59 - Negociações Veladas ...

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Nei Huaisang não precisou reclamar todo o tempo pois para sua alegria encontraram a Cultivadora Mianmian e seu esposo alegremente escolhendo mercadorias que levariam para negociar em Gusu Lan e no Mundo do Cultivo.

Após todos se cumprimentarem Nie informou ao casal que estavam se dirigindo ao entreposto do rico comerciante Timur. Ao ouvir o nome do comerciante Mianmian pareceu empalidecer por um breve momento mas isto não passou despercebido a Wei Wuxian.

Como estava um pouco quente resolveram todos parar em uma tenda de refrescos e enquanto Lan Zhan discutia com Jiang Cheng os últimos detalhes da negociação, Nie Huaisang prendia a atenção do esposo de Mianmian com mil encomendas, pedidos e recomendações. Wei aproveitou para investigar com Mianmian sobre suas impressões.

A princípio, por pudor, a bela Cultivadora não quis falar sobre oque a levara a antipatizar com o negociante, mas como acima de tudo ela admirava e era eternamente grata a Wei acabou de confessar lhe oque nem mesmo a seu marido dissera:

- Mestre Wei, o comerciante aproveitando-se de que meu esposo escolhia mercadorias no interior da loja, pegou minhas mãos elogiando a beleza e a suavidade e quando ameaçou beijar as mesmas eu me desvencilhei com força e mostrei-lhe a minha espada, que ele não tinha notado. Eu lhe disse calmamente que era uma Cultivadora e uma fria assassina por natureza e perguntei se ele teria algum produto para afiar melhor minha espada ! 

Wei e Mianman riram juntos e ela finalizou:

- O indômito comerciante perdeu as cores e fazendo um sinal para um servo me atender, saiu quase correndo da sua própria loja !

Wei Wuxian quase engasgou com seu refresco de tanto que riu. Despedindo-se de Mianmian e seu marido e de Nie Huaisang que resolvera acompanha-los nas compras, seguiram caminho até o entreposto.

Timur os aguardava impacientemente e assim que entraram na loja reparou que aquele que ele mais esperava não viera, para sua total decepção.

Todos se cumprimentaram entre si e a um convite do anfitrião sentaram-se a mesa em que um servo serviu deliciosos doces orientais de mel e nozes e um agradável chá de hortelã, após oque finalizaram completamente as negociações.

Lan Zhan e Jiang Cheng estavam bastante satisfeitos com as negociações e suas energias eram leves e alegres. Mas Timur notou que o extremamente belo jovem de preto e vermelho embora aparentando cortesia tinha a sua volta a exata vibração do tigre que temporáriamente esconde as agressivas garras. Perigoso, inquieto, rondando o terreno de ataque ...

Normalmente Timur se divertiria se achasse que era apenas um jovenzinho demonstrando uma valentia que seria incapaz de sustentar em uma verdadeira luta. No entanto, algo dentro de Timur o advertia fortemente que a beldade masculina era alguém com quem não se devia brincar. Havia em torno dele uma forte história aonde a Morte não estava de fora como elemento participante ...

Uma pena ! suspirou ... em todo seu variado harém não havia beleza que se lhe comparasse: um principe da beleza mas um príncipe arriscado, possivelmente danoso. Timur olhou para Lan Zhan e ficou pensando em como o bonito gigante conseguira domar esta fera, sem grandes danos ...

De toda forma Timur preferia a macieza, a doçura a meiguice. Como o companheiro daquele jovem de roxo e lilás ! Invejara a cumplicidade de ambos, a confiança, o apoio mútuo. É verdade que ele tinha no harém seus prediletos e suas favoritas. Mas estes passavam o tempo todo se engalfinhando secretamente para ver que teria mais ascendência sobre ele, quem conquistaria mais privilégios, quem o embeiçaria melhor para conquistar sua confiança e portanto o poder. Mas ele, Timur, não dividia o poder. E por isso nunca pudera dividir afeto como estes companheiros de Cultivo faziam. E no fundo, seu coração era solitário ... e triste.

Uma nova jornada ... EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora