E de repente o encontro de desconhecidos é o começo de uma louca aventura, um romance proibido. Dois seres descarados e sem juízo vivendo na contramão do pseudo-amor, se amando sem nenhum pudor, amantes incendiados por uma paixão ardente, avassalado...
Amanheci com a casa vazia, num silêncio chato... Meus bebês foram embora, ah! Eu já estou com saudades, juro.
Ouvi o barulho do portão batendo eram 07:13, pude olhar no relógio de parede. Me posicionei em pé na direção da porta, com os braços cruzados e quando o Wallace cruzou a porta eu comecei a pesar pra valer na cabeça dele. Hellen: O combinado foi o quê? Guerreiro: Bom dia amor! Hellen: Bom dia? -Exclamei incrédula- Bom dia? Você não tem um pingo de noção Wallace, porra! Guerreiro: Vai acordar os moleque, para de gritar. Hellen: Eles já foram embora ô seu sem noção, teu filho foi parar na emergência e eu tive que segurar as pontas num desespero só e eu não sabia o que fazer com o garoto em crise... -Conto ainda lembrando do desespero- Na boa mesmo Wallace? Ficar contigo é um erro! Guerreiro: E ele já melhorou? Hellen: Graças ao bom Deus e o plantão ótimo do UPA sim; você precisa ser mais responsável cara, desse jeito não vai dar. Guerreiro: Eu estava na correria amor. Hellen: Não tem justificativa! Certas coisas não compensam, você pegou as crianças e foi trabalhar, mal curtiu seus filhos... Guerreiro: Eles vão entende. Hellen: Vão?! Eu espero que a mãe deles não seja tão desnaturada a ponto de deixa-los com você de novo. Dei as costas e me deitei.
Tô começando a ver que o Wallace que eu conhecia não é o mesmo em que juntei as escovas de dente. As pessoas mudam tanto assim? Está deixando claro que é um homem imaturo, que não zela nem pelos filho, não tem comprometimento e usa o crime como um meio de distração, um jogo. Não vou querer, vou avisar logo porque não foi esse que eu conheci; também vendo por esse lado eu não sei se o que eu sentia antes é o mesmo sentimento de hoje... Nem sei se realmente era amor... (...)
Levei o Duda pago e saí com meus pertences. Entrei para a auto escola. Estou numa fase da minha vida em que a minha meta são somente evoluir, regredir jamais. Entrei no carro do outro e fui dirigindo, com ele de co piloto me instruindo. Guerreiro: Dá a marcha porra! -Exclamou. Hellen: Ih, fala direitinho meu bem. -Digo com desdém. Guerreiro: Tu me deixa nervoso com essa lerdeza aí. Hellen: Teu cu! -Saiu involuntario- Bora, o que eu faço agora? Guerreiro: Se vira aí, mete o pé no acelerador.
Eu saí cantando pneu. Não sou boba! Já dirigi algumas vezes e tenho uma noção básica porque ele vem me ajudando, esse inútil. Fiz questão de passar no portão da Brendoca e com os vidros aberto, e lá estava ela com umas duas da espécies dela tomando cerveja. Aumentei o volume do sol estrondoso do carro e abaixei os vidros, meti o pé no acelerador e passei berrando. Hellen: Eu quero que tu vá...vá tomar no cu, para de tomar conta da minha vida e vai, pra puta que pariu! -Berrei; deixando o cabelo voar e sorrindo. O outro nem aí, só quis deixar o vidro baixo mas eu pressionei até passar por ela.
Pra elas entenderem que a gente não foi e nunca será um casinho de amante insignificante, NUNCA SERÁ!!! Porque eu me chamo Hellen, O teu terror e o amor dele, tá❗❤
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