A GUERREIRA INDOMÁVEL

By AGClark2

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"O que acontece quando uma jovem guerreira se vê entre o amor e sua convicção?" Século IX d.C., a península i... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo sem título 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo sem título 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo sem título 52
Capítulo 53
Epílogo
Livro 2 - Prólogo
Livro 2 - Capítulo 1
Livro 2 - Capítulo II
Livro 2 - Capítulo III
Livro 2 - Capítulo IV
Livro 2 - Capítulo V
Livro 2 - Capítulo VI
Livro 2 - Capítulo VII
Livro 2 - Capítulo VIII
Livro 2 - Capítulo IX
Livro II, capítulo X
Livro II, capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
EPÍLOGO

Capítulo 52

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By AGClark2


Luco de Ástures — Inverno, Fevereiro de 836 d.C.

Padre Paulus levou a aia e os gêmeos para a casa na qual residia ao lado da igreja. Ele nunca tivera filhos, mas ajudara a educar Juan e inúmeros outros jovens, embora nunca crianças tão pequenas. Por sorte, elas estavam acostumadas com a aia, mas durante a primeira noite ele teve que ajudá-la, pois os gêmeos choraram de saudades da mãe.

Ele percebeu que a menina chamada Iasmim e o menino chamado Samir se pareciam com os pais, não somente fisicamente, mas também suas personalidades. Enquanto a menina era mais calma e introspectiva, assim como Juan na infância, o menino parecia um pequeno rebelde, mexendo em tudo e escalando os poucos móveis da casa, imaginou que essa característica deveria ter herdado de Jamila, que ganhara a alcunha de "indomável".

Juan estava desaparecido, ele abandonara a cabana de caça nas montanhas, quando o sacerdote foi até o local para ver como ele estava não o encontrou, nem a seus poucos pertences ou sua montaria.

Ele não tivera a chance de contar sobre o encontro com Jamila na corte do rei Afonso, pretendia dizer que ela enviuvara, mas que bem faria tal notícia? Ele se casara com Madalena e quando Juan voltara não tivera chance de lhe contar em meio ao combate contra a peste.

Mas os desígnios de Deus eram insondáveis e agora fora a vez do jovem enviuvar. Como ele reagiria à notícia de que era pai de gêmeos?

Oh Deus, me ajude a decidir o que fazer.

Uma semana depois, em uma manhã ensolarada, ele teve que deixá-las para cuidar de seus afazeres, aos cuidados da aia, uma mulher de meia idade séria, uma muçulmana convicta que era viúva e sem filhos.

O sacerdote rezava uma missa diária matinal, depois percorria a comunidade visitando idosos e doentes, levando conforto para quem precisava, para então, após o almoço se dirigir ao castelo do Duque para cumprir com suas funções de Conselheiro, embora, desde o fim da peste, Dom Iglesias raramente se dignasse a recebê-lo ou aos seus vassalos e peticionários.

A peste o fragilizara, mas a morte do neto parecia tê-lo destruído espiritualmente, nem mesmo na missa no fim do dia que o sacerdote presidia na capela do castelo ele comparecia.

Dom Iglesias passava suas horas dentro de seu quarto, onde costumava se alimentar, nas raras vezes em que era visto fora do aposento, diziam as servas que sua aparência era desleixada: roupas sujas, barba por fazer e cabelo desgrenhado.

Naquele dia padre Paulus teve uma surpresa ao chegar para almoçar. Dom Iglesias estava sentado na mesa que havia na cozinha com os gêmeos no colo, enquanto a aia e a serva que preparava as refeições do sacerdote estavam ocupadas com as panelas, aparentando um nervosismo temeroso.

— Dom Iglesias... – gaguejou padre Paulus. Ele não ousara contar para o Duque que hospedava duas crianças em sua residência, muito menos que eram filhas de Juan e Jamila.

Conhecia-o bem demais, ele era um homem rude e anti-muçulmano ferrenho, o maior incentivador da política da "reconquista" dos territórios sob domínio árabe. O que o nobre diria se soubesse que era avô de tais crianças? Filhas do filho que ele tanto odiava com uma muçulmana? E para piorar, uma mulher independente que usava trajes militares e manuseava uma espada melhor que muitos guerreiros, o que para ele era um verdadeiro acinte.

Temia que em uma explosão de fúria ele as expulsasse, juntamente com a aia, de Luco de Ástures. Nesse caso o padre estava decidido a partir com elas, jamais quebraria sua promessa de cuidar delas.

— De quem são essas crianças? Quem é essa moçárabe? E quem é o árabe que as trouxe? – questionou cravando seu olhar de falcão nele.

Paulus observou-o antes de responder. O Duque parecia recuperado, ainda estava magro, mas a cor voltara a seu rosto. Vestia-se com elegância novamente, seus cabelos, embora houvessem se tornado mais grisalhos estavam penteados e sua barba aparada. Não se parecia com o fantasma que as servas diziam que ele se tornara, mas sim com o antigo Duque.

— Como o senhor descobriu? – desconversou tentando ganhar tempo.

— Ainda sou o Duque de Luco de Ástures, nada acontece nessa cidade sem que eu saiba – respondeu com a velha voz cortante — Agora me responda, quem são essas crianças e o que fazem na sua casa.

— São seus netos, senhor Duque, filhos de Juan – respondeu com um suspiro cansado, se sentando em uma cadeira no outro lado da mesa, de frente para o velho guerreiro que ficara mudo, mas aparentemente não surpreso.

Um pesado silêncio caiu na pequena cozinha, até mesmo o ruído das panelas cessaram, como se as mulheres esperassem a tempestade de fúria que podia desabar sobre todos.

— Ordene que a aia se dirigia ao castelo onde ficará responsável pelas crianças – afirmou de forma categórica Dom Iglesias se levantando ainda com os gêmeos no colo.

— Não entendi... – gaguejou o sacerdote.

— Eles são meus netos, ficarão comigo no castelo, e outra coisa padre, não quero que Juan seja avisado de nada e proíbo qualquer um de contar o que ouviram nessa cozinha – respondeu secamente encarando a todos e sem dizer mais nenhuma palavra se virou e saiu levando ambas.

— Pela Virgem Santíssima, por essa eu não esperava – murmurou o sacerdote para si mesmo, surpreso com a atitude do Duque.

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