71 ● Violet: Blazing Lights

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Pisco momentaneamente, como se assim pudesse fazer sentido do que ouvi sair da boca de Laura

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Pisco momentaneamente, como se assim pudesse fazer sentido do que ouvi sair da boca de Laura. 

"Laura..." Pauso, sentindo minha boca ressecar. "... o que quer dizer com 'o que fez com minha mãe'?" 

Ela dá uma risadinha e inclina a cabeça, me assistindo de perto e achando graça na minha reação. "Espera, priminha. Vamos por partes. Eu nunca gostei da Tia Flora, sabia? Ela era muito... certinha. Eu odeio isso, pra mim sempre tem alguma coisa de errado com quem aparentemente não comete erros."

"O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA MÃE!?" 

"Caaaaalma! Que escândalo! Tô tentando te explicar!" Soa dissimulada, jogando as mãos para cima em defesa e segurando uma risada. "Ela sempre quis cuidar de mim como se fosse minha mãe também e sempre achei isso muito estranho. Parecia que ela tinha dó de mim. Aliás, eu odeio isso nessa droga de família! Sempre tiveram dó de mim, como seu fosse alguma pobre coitada! Mas daí, eu descobri o por quê sempre foram assim. No caso da Flora, eu sempre achei que era por fingimento. Quando conheci minha verdadeira mãe, confirmei o que eu achava. Flora me tratava bem para chamar a atenção do meu pai." 

"EU JURO POR DEUS, LAURA!" Eu rosnava de raiva pela demora dela de chagar logo ao ponto. 

"Não jure por Deus, prima. Sua mãe, a devóta católica não gostaria disso." Ri. "Aliás, ela não gostou muito quando eu contei para ela que você tinha um caso com o Padre Marcos." Gargalha. "Eu até entendo. Ela era bem religiosa, não sei se você se lembra..." Entorta os lábios e faz uma careta; Se diverte tanto com esse momento nojento que me vira mais ainda o estômago. "Mas espera, estou adiantando a história." 

"Então, quando tio Roger morreu, meu pai resolveu voltar a beber, Diana e meu pai se separaram por causa disso, sua mãe ficou daquele jeito lá... essa parte você lembra, né? Pois então, por ser a única Sanspree que achei que prestasse, eu fui morar com minha mãe. Por causa do divórcio eu visitava meu pai algumas vezes, e numa dessas vezes e bebedeiras que teve enquanto eu estava na casa dele, ele me contou tudo. E sabe quando todas as peças se encaixam, quando tudo faz sentido na sua vida? Foi um momento daqueles para mim. Um verdadeiro insight; Ele disse tudo num momento de raiva, mas eu ouvi tudo maravilhada, cada confissão um pedaço novo do meu quebra-cabeças. Então, eu fui atrás dela, atrás da minha verdadeira mãe. Eu a encontrei procurando na internet. Seu nome era Thamires.

Ela era paciente de um sanatório em outro estado, e eu fui até lá. 

Quando a conheci... foi como me olhar num espelho. Uma mulher injustiçada e magoada pelas coisas que nossa família fizeram com ela. Ela era tão lúcida, não devia estar ali, mas entrou antes de eu nascer para se limpar de seus vícios para uma melhor gestação. Só que meu pai me tirou dela assim que eu nasci, e ela nunca se recuperou de não poder me ter, de não poder ser minha mãe. Conhecê-la dessa forma me machucou, Violet. Por que diabos meu pai achou que tinha o direito de me tirar dela? 

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