andar térreo.

O aposento era iluminado por uma vela de sebo que Ibrahim acendeu com uma pederneira57 após fechar a porta e colocar um pedaço de madeira, apoiando-a no chão para que ela não fosse aberta por fora. Havia uma cama com colchão de palha e nada mais.

— Como, o que você está fazendo aqui? – perguntou Ibrahim tentando colocar os pensamentos em ordem.

— Temos tempo ainda – respondeu ela se aproximando e jogando-o de costas na cama. Em seguida jogou o escudo e as armas no solo e desnudou-se com pressa sob o olhar atônito dele.

— Brunilde...

— Cale-se e me ame – rosnou praticamente arrancando a roupa dele.

Em seguida ela montou se afundando em sua carne, galopando-o com força, arranhando seu peito com as unhas e mordendo seu pescoço, enquanto ele apertava sua cintura para que o contato íntimo não se desfizesse, alternando com carícias em seus seios. Não demorou para atingirem um clímax juntos, seus músculos tremendo descontrolados.

— Por Freya! Como eu o amo – murmurou Brunilde mordendo o lóbulo de sua orelha.

— E eu a amo – respondeu ele recuperando o fôlego — Não imagina como sonhei com você durante todo esse tempo junto ao seu povo.

— Você dormiu com alguém? – perguntou ela com um rosnado, os olhos brilhando sob a luz da vela.

— Por Alá! Nunca! – respondeu rindo — Como poderia? Se é somente você que tenho em meus pensamento?

Brunilde sorriu feliz e se aconchegou no peito dele.

— Agora, minha pequena selvagem – disse brincando — conte-me o que você está fazendo aqui.

Brunilde contou rapidamente tudo que acontecera desde que eles se separaram na Frísia, sua viagem e o reencontro com Jamila, o nascimento dos gêmeos, a nova rebelião contra o Emir e a morte de Suleymán. A aliança entre Mahmud e o rei cristão e sua posterior traição que resultou em sua morte. A prisão de Jamila, dela e de Yusuf e seu novo casamento. A libertação deles e sua viagem até o principado de Banu Qasi e a fuga de sua irmã de Luco de Ástures. A morte do pai de Juan e seu reencontro com Jamila. Por fim, a decisão de aliarem forças contra a invasão viking e sua missão de reconhecimento.

— Por Alá – murmurou triste com a sina de sua irmã e de seu irmão Mahmud.

Um dia deveria prantear o irmão morto, mas não naquela ocasião.

— Você deve voltar – disse ele preocupado — o sol não tardará a se levantar e você não conseguirá mais sair da cidade sem chamar atenção.

— Venha comigo – pediu ela.

— Não ouso, podemos ser pegos tentando fugir e não somente eu, mas você pode ser executada – respondeu — Bjorn é gentil comigo e tem me tratado como um amigo, embora eu seja um prisioneiro, mas Haestin me odeia e te odeia, se eles nos pegarem juntos nem o filho de Ragnar conseguirá nos salvar.

Brunilde meditou por um momento, entendia o risco de levar Ibrahim com ela, ele tinha razão e não desejava arriscar a vida do homem que amava.

— Está bem, eu vou, mas eu volto – disse beijando-o e levantando para se trocar rapidamente.

— Eu a esperarei – murmurou ele enquanto saíam discretamente do quarto.

Caminharam pelos corredores destruídos até a abertura na parede lateral que dava acesso ao pátio externo.

Brunilde aproveitou a escuridão e o beijou.

— Não ouse morrer! – rosnou ela mordendo seus lábios.

— Não se preocupe, você não vai se livrar de mim tão fácil – respondeu feliz.

Ela beijou-o mais uma vez rapidamente nos lábios e saiu caminhando com passos apressados enquanto ele a observava saindo para o pátio.

— Que Alá a proteja – murmurou voltando para o interior do palácio.

Continuar a ler

Também vai Gostar

135K 12.3K 34
𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐉𝐎𝐀𝐂𝐎 e Esther se odiavam quando eram crianças ou 𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 E Joaco se reencontram após seis anos. •ᴊᴏᴀǫᴜɪɴ ᴘɪǫᴜᴇʀᴇᴢ x ғᴇᴍ...
470K 30.6K 64
Jeff é frio, obscuro, antissocial, matador cruel.... sempre observava Maya andando pela floresta, ela o intrigava de um jeito que ele mesmo não conse...
59.9K 7.1K 14
A vida de Isabella Miller é um autêntico turbilhão: cursa direito por influência dos pais e divide o apartamento com uma amiga. No entanto, sua rotin...
52.6K 5.6K 29
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...