70 ● Violet: The Takedown

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Estaciono meu carro no estacionamento ao lado do vastamente alto Hotél Royal, sob a noite que caía pesada na cidade e mais fria que de costume

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Estaciono meu carro no estacionamento ao lado do vastamente alto Hotél Royal, sob a noite que caía pesada na cidade e mais fria que de costume. Ainda com as mãos no volante, tento respirar fundo e me acalmar, organizar os pensamentos numa linha perfeita e concisa, da qual tudo o que eu diga a Mateus faça sentido e entenda não só a minha posição nesse jogo, como também a dele. 

Havia tanto que eu queria contar. Especialmente quanto a seu tio, o homem que ele achava ser mais honrado que seu próprio pai. Tento pensar em quais provas poderia usar para justificarem o que eu iria contar. Sem muitas provas físicas contundentes, tomo coragem mesmo assim e saio do carro, o trancando atrás de mim. 

Mas antes que eu possa me virar para dar meus primeiros passos em direção ao luxuoso prédio, meu celular toca e me assusta já que eu estava imersa em meus pensamentos. Quando o pego, me surpreendo com o nome que aparece na tela. "Alô?" 

"Ainda bem que você atendeu!" A voz era puro desespero, quase não a entendi por causa do choro que a acompanhava. "Prima, por favor, eu sei que eu to meio sumida mas... eu preciso da sua ajuda! Agora!"

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Atravessei a cidade imediatamente para ir até Laura, tentando não deixar minha preocupação alterar meu foco na direção, apesar de todo tipo de coisa ruim passar pela minha cabeça, tentando imaginar em que tipo de confusão ela teria se metido agora. 

Me pedira para ir até a casa onde crescera, onde Tio Bruno e Tia Diana moraram. Solto mil xingamentos para ninguém por ter que atrasar meu encontro com Mateus, mas não podia deixar minha prima sozinha num momento desses. 

Quando desço do carro, corro até a porta da casa e bato nela. Estava tudo escuro, mas logo ouço a porta abrir e Laura aparecer. Me abraça apertado quando me vê e eu devolvo, mesmo com resignações. 

"O que aconteceu, Laura?" Pergunto assim que ela me solta. Vejo que não mais chora e isso me acalma um pouco.

"Por favor, entra. Nós precisamos conversar." Concordando com essa afirmativa, dou de ombros e passo pela porta que ela abre para mim. 

"No telefone você parecia desespe..." É tudo o que consigo dizer antes da pancada que levo na parte de trás de minha cabeça me apagar por completo. 

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"Acorda, florzinha." Levo um tapa na cara e abro os olhos. Sinto uma tontura imensa e por causa disso eles demoram a focar no rosto de quem se senta do outro lado da mesa da cozinha que tanto frequentei quando era mais nova. Mesmo com as luzes fracas demais, ainda posso ver o definhar que o tempo causara no lugar. Não demora muito para o odor forte da cozinha pequena e bagunçada de onde estamos adentrarem minhas narinas e piorarem o estado já sensível de meu estomago. 

HUNGER 🔞Where stories live. Discover now