119° Capítulo

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Passei bastantes gloss no lábio e ficou bem carnudo e brilhoso, e lindo, dando um realce. Gloss é melhor que batom!
Tranquei a porta e saí no portão, Sandro estava dentro da Rav4 cinza granito e entrei pelo carona e bati a porta.
Tinem: Fala aí moradora, tá gostando da favela?
Hellen: Até agora sim, tudo em paz.
Tinem: Muita paz é sinônimo de que tá pra estourar a guerra.
Hellen: Credo! -Desconjuro.
Tinem: Papo é reto pô, tá de bobeira.
Ele saiu da favela e fomos parar num barzinho no Grajaú mesmo, pediu uma torre e mesmo eu não querendo ingerir álcool, eu tomei.

Fomos esclarecendo as questões do passado de maneira coerente sem se desentender, porque senão seria pior. Ele é um amor mas quando quer brigar, minha nossa, não sei nos dias de hoje...
Tinem: Bagulho é foda Hellen, nada é como a gente quer não; tua mãe também sumiu igual cigana...
Hellen: Você conhecia bem minha mãe né, eu fiquei morando com a minha tia e continuei até uns dois anos atrás e você sabia bem aonde ela morava. -Finalizei a explicação.
Tinem: E eu ia adivinhar? Com u tempo eu fui aceitando e você que nem pra ir lá? Deixou cair no esquecimento.
Hellen: Eu fui atrás sim mas vocês já não moravam lá cara. -Retruco nervosa já.
Tinem: Pode crê, em seguida meu coroa quis se mudar e caí lá no Lins, quando minha mãe faleceu tudo deixou de fazer sentido e aí eu tive que encarar a vida. -Alega, mudando o semblante deixando a tristeza aparecer.
Hellen: Não tinha outra forma de você superar essa perda? Não vejo isso como um consolo mas não te julgo.
Tinem: Na hora nós não pensa em nada, quando for ver já está enrolado até o pescoço, quanto mais tenta se soltar mais se prende, pegou a visão?! -Explica.
Hellen: Vida maldita! Te cega e tira tudo o que você tem; isso nem combina com você cara; nada haver você nisso. -Digo com repulsa.
Tinem: Fazer o quê? A vida me recrutou pra isso, infelizmente.
Hellen: Brinca demais você. -reviro os olhos, dando uma bebericada na túlipa.
Tinem: Se tu não tivesse me largado, nada disso teria acontecido. -Repisa sério.
Hellen: Porra, cismou de falar que eu te abandonei. -Reclamo; explodo de vez- Entende uma coisa, a culpa não é nossa!
Tinem: Ih caralho, levantou a crista pra mim. -Diz com sarcasmo, impressionado- De quem é a culpa então?
Hellen: Para de falar isso viu, que o culpado não fomos nós infelizmente eu nasci numa casa toda complicada que me tiraram tudo o que eu tinha, só me trazem problema. -Digo com amargura, prendendo o choro.
Tinem: Fala assim não cara família é assim, acontece essas parada mesmo; o importante é que hoje nos reencontramos.
Hellen: É, pois é... -Respondo-o muito sem jeito- Não quero beber mais não.
Tinem: Suave, quer comer nada não?
Hellen: Eu não, estou satisfeita.
Tinem: Já é.
Nos levantamos da mesa deixando a torre um pouco abaixo da metade. Desperdício! Mas eu estou cheia comi tanto bolinho de arroz que encheu legal, até a cerveja caiu bem.

Quando entramos no carro ele mexeu no porta luvas da parte do carona eu acho que procurando nada, e em seguida me beijou. Dessa vez foi mais aconchegante, eu me entreguei legal e deixei acontecer. Ele segurou com voracidade minha nuca, puxava um tanto de cabelo mesmo com sua mão trêmula, fez com que isso se encaixasse ao momento e chupava minha língua de forma primorosa.

"Tropecei no seu beijo,
Colei no seu rosto, eu queimei a língua... Foi na ponta do queixo me acertou de jeito olha eu na sua vida.
Pensa Explica
Como é que a gente fica?" Tocava na rádio, num volume agradável, de fundo.
Quando ele enfim ele repuxa meu lábio inferior e os selou, me soltou e dei um meio sorriso. Eu discretamente buscava um ar, tirou todo o meu fôlego.
Fomos o caminho inteiro falando sobre assuntos aleatórios e era cada risada que eu dava. Sandro é muito palhaço e brincalhão.
Ele entrou no Drive Thru do Habib's e eu nem sabia o que pedir, deixei por ele.

Amada Amante🔥❥ CONCLUÍDAWo Geschichten leben. Entdecke jetzt