21 - Um bálsamo para a Alma !

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Os dois Mestres após acalmarem o jovem Meng Yún sobre o estado de saúde de Lan Xichen e acomodarem os jovens no dormitórios dos discípulos externos, dirigiram-se para o jingshi de Lan Zhan.

O suave perfume de sândalo ainda pairava por todo o ambiente, despertando em Wei Yin gatilhos de lembranças sublimes, divertidas ou vergonhosas. Especialmente estas últimas.

Enquanto Lan Zhan retomava os contatos e cuidados com o Clã, Wei resolveu caminhar calmamente ao entorno do jingshi rememorando suas "pestices" da primeira juventude: em como ele havia atormentado o pobre rapaz, o quanto fora cego e imprevidente em relação a consequência de seus atos contra este homem tão leal, tão justo e honesto. Ele não conseguia entender como acabara sendo um adolescente tão mimado e petulante e quanto tempo de felicidade isto lhe custara:

- "Quem você pensa que é, oque você pensa que seu Clã é ?" foi oque tivera coragem de dizer arrancando lágrimas daqueles belos olhos tão claros e tão preocupados.

Na verdade ele apenas se escondera de seus próprios sentimentos mantendo-se atrás de orgulho do Clã. Lealdade esta que se revelara vazia e despida de sentido, já que as únicas pessoas que verdadeiramente o aceitaram e amaram, seu pai adotivo Jiang Fengmian e sua irmãzinha Jiang Yanli não mais estavam com ele, nem podiam  apoia-lo ou defende-lo.

Sua família agora era Lan Zhan e o Cultivo. Poder-se-ia dizer que ele fazia parte da Seita Gusu Lan mas na verdade ele ainda resistia um pouquinho a tantas regras, métricas e ordenanças.

Retornou ao jingshi e olhou mais uma vez com carinho ao redor para aquele quarto e sala de estudo, tão organizados e meticulosamente limpos, a decoração simples mas elegante, os tons de azul da bandeira Gusu Lan e o simbolo das Nuvens decorando suavemente o ambiente. 

Quando percebeu lágrimas corriam de seus olhos e ele não sabia se era lamento pela juventude perdida, pela perda das pessoas amadas, se por suas culpas e arrependimentos ou por tudo que poderia ter sido a sua vida se não fosse a perfídia dos inimigos e sua própria tolice.

Estava tão distraido em sua dor que nem percebeu o retorno de Lan Zhan. Este ao ver seu amigo sofrendo e adivinhando o motivo resolveu tomar mais uma atitude inédita:  Pegou Wei Yin no colo e saiu dançando pela sala, cantando uma maluquice qualquer com sua voz grave e aveludada e foi girando, girando até que Wei começou a rir:

- Lan Wangji, pare ! Você vai me deixar tonto ! vamos pare !

Lan Zhan parou e o olhou satisfeito porque Wei Wuxian não mais estava mais chorando. 

Wei sentiu uma gratidão tão grande, uma doçura tão intensa que chegou a doer em seu coração:

- Eu adoro, adoro, adoro você, Lan Zhan !

Para Lan Zhan foi como se o céu despejasse todas as estrelas em sua cabeça porque a partir daquele momento tudo oque foi possível perceber era somente a Luz da alegria que inebria e faz com que nos percamos totalmente nesse brilho que se irradia do Amor mais sublime: aquele que é feito de puro bem querer.

Para Lan Zhan foi como se o céu despejasse todas as estrelas em sua cabeça porque a partir daquele momento tudo oque foi possível perceber era somente a Luz da alegria que inebria e faz com que nos percamos totalmente nesse brilho que se irradia d...

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