58 ● Violet: Fire Up The Night

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Quando Stefany resolveu abrir a matraca para dizer de onde me reconheceu, minha boca agiu mais rápido que minha mente, e ao invés de calcular a melhor atitude a se ter de cabeça fria, o calor que percorreu minha espinha se fez dificil de controlar...

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Quando Stefany resolveu abrir a matraca para dizer de onde me reconheceu, minha boca agiu mais rápido que minha mente, e ao invés de calcular a melhor atitude a se ter de cabeça fria, o calor que percorreu minha espinha se fez dificil de controlar ao se condensar contra meus lábios e provocá-la ainda mais.

"Me conhece? Já me viu antes?" Me viro para ela, palavras saindo entre risadas altas e debochadas. Efeito da tequila. "Acho dificil pois nunca estive no galinheiro de onde você saiu!" Me rechaçarei por dias por ter dito isso. Tão ... baixo. Vulgar. Mas taí. Saiu. 

Ela só divide alguns olhares boquiabertos entre mim e Mateus que não se pronuncia. "O que foi que você disse?" 

Antes que eu pudesse repetir, Mateus coloca a mão no meu ombro. "Vamos embora, Violet. Não vale a pena." 

Eu só empurro a mão dele. "Espera, Mateus." Me aproximo dela, chegando perto demais de sua face. Ela é no mínimo um palmo mais alta que eu. Algumas pessoas ao nosso redor parecem finalmente perceber o duelo verbal e param para observá-lo. "Exatamente o que você ouviu. Traindo seu namorado com o melhor amigo dele: galinheiro!"    

Finjamos que eu possa julgar os outros por um minuto. Ah, é uma sensação deliciosa da qual raramente posso aproveitar. Minha lista de pecados é tão grande que nunca me julguei capaz de contorná-los para apontar os de outrém em suas próprias faces. 

Mas... ela merece. 

"Se liga, garota." Ela me intima e eu sinto o que está por vir. E não vai prestar. O que estou fazendo aqui, me metendo em problemas que não são meus e arranjando mais alguns de graça? "Você não tem nada a ver com isso, então fica na sua." Ela fala por entre os dentes e eu concordo com ela, mas não demonstro. 

"Quem tem que ficar na sua é você." Aponto o dedo bem no nariz dela. 

 Eu não deveria estar fazendo nada disso. Absolutamente nada disso. Ela disse que se lembra de mim de algum lugar e ao invés de sumir de fininho e ficar na minha como sempre fiz, opto por confronto direto. Se eu queria que ela me esquecesse, agora tenho certeza de que se recordará de mim em detalhe. 

Não parece muito esperto de minha parte. 

Para não escalar a situação mais ainda, aproveito o silêncio dela e me viro para ir embora, já me dando vitória e me sentindo nos tempos de escola. Mas antes que eu consiga pegar na mão de Mateus, Stefany não deixa barato: puxa meu cabelo quase me fazendo cair. 

Eu realmente não quero brigar com uma mulher por causa de um homem. Sinceramente, essa é uma ótima regra silênciosa que nós garotas aceitamos para salvar o pouco de dignidade e crédito que boa parte da sociedade já nos dá. 

Mas regras são feitas para serem quebradas, não é mesmo? 

Especialmente aquelas das quais juramos um dia que nunca quebrariamos. 

HUNGER 🔞Où les histoires vivent. Découvrez maintenant