Essa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes.
Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...
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Aqui numa casa de eventos chamada Solara, uma noite se tornaria formidável para alguns jovens desafortunados financeiramente mas absolutamente abençoados de mérito e inteligência.
Enquanto para mim seria mais uma caminhada pelo inferno.
Hoje é a noite de entrega das bolsas de estudo das maiores familias patronas da universidade a promissores estudantes que não pagariam um só centavo para estudar, e em troca se comprometeriam com desenvolvimento pessoal em excelência e contribuição acadêmica.
Essa é uma chance e tanto. Muitos desses jovens se tornarão grandes nomes na industria tecnológica e/ou farmacêutica, como também grandes nomes na literatura entre outras artes diversas nacional.
Pessoas sedentas por uma única oportunidade para que pudessem mudar toda suas vidas e de suas famílias. Inspirador. Eu admiro isso. Mesmo que alguns achem que essas são apenas demonstrações de poder aquisitivo das famílias privilegiadas em falsa caridade, os resultados beneficiavam a muito mais pessoas além das famílias que colocam seus sobrenomes em pomposas letras nos grandes cheques doados.
A perplexidade da horrível tarde de descanso e pesadelos que tive foi deixada de lado aos poucos assim que cheguei aqui. O lugar é uma desgraça luxuosa e poucas somos as pessoas que podem participar.
Por que aqui é onde suas fotos são tiradas para os jornais e revistas regionais e a posteridade da Universidade.
Eu vim entregar um cheque que eu jamais teria o cacife de escrever devida a exorbitante quantia. Eu sei o nome da pessoa que vai receber, e tenho em mente o pequeno discurso que devo dar em nome dos Santoro e que também deverei tirar uma foto com o recipiente da doação e por isso coloquei maquiagem suficiente para tapar todo o sono que não ando dormindo.
E claro, calculei que o vestido longo de veludo azul escuro ajudasse a tirar a atenção de meu rosto e o colocasse todo na silhoueta propositalmente escandalosa que me dá.
Ou pelo menos foi para isso que o coloquei.
"Vestindo-se para arranjar novos clientes, Srta. Sanspree?" Alec comentou ainda no carro. Eu revirei meus olhos de impaciência. Já não me bastava ele ser a primeira coisa que vejo assim que abro os olhos dos piores pesadelos que tive em um tempo e ainda tenho que aguentar os comentários feitos mais sob medida para provocar que o meu vestido.
"Desnecessário." Sorrio cínica. "Eu ainda tenho muito dinheiro da família Hellberg Santoro pra ganhar. Não preciso de novos clientes." Pauso e sussurro lentamente. "Impagável o quanto isso te enche de raiva, Alec. "
A última vez que o provoquei assim ele quase arrancou tufos do meu cabelo. Mas dessa vez não. Ele apenas sorri comedidamente.
Eu estaria mentindo se dissesse que não me preocupou um pouco o fato dele não reagir como eu esperava. Eu prefiro mil vezes lidar com um Alec Hellberg agressivo do que um com aparente senso de humor quanto a algo que poderia arruinar o que quer que planejava.
