4 ● Violet: Hell or Hallelujah

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Por que aceitei a oferta que Santoro me fez?

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Por que aceitei a oferta que Santoro me fez?

Pós-faculdade e sem família não foi o melhor tempo da minha vida. Eu vivia solitária e robóticamente, depressiva.
Eu não queria fazer nada.
Ás vezes ficava sem sair da cama por dias nos meses seguindo a morte de minha mãe.

Só comecei a sair da lama emocional quatro anos depois da morte dela, e ainda assim, era muito difícil eu me empolgar com qualquer coisa.

Algum tempo depois, voltando a uma rotina cinza e vazia, tentando viver como uma pessoa normal, tentei me apaixonar por alguém que achei interessante, mas nem essa pessoa que tentou namorar e casar comigo na época, conseguiu me tirar do poço sem fim no qual me encontrava. 

Aqueles eram meus vinte e poucos anos, os ditos melhores de nossas vidas, e eu apenas os assistia passar por mim.

A unica diversão que eu tinha era tocar piano. Já que eu era boa nisso, para me sustentar, arranjei um segundo emprego como pianista. Era o destaque da minha semana. Ía a festas extravagantes, desfrutava de boa comida e bebidas no intervalos, e ás vezes, até rolava alguma socialização. 

Minha música que sempre fora meu refúgio, agora era minha salvação.

E conheci Vincenzo assim, quando fui contratada como pianista em um evento de angariação de fundos para uma caridade em um fino clube de golfe.

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Dois Meses Atrás

A maneira como ele olha para mim do outro lado do salão enquanto eu toco piano é desconcertante. As pessoas olham e flertam de vez em quando durante meus shows, mas nunca é nada demais e eu realmente não ligo para isso.

Mas desta vez ...

Uma figura alta se aproxima de mim enquanto estou no bar do evento durante uma pausa em meu set. Eu espero por uma garrafa de água para me refrescar na noite quente. 

Sem olhar diretamente para quem se aproximou, posso dizer que está me encarando piamente.

Acho estranho, mas ignoro.

"Você é  incrivelmente talentosa." Ele diz.

Quando olho para respondê-lo, surpreendo-me com os mais belos olhos azuis que já vi, acompanhados por um digno e belo rosto, em uma pele bronzeada e uma beleza envelhecida. Não posso evitar olhá-lo de cima a baixo. Seu corpo se encaixava perfeitamente em seu terno escuro. Seu cabelo estava elegantemente penteado para trás, e com aquele copo semi-vazio de uísque on the rocks, me fez sentir como se tivesse sido abordada pelo James Bond.

Sorrio em resposta, sem dizer nada.

O bartender que foi pegar a água que eu pedi, praticamente desapareceu. O elegante homem se aproxima mais, tanto que penso em me afastar para o lado para criar mais espaço entre nós. Mas antes que eu o faça, ele segura meu braço, gentilmente prendendo-o contra o mármore negro do bar, impedindo-me de sair.

HUNGER 🔞Where stories live. Discover now