Essa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes.
Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...
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A casa dos pais de Bruno é adorável, com dois andares e um grande quintal com algumas árvores de frutas na parte da frente. Fui apresentada a seus pais, Dona Marina e Seu Arnaldo, assim que entrei. Me receberam com sorrisos e abraços calorosos, e não pude evitar sentir uma pontinha de inveja ao vê-los abraçarem seu filho.
Eu gostaria de ter a mesma sorte, poder abraçar meus pais novamente.
Após entrarmos e trocarmos as roupas molhadas, Bruno foi me apresentando a cada um de sua família. Não lembro o nome de cada tio, ou tia, sobrinho ou prima, mas fui recebida igualmente bem pela maioria.
A única que pareceu não ir muito com minha cara foi sua prima, Tamires.
Ignorando o azedume dela, eu ofereço ajuda na hora de colocar a mesa para o almoço, mas a mãe de Bruno dispensa com um educado sorriso, alegando que eu era convidada e não era certo me 'colocar para trabalhar'.
Ainda assim, após trocar algumas pequenas conversas com os outros adultos da casa, vou até a mãe de Bruno novamente, que se encontra sozinha na cozinha. O silêncio no recinto me faz prefirir ficar aqui conversando com ela enquanto ela termina os preparativos do almoço.
"Seu sotaque é tão bonito. Bruno me disse que você é da ilha. Como está se adaptando a nova cultura?"
"Obrigada. E sim, estou gostando muito. Esse país é lindo. E as pessoas são muito boas, já conheci corações enormes. Bem..." Me lembro do amargo acontecimento de dois meses atrás. "A maioria das pessoas são muito boas."
A baixinha robusta Dona Marina limpa suas mãos em seu avental e se aproxima de mim, segurando uma de minhas mãos.
"Ô minha filha, Bruno me contou como te conheceu. Sinto muito. Mesmo!! Que esse cachorro apodreça numa cadeia!" Ela excomunga, extremamente brava. "Felizmente, Bruno estava lá. Fiquei muito feliz quando ele me contou a surra que deu no desgraçado."
Sorrio tristemente e me lembro da cena.
"Sim. A senhora fez um ótimo trabalho criando Bruno! Se não fosse ele não sei o que seria de mim agora..."
"Não fique pensando naquilo, está bem?" Ela toca meu rosto. "Vamos, sorria. Jovens bonitas como você merecem apenas alegria! Está conosco e não deixaremos nada ruim lhe acontecer." Ela abre um sorriso que me contagia, seu olhar maternal sobre mim é aquecedor. "Bem, agora, já que ofereceu ajuda, que tal levar esses pratos para a mesa pra mim?"
Concordo e faço como ela pede. Enquanto algumas das crianças correm para lá e para cá, monto a mesa da mesma forma elegante que montaria no restaurante de Amanda.
Mesa para quase vinte pessoas, entre elas, a tia Jasmim, quem Bruno me contara mais cedo que esta para casar daqui a dois meses. Ela é a irmã mais nova da mãe de dona Marina, tem trinta anos e trouxera seu noivo para passar o final de semana com a família. Todas as outras tias e tios são mais velhas e velhos, de ambos lados maternos e paternos de Bruno, uma família alegre e enorme.
