Bryan, o Imprevisível IV

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***Esteban

Cheguei à clínica totalmente aflito após o telefonema de dona Vallentina. Devido ao meu estado emocional abalado, Benjamim preferiu que eu não fosse sozinho, e me acompanhou até o local.

A caminho dali, troquei algumas mensagens com Ralph, o mesmo estava ocupado em afazeres acadêmicos e, por esta razão, não pôde estar comigo. Pediu que eu o mantesse informado sobre qualquer novidade.

Assim que passei pela porta de entrada da clínica, encontrei Beatriz, que logo veio ao meu encontro. A moça tinha um olhar preocupado.

Ela me abraçou e logo que me soltou, cumprimentou Ben:

- Boa tarde! Bom vê-lo novamente, Benjamin!

- E aí?! Como você está? - Meu amigo a perguntou.

- Nada bem. - Respondeu ela, me fitando em seguida. - Estou bastante inquieta. O Ralph me ligou pouco antes de vocês chegarem e pediu que eu ficasse de olho em você, Esteban... O que houve?

- A mãe do Bryan me ligou e, parece que ele teve uma piora! - Meus nervos já não estavam suportando mais tantos baques.

- Oh! Por Merlin! O que foi que aconteceu desta vez?!!! - A garota arregalou os olhos.

- Eu ainda não sei... - Respondi começando a caminhar em direção ao elevador, enquanto os outros dois me seguiam. - Dona Vallentina não quis me falar por telefone, prefere me falar pessoalmente... É por isso que vim até aqui!

- Por favor, me mantenha informada sobre qualquer coisa. Não posso deixar a recepção sozinha, do contrário, eu subiria com vocês!

Eu entrei no elevador, Ben fez o mesmo logo em seguida. Virei-me para a garota que ficou do lado de fora, apertei o botão do terceiro andar e falei:

- Pode deixar, amiga, qualquer coisa eu te aviso.

Logo em seguida, a porta se fechou e o elevador subiu.

Assim que cheguei ao terceiro andar, caminhei o mais rápido possível pelo corredor da direita, ao longe eu já podia observar a mãe de Bryan caminhar de um lado para o outro totalmente inquieta.

Senti uma sensação horrível ao avistar àquela cena. Parecia que a mulher não era portadora de boas notícias.

Logo que se deu conta de minha presença, dona Vallentina veio ao meu encontro, segurou minha mão e eu pude sentir a sua suada e gelada. Sem dizer qualquer palavra, ela me guiou até às poltronas perto do bebedouro.

- Quer se sentar? - Perguntou ela bastante nervosa.

- Não, não... Obrigado! - Agradeci. - Este aqui é meu amigo da faculdade, Benjamin. - Apontei para o rapaz ao meu lado.

- Ah! - Ela o fitou com certa rapidez. - Desculpe-me por não te dar a devida atenção, meu rapaz, é que realmente estou muito aflita!

- Não se preocupe. Eu entendo. - Disse meu amigo.

- Mas então... - Interrompi querendo ir direto ao assunto. - O que foi que aconteceu com Bryan?! Por que não quis me falar nada por celular???!!! Por favor, não me dê uma má notícia, não vou suportar!!!

- Infelizmente o que tenho a dizer não é nada bom, meu querido. - Ela falou passando uma das mãos pelo rosto.

Seu semblante estava totalmente abatido. A mulher se encontrava pálida, com os olhos vermelhos e inchados, com certeza havia chorado bastante.

- Mas que droga! - Murmurei sentindo um nó na garganta. - O que houve com ele?!

- Doutora Suzana veio até mim em pessoa me dar um parecer da atual situação dele... - Ela começou a explicar. - Me parece que meu menino teve uma grave hemorragia interna e eles estão tentando contornar esse problema... Mas a mesma já me adiantou que, ele vai precisar ser muito forte para conseguir sobreviver depois disso! Eu estou desesperada!

B and E [Livro 3]Where stories live. Discover now