40 - Estradas de alegre liberdade e perigos

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A monotonia da caminhada era quebrada por cantigas que falavam de antigos heróis e seus grandes e corajosos feitos. As vezes para desanuviar alguém cantava uma alegre música regional ou recitava um poema (sendo aplaudido ou vaiado entusiásticamente pelos demais).

Uma conhecida e milenar música que tratava da caça tinha uma única frase mas as flautas e as vozes a faziam soar sentido atrás de sentido abrindo-se em camadas e faziam isso cada cada vez mais animadamente:

- "O bambu quebra, adiciona-se um bambu, a poeira voa, corre-se atrás."

Alguns efetuavam acrobacias marciais e os jovens mais afoitos punham-se a dançar até que seus Mestres demonstrassem não apreciar a falta de disciplina, oque nem sempre acontecia, pois na verdade, também acabavam se divertindo com a alegria dos jovens.

Uma linda melodia foi executada pelos belos jovens discípulos de Gusu Lan e era uma homenagem:

" O jovem determinado assume riscos demoníacos

e seu coração é alegre e solto

Da auto confiança não se separa, tem a ajustiça gravada em si

e sua consciência é pura

Cai da montanha, cai do conceito, o abismo é seu berço

e sua vida é renovada

Renasce para lutar, vive para combater sem descanso

e sua magia é forte

Justiçados são os que o confrontam e julgados estão

e ele é para sempre Amado

Sua história é uma Lenda Sagrada, a mais bela de todas."

Wei Wuxian sabia que falavam dele e ficou um pouquinho envergonhado pois não era mais tão soberbo e confiante como quando fora um adolecente glorioso.

Lan Zhan no entanto tinha um ar orgulhoso e acenou aprovadoramente para os discípulos que ficaram siderados por ganhar uma tão rara e positiva aprovação.

Após a primeira montanha encontraram os Luoli e aí o céu foi o limite para a alegria, as canções e músicas.

Os líderes se posicionaram para receber o General Uriyan Ghatai pois uma pausa se fazia necessária e também era preciso que os cabeças da campanha conversassem entre si para que planos e métodos se harmonizassem para ser eficientes.

Lan Zhan, Nie Huaisang, Song Lan, Jiang Cheng e demais Mestres saudaram o general e todos entraram em na tenda que era o quartel general préviamente preparado. Enquanto todos se acomodavam e tiravam mapas e relatórios Lan Zhan retornou para localizar Wei Ying.

E o localizou junto a carroça de Maçazinha, ternamente abraçado a Madame Lótus !

Seus olhos se arregalaram e foi se aproximando, o coração acelerado. Ambos se soltaram do abraço e o olharam com tranquila inocencia e por alguns instantes Lan Zhan se viu confundido: ambos eram muito parecidos, tanto no físico como no ar entre doce, confiante e levemente malicioso. E por uns instantes Lan Zhan ficou paralisado, com uma compreensão tardia do que Wei Ying uma vez lhe dissera: 

- Lan Zhan, nós somos e sempre fomos Almas Gêmeas e continuaremos a ser por toda Eternidade. A senhora Lótus é minha Alma Chama, somos como um só, saidos da mesma Fonte e apenas detalhes da vida material nos separam. É como se fôssemos energias gêmeas, mesmos defeitos e qualidades, mesmo propósito e mesmas capacidades.

Uma nova jornada ... EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora