Capítulo 90

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Luan On:

Chegámos no Brasil pela manhã e seu Luís foi nos pegar no aero. Estava com tanta saudade da minha Cecília que pedi para passarmos na escola dela e a levar mais cedo para casa. Esperámos no carro e seu Luís fez o favor de a buscar visto que queríamos fazer surpresa.

- Olha a nossa princesinha. – falei assim que a vi sair do portão.
- Quanta saudade. – Clara falou e saiu do carro a abraçando imediatamente. – Filha.
- Mamãe? Cês já voltaram? Meu pai onde está? – perguntava entusiasmada e saí do carro abrindo os braços para a receber.
- Minha pequenina. – a beijei imenso a fazendo rir.
- Nunca mais me deixem tanta tempo sozinha por favor. – me olhou dengosa.
- Não deixámos meu amorzinho, foi uma exceção.
- Vamos pra casa agora, quero matar a saudade. – Ceci pediu agarrando meu pescoço.

Entrámos no carro e seguimos para casa, depois de tomar um banho e de Clara colocar as roupas na lavandaria seguimos pra casa dos meus pais almoçar.

- Amor quando vamos contratar uma empregada pra cuidar da casa? – indaguei visto que Clara é que fazia tudo até então.
- Cê acha que tem necessidade?
- Claro que tem, você tem a sua vida na faculdade, na academia, precisa de alguém pra te ajudar em casa, a cuidar das roupas, da limpeza, da comida.
- Mas eu tenho dado conta Lu.
- Tem mas não pode negar que não fica cansada.
- Um pouco.
- Você não quer ninguém pra te ajudar? – perguntei vendo que ela não estava aceitando muito a conversa.
- Não é isso, é que sei lá... eu nunca tive empregada. Lá em casa só uma senhora ia lá uma vez por semana limpar, porque de roupas e cozinha a gente cuidava. Não sei como é ter alguém sempre em casa fazendo tudo por mim. – ri fraco.
- Não sabe o que está perdendo.
- Ah você fala porque mesmo sem empregada tem a sua mãe e agora a sua esposa. – returcou se fingindo de zangada.
- Nada disso, minha mãe também ama cozinhar e tal, e essa parte ela que cuida, mas de resto a empregada que faz tudo.
- Eu não quero uma desconhecida sabe?
- Podemos falar com o seu Luís, ele pode saber de alguém ou então falo com a empregada de casa dos meus pais.
- Depois a gente vê isso. – finalizou a conversa e chegámos em casa dos meus pais.

Eles nos receberam e pediram para esperar um pouco porque Hugo e Bruna estavam chegando também. Maria Clara pediu para passar a tarde em casa dos seus pais uma vez que estava preocupado com o seu Carlos.

- Chegou a bebezinha mais linda do momento. – falei pegando em Gabriela no colo. – Oh coisa fofa do padrinho.
- Nossa que grude Pi. – Bruna zoou.
- Cala a boca e deixa curtir a minha afilhadinha, estava com saudade.
- Eu também estou com saudade e nem por isso você me abraçou ainda. – realmente ela tinha razão, peguei imediatamente em Gaby.
- Está com ciúme Piroca lindo do Luanzinho? – zombei e ela me deu língua. – Vem cá matar a saudade do homem que cê mais ama neste mundo.
- Há-há-há que cheio de graça você. – me olhou feio – Você não é quem mais amo não.
- Não minta pra você maninha, eu sei muito bem que você me venera. Minha fãzona, que dá a cara por mim.
- Vai te catar Luan Rafael. – resmungou e rimos em seguida.
- Quando será o batizado? – Clara indagou.
- Quando ela estiver com um ano, mas já comecei vendo coisas.
- Óbvio, estamos falando de você Bruna. – falei e caímos na risada.
- Papai também quero colo. – Cecília se encostou á minha perna me olhando receosa.
- Pode sentar filha.
- Mas você está segurando na bebé.
- Mas você também cabe filha. – ajeitei Gaby no meu colo para ela ver que tinha espaço para as duas.
- Eu queria só você e eu. – falou baixo brincando com as mãos.
- Está com ciúme da sua prima?
- Filha senta no colo da mamãe, vem que eu quero matar a saudade. - Clara vendo o clima que estava se formando sugeriu.
- Não quero, quero meu pai. - cruzou os braços.
- Clarinha segura na Gaby então. - ia lhe dar mas Cecília nos interrompeu.
- Não, eu quero o colo dos dois.
- Mas como assim você vai se sentar nos dois ao mesmo tempo? - indaguei começando a ficar impaciente.
- Se juntem e eu me sento na perna de cada um. - falou esperta.
- Não vamos fazer isso, você está com ciúmes da sua prima mas não tem porque estar, você é nossa filha e sabe que nada vai mudar isso.
- Só querem saber dessa bebé. - embirrou e saiu correndo.
- Ela deu muito trabalho? - Clara perguntou ao Hugo.
- Sabe que não, ela ficava alguns dias lá em casa mas sempre bem comportadinha, até ajudava a gente, nunca demonstrou esse ciúme.
- Eu vou falar com ela.
- Clara talvez seja melhor não. - a parei. - Ela quer é que a gente dê atenção para essas manhas dela, não podemos ceder.
- Nossa, você falando assim nem parece o mesmo que a defendeu nas Maldivas. - fez graça e ri fraco.
- Acho que aprendi com você.

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