52 ● Violet: Defiance

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🛑AVISO DE GATILHO🛑

É quase impossível ignorar as questões que queimam em minha mente em relação a minha prima Laura

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É quase impossível ignorar as questões que queimam em minha mente em relação a minha prima Laura. Ela não atendeu o celular quando liguei assim que cheguei aqui e após alguns momentos agradeci que não o fez. Não sei explicar o quê exatamente, mas há algo de estranho no fato dela não ter me comunicado sobre sua mãe morar exatamente aonde eu estou. 

Laura sabe que sua mãe mora aqui? É possível que não. Se sabia, por que não me disse? E se não sabe, por que tia Diana não lhe contou? 

Decido relaxar antes do evento de entregas de Bolsas de Estudos que terei em duas horas. Eu tenho um pequeno discurso para dar e precisarei de toda calma para isso.

E a banheira branca da minha suíte me pareceu uma boa idéia.

Deixo a água quente encher a banheira, seu vapor se espalhando pelo teto e azuleijo enquanto me despia das roupas que usei para tomar café da manhã com Mateus. Eu percebo que o momento que passei com ele hoje me ajudara a esquecer as afrontas de Alec. Nunca imaginei que seria tão... agradável estar com alguém assim de novo. 

Mas agora eu preciso de um momento de silêncio e calma e mais importante: sozinha. 

Ao lado da banheira, o hotél deixara alguns complementos como um bath bomb e óleos essenciais. Resolvi abrí-los mesmo sabendo que a pequena quantia não faria muita diferença na grande banheira cheia de água. Assim que se dissolvem, amarro meu cabelo num coque ao topo de minha cabeça e toco a água, deduzindo se seu calor é excessivo. Para minha alegria, está perfeito e resolvo entrar, me deitando ao longo da espuma grossa que cobre toda a superfície da água. 

O banho quente é maravilhoso, me engole por inteiro num caloroso abraço líquido. Antes de me recostar em uma das beiradas feitas para isso, ajeito em meu celular uma playlist que consiste em sua grande maioria de músicas de Florence And The Machine, MachineHeart e artistas parecidos.

A voz de Florence por si só é como uma massagem em meu corpo e alma, e após aumentar o volume, me recosto contra as águas fechando meus olhos e roubando um momento do mundo para mim. 

Mas meu momento de tranquilidade não dura muito. 

Toques a porta cortam a música de Florence e eu abro meus olhos, irritada por um momento. 

As batidas ficam mais intensas e eu me levanto da banheira cuidadosamente, tentando não espalhar a água por toda parte. Me enrolo numa toalha branca e pauso a música, marcando em água no piso branco em forma de passos por onde ando. Confesso que a forma agressiva como batem me deixam um pouco apreensiva. 

Olho pelo peep hole.

O que vejo me arrebata assim que reconheço o homem do outro lado da porta.

É Vincenzo.

"Abre a porta, Violet." Ele diz, num tom que só piora meu estado de surpresa. 

O que ele está fazendo aqui? 

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