Capítulo 53

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- Marcos tenho uma novidade. - falei empolgada após chegar da reunião.
- Com essa animação toda, me conta logo amor. - me puxou para o sofá.
- Daqui a dois meses vamos fazer uma apresentação em Londres.
- Você já me tinha contado. - falou sem entender.
- Sim, mas será durante duas semanas com apresentações diárias, não é um máximo?
- Parabéns meu amor. - me abraçou - Vou ter saudade sua. - fez manha.
- Oh não fica assim, você pode ir alguns dias.
- Sério?
- Se não se importar de faltar na faculdade. - o olhei esperançosa.
- Eu topo, vamos pra Londres. - sorri e o beijei. - Agora temos de festejar.

Desceu os beijos para meu pescoço e foi passeando com a sua mãe pelo meu corpo, sabia muito bem onde pararíamos e queria ir até ao fim.

- Você não iria cortar a barba? - perguntei ofegante sentindo ela arranhar minha barriga acompanhada de leves beijos.
- Você não gosta?
- Não se trata disso, apenas prefiro você sem barba. - era o que mais faltava ele ter algo que me lembrasse Luan.
- Amanhã me desfaço dela.
- Ai. - mordeu minha coxa me fazendo rir.

Luan On:

Chegámos de viagem e avisado por Bruna antes soube que o quarto já estava decorado. Almoçámos com meus pais e subimos para tomar um banho e vestir algo confortável.

- Filha vai ali naquela porta. - indiquei a porta ao lado do meu quarto, antigo quarto de hóspedes onde Clara ficou por poucos minutos quando dormiu cá em casa.
- Que tem ali?
- Vai lá ver. - ela me olhou desconfiada e abriu a porta devagarinho.
- Que lindo papai. - soltou um gritinho de felicidade.
- É o seu quarto a partir de hoje.
- Adolei. - foi ver tudo de mais perto, seus brinquedos, suas roupas. - Mas papai eu vou domir aqui sempe?
- Aham, é o seu quarto filha.
- Posso domir com cê quando tiver em casa, eu gosto de ninar do teu lado. - me olhava pidona e me rendi aqueles olhos doces e suplicantes.
- Claro que pode, quando estiver em casa você dorme comigo.
- Obigada. - me abraçou pelas pernas e acariciei seus cabelos loiros.

A banhei e a arrumei, quer dizer, ela escolheu a roupa, apenas a ajudei a vestir. Vaidosa ela era, nisso parecia comigo. Ri com meu pensamento e depois de arrumado nos deitámos na minha cama adormecendo um pouco. Passámos o resto da tarde na piscina e no final do dia marquei com Carolina na casa dela.

- Vou sair família.
- Onde vai papai?
- Vou ficar um pouco com a Carol.
- Não posso ir né?
- Não minha pequena. - ri e depositei um beijo no topo de sua cabeça. - Mas me espera dormindo.
- Fica com Deus.
- Você também meu amor.
- Cuidado filho.
- Eu tenho mamusca. Até mais pai.

Saí me sentindo tranquilo, estava em paz. Deus me tirou uma filho do meu sangue e me deu outro de coração. Agora compreendi o propósito dele, eu precisava perder para valorizar. Precisava passar por tudo isto para me descobrir. Segui as indicações de Carol e quando cheguei perto do tal prédio vi um carro parado na frente com uma mulher debruçado na janela. Não conseguia ver o rosto, mas o corpo era o de Carolina, tive certeza disso quando vi a sua tatuagem no pé. Mas o que ela estaria conversando, será que era conhecido. Diminuí a velocidade e a vi beijar o cara dentro do carro e segundos depois ele partir. Tudo bem que não tínhamos nada sério mas ela iria se encontrar comigo depois de despachar o outro?

- Ainda bem que você chegou, estava com saudade. - me beijou sem me deixar falar.
- Tudo bem? - observei a sala tentando encontrar resquícios de algo.
- Com você melhor. - me abraçou por trás colocando sua mão debaixo da minha blusa.
- Quem era aquele cara que eu vi vocês conversando no carro? - me virei e segurei seus pulsos.
- É um amigo. - respondeu rápido.
- Amigo? Não me pareceu. - nos sentamos - Carol, vamos nos entender, a gente não namora, você se quiser ficar com outro está à vontade, eu também fico com outras mulheres, você sabe disso, nunca te escondi. - ela assentiu - Só não me faça de otário.
- Eu não queria...
- Se quiser ficar comigo num dia terá de perceber que serei só eu, agora ficar com mais do que um não, senão você fica parecendo uma... - me calei após me dar conta do que iria dizer.
- Você tem razão. Me desculpa, é que você não quer nada sério e me deixa confusa, eu sei que quero algo a mais, mas não te vou forçar.
- Melhor assim. Agora vem cá. - a sentei em meu colo.

Opostos, completos || LSWhere stories live. Discover now